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Fornecedores temem que crise VW atinja fábrica da Autoeuropa

Feraida

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O plano da fabricante alemã para lidar com o escândalo da manipulação de emissões pode passa por reequipar os veículos com motor a diesel afectados.

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Ainda é cedo para saber se haverá, ou não, implicações negativas, derivadas do escândalo que assombra o grupo Volkswagen (VW), na fábrica portuguesa e em toda a cadeia de fornecedores de componentes que trabalham com a VW Autoeuropa. Amanhã (7 de Outubro), termina o prazo concedido pelo governo alemão para o grupo VW apresentar um plano que permita solucionar o problema do ‘software' fraudulento implementado em 11 milhões de automóveis.

Até ao momento, a produção na VW Autoeuropa mantém-se estável - nas 460 unidades diárias -, mas os fornecedores de componentes para automóveis assumem-se preocupados com as decisões que serão tomadas em breve no que diz respeito às fábricas já em Novembro.

"Estamos preocupados. Aguardamos com expectativa os desenvolvimentos da situação e os programas de produção de Novembro.

Até este momento não existem implicações para ninguém [fornecedores de componentes da VW Autoeuropa]", sublinha fonte do parque industrial da Autoeuropa, onde estão instalados mais 15 fornecedores.

Fonte oficial da fábrica de Palmela garante que tudo está a funcionar de forma normal, adiantando ainda que, até receber informação oficial da Alemanha, não irá comentar possíveis cenários.

Dentro da unidade portuguesa da VW, António Chora, coordenador da comissão de trabalhadores da Autoeuropa, garante que nada se alterou. "A produção na VW Autoeuropa mantém-se estável, saindo da linha de montagem 460 carros por dia", adianta.

Já Pedro Gonçalves, secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, garantiu ao Económico que há um trabalho que está a ser feito para a fábrica portuguesa não seja uma das afectadas por uma eventual reestruturação.

Porém, mostrou-se também apreensivo. "Não estou nada descansado. Aliás estamos a trabalhar para ficar mais descansados. É uma situação de contornos que não conhecemos, a própria Volkswagen não conhece o impacto de tudo isto".

No grupo de trabalho criado pelo Governo para acompanhar esta situação estão envolvidos membros da ASAE, a direcção-geral do Consumidor, da Agência Portuguesa do Ambiente, da Autoridade Tributária, do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (responsável pela homologação de veículos), do Instituto Português da Qualidade e da AICEP.

A Autoeuropa emprega 3.572 trabalhadores, um número que aumenta para pouco mais de cinco mil pessoas contabilizando as empresas presentes no parque industrial.

A fábrica é a segunda maior exportadora nacional e a terceira maior importadora, em 2014, segundo o INE.

Entre Janeiro e Agosto de 2015, a fábrica de Palmela produziu uma média de 500 carros/dia.

No total, foram produzidos 71.667 automóveis nos primeiros oito meses do ano, crescendo 5%.

O primeiro semestre ficou marcado pela renovação dos modelos Sharan e Seat Alhambra, e pelo fim da produção do VW Eos.

Esta semana, os representantes dos 600 mil trabalhadores das 119 fábricas mundiais do grupo VW estão reunidos em Wolfsburgo, Alemanha, num encontro que acontece todos os anos.

Em agenda está a situação futura das marcas do grupo e o nível de produção que será possível manter em cada unidade fabril.

O novo presidente-executivo do Grupo VW, Matthias Mueller, traçou um plano de acção que será posto em marcha ainda esta semana.

Espera-se que as marcas envolvidas chamem à oficina 11 milhões de carros para substituir o equipamento alterado.

O Governo português recebeu a garantia de que a VW vai ter, até 7 de Outubro, um plano detalhado para a correcção das emissões fraudulentas. António Pires de Lima, ministro da Economia, esclareceu, na primeira reunião do grupo de trabalho sobre o caso, na sexta-feira passada, que "mesmo que eventualmente no passado tenham sido produzidos veículos com motores com este ‘software' fraudulento [em Portugal], não é responsabilidade da gestão da Autoeuropa".

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