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Governo quis guardar números de emigrantes para o pós-eleições

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Em maio de 2012 um grupo de 24 enfermeiros portugueses emigrou para o Reino Unido, o que foi visto como uma saída emblemática dos recém-formados sem trabalho no país







110 mil deixaram o país em 2014, tantos como em 2013. Governo diz que não divulga relatório, entregue em julho, porque faltam dados. Observatório da Emigração nega pedido





Os portugueses continuam a deixar o país e em grande número, 110 mil em 2014, tantos como em 2013. Dados do Observatório da Emigração (OE) e que foram entregues à secretaria de Estado das Comunidades em julho, já que, habitualmente, o relatório é apresentado na Assembleia da República antes das férias. O governo justifica o atraso com a falta de informação, nomeadamente do Observatório, ao qual pediram um quadro da evolução da emigração portuguesa comparada com outros países. Mas o coordenador nega o pedido de elementos adicionais."Ainda estamos à espera de dados, nomeadamente um quadro comparativo da emigração dos portugueses e dos restantes europeus. E há outros dados que falta reunir, também da Direção-Geral dos Assuntos Consulares. O Relatório da Emigração é muito vasto e não o podemos divulgar só com um quatro ou dois", justifica o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, para não ter publicado o relatório em julho, como aconteceu o ano passado. Em viagem pelo Canadá, acrescenta que o documento será apresentado quando regressar a Portugal, depois das eleições legislativas.O argumento surpreende Rui Pena Pires, coordenador do Observatório, que nega o pedido de novos quadros. "O relatório foi entregue em julho e, até agora, não foram pedidos elementos adicionais. Aliás, este ano até alargámos o número de países com informação mais desenvolvida sobre o destino dos portugueses." E que, quando o entregaram, foi na presunção que fosse apresentado antes das férias parlamentares.O Observatório só pode divulgar o relatório depois do governo, por ser este último quem encomendou o estudo. E questionada tutela para o atraso na sua apresentação, foi-lhes dito para esperarem por meados de setembro e, depois, para depois das eleições. Acabaram por publicar esta semana o quadro-geral da evolução da emigração, com base nas estatísticas dos países de destino, principalmente os organismos equivalentes ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mas também da Segurança Social e dos municípios. "O relatório não o podemos divulgar, mas os dados estão todos disponíveis no site", argumenta o sociólogo.Os portugueses que emigraram em 2014 foram tantos como em 2013. O número tem subido desde 2011, quando diminuiu entre 2008 e 2010 para valores "só observados nos anos 1960-1970", sublinha Rui Pena Pires. Para concluir: "O que estes dados demonstram é que há uma componente da crise que persiste e que tem que ver com a não recuperação de emprego; que temos um problema com a criação de emprego."



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