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Alemã casou-se com um dos mineiros do Chile após contactá-lo pelo Facebook

Lordelo

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Aquela que foi uma das maiores tragédias mineiras mundiais acabou por dar origem a uma história de amor. É caso para dizer: há males que vêm por bem

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A alemã Melanie Meyer e o mineiro chileno Daniel Herrera casaram-se no ano passado, no Chile, após Meyer se ter apaixonado pelo sobrevivente, enquanto via o resgate através da televisão, e o ter contactado posteriormente pelo Facebook.

Nos frenéticos dias que se seguiram ao resgate, Melanie usou o espanhol que tinha aprendido no colégio para contactar o mineiro pelo Facebook e conversar com ele. Mas Daniel Herrera era indiferente às mensagens, já que achava que a alemã era da imprensa, que nesta época não dava sossego aos mineiros.

" A nossa história baseia-se na persistência dela. Muita gente aproximou-se de mim no Facebook. Muita, muita, muita, muita gente. Mas ela foi diferente. Ela insistiu. Eu não acreditava no amor pela internet. Mas ela mudou-me", disse Herrera, cinco anos depois, à BBC.


Casados há um ano, o casal vive em Santa Cruz, no centro-sul do Chile. Herrera, que fez tratamento psicológico e psiquiátrico depois do resgate, voltou ao trabalho nas minas. Agora, trabalha no norte do país, em Radomiro Tomic, numa das explorações da mineira estatal Codelco. Dos 33 mineiros, ele é um dos poucos que voltou à atividade.

"Tenho o mesmo trabalho que fazia na San José, mas agora estou numa empresa mineira maior, com padrões de segurança. Não tenho nada de mal a dizer sobre ela. Aqui o capital humano importa e temos a opção de parar quando quisermos. Em San Jospe não podíamos reclamar, tínhamos que assumir (as tarefas) e pronto."


Melanie Meyer, que trabalhou 17 anos como secretária numa empresa na Alemanha, diz que a vida do marido nas minas não a incomoda.

"Como mulher de um mineiro, sabia que passaríamos algum tempo separados. Mas os dias que passo sozinha são necessários para mim. Nós alemães somos assim, precisamos de tempo para nós mesmos."


Daniel Herrera tinha 27 anos no dia do acidente. Hoje, tem 32. E confessa que há males que vêm por bem.

"Tenho lembranças sobre as quais não gosto de falar, claro, as partes trágicas. Mas é estranho, porque também pode dizer-se que o acidente me trouxe coisas boas. Graças ao acidente, tenho uma mulher e estamos a construir a nossa família. A minha vida mudou, mas para melhor."


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