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Marinheiros, americanos e defensores da Europa contra mísseis

kokas

GF Ouro
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O USS Carney mede 153 metros e desloca sete mil toneladas





Durou três semanas a viagem do USS Carney da Florida à base de Rota. O DN esteve na etapa final, entre Açores e Espanha, acompanhando a tripulação na rotina de tarefas a bordo e treinos de combate.







No visor, o destroyer é um pontinho que se move no Atlântico em direção à base de Rota. Para trás ficaram os Açores, de onde o navio zarpou na véspera, e a sul está a Madeira. O homem do leme nesta manhã ensolarada e de mar chão chama-se Timothy Walleck. E o olhar treinado do nova-iorquino de 24 anos oscila entre o sistema computorizado de apoio à navegação e a imensidão azul. "Vamos a 24 nós, mas os motores dão 30", explica o suboficial há quatro anos na marinha. Arredondando, avança-se para o destino a 50 km/hora. Por isso, as três semanas para a viagem entre Mayport, na Florida, e Rota, no Sul de Espanha, com uma paragem de nove horas em Ponta Delgada. A partir de novembro, a missão do USS Carney será no Mediterrâneo, no âmbito do projeto Aegis BMD (defesa antimíssil balístico), que visa proteger a Europa de ataques vindos do Irão.Estão 15 pessoas na ponte de comando. E se Walleck vai ao leme, de forma alguma está sozinho a conduzir o destroyer. Não faltam tarefas a cumprir, que isto de levar a bom porto um navio de aço com capacidade de deslocação de sete mil toneladas exige trabalho e ciência. Há até quem treine futuros homens e mulheres do leme, como faz Savanna Reynolds, que com 25 anos é já uma veterana a quem cabe formar recém-alistados. "Temos de garantir que vamos na rota de Rota", afirma a filha do Tennessee, sem saber que, traduzida, a frase soa curiosa."Não é só na ponte de comando que se faz trabalho importante", explica o comandante Ken Pickard. "A bordo todos temos uma tarefa a cumprir, desde os que limpam o convés, aos que cozinham e aos que controlam a rampa de lançamento de mísseis", acrescenta o capitão do navio, que tem às ordens 300 tripulantes, entre marinheiros (uns 240) e oficiais. "Sou como o presidente de câmara de uma terra pequena", diz a brincar este homem de 45 anos, nascido na Florida e que participou em missões no Mediterrâneo, no Médio Oriente e na África Ocidental. "É sempre agradável regressar à Europa", comenta Pickard, casado com uma italiana que conheceu jovem, quando foi destacado para a NATO. Só porque os cinco filhos são adolescentes (ou quase) não ponderou a família vir viver para Rota.



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O comandante Pickard com Ponta Delgada ao fundo




Navio não é para claustrofóbicos





Da proa à popa são 153 metros. De dia ainda há o convés para esticar as pernas, mas assim que o Sol se põe é proibido estar cá fora. "Se alguém cair ao mar, é difícil darmo-nos conta. É uma questão de segurança", explica Peter Halvorsen, o número dois no comando. É a este descendente de noruegueses e escoceses, de 39 anos e natural da Nova Inglaterra, que compete a gestão prática do USS Carney, como se fosse o mayor adjunto da tal cidadezinha.





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