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GF Ouro
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Jerónimo agarrado ao voto útil na CDU. Mas faltou gente
Baixa da Banheira e Setúbal receberam o líder da CDU com alguma frieza, em dia marcado por invulgares desacertos na caravana.
O primeiro sinal de que a arruada da CDU na Baixa da Banheira iria ficar aquém das expectativas comunistas, ontem de manhã, coincidiu com a chegada de Jerónimo de Sousa ao mercado local: o carro parou no sítio errado e os candidatos que o aguardavam, no local combinado, tiveram de atravessar a rua para o ir cumprimentar.O desfile iniciou-se num ambiente em que muito poucas vezes se ouviram os slogans de apoio gritados pela comitiva - apenas soavam os dois bombos e a gaita-de-foles. Percorrida a primeira rua quase sem ninguém, mesmo nas janelas, só na segunda rua é que o cabeça de lista por Setúbal e duro entre os duros comunistas, Francisco Lopes, se virou para trás e deu o exemplo: "A CDU avança com toda a confiança!", gritou.Já com a comitiva embalada nos cânticos, Jerónimo, 68 anos, recebeu um presente dado por uma educadora acompanhada de várias crianças: "Um docinho feito pelos meninos" para assinalar o Dia do Idoso. Aos jornalistas diria depois: "Tenho a idade que tenho, nunca a escondi, ao contrário de outros. Mas a idade também significa um património de experiência, de luta, de coerência, de convicção e também de capacidade física. (...) Aqui estou, pronto para os combates que aí vêm."No almoço com reformados na Cova da Piedade, o líder comunista traçou um quadro geral das propostas da CDU a favor da terceira idade, desde a abolição das taxas moderadoras à reposição dos complementos de reforma de quem trabalhou em empresas públicas.Em Setúbal, assistiu-se a nova arruada abaixo do que a CDU esperaria e que explica o atraso de quase uma hora no seu início: comitiva reduzida, muito poucas pessoas às janelas apesar do barulho feito pelos bombos, contactos pessoais quase limitados aos lojistas. Certo é que hoje, com as sondagens a darem vantagem à coligação PSD-CDS, a mensagem vai manter o foco na "afirmação do valor no voto" na CDU - por ser quem vai bater-se "pela devolução do que foi retirado e pela recuperação dos rendimentos e direitos" dos trabalhadores, reformados e pensionistas, explicou ao DN o dirigente Jorge Cordeiro.
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