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Tribunal começou a julgar toxicodependentes que burlaram o BES

Lordelo

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Um ex-toxicodependente alegadamente envolvido num esquema para burlar o Banco Espírito Santo (BES) disse hoje, no Tribunal da Feira, que nunca pensou que lhe fosse atribuído um crédito para comprar uma casa, devido às doenças que tinha.

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"Pensei que jamais me dariam possibilidade de comprar uma casa, devido ao meu estado físico - sou seropositivo e tenho cirrose. Nunca pensei que o seguro de vida fosse aceite", disse o arguido, na primeira sessão do julgamento.

Os factos remontam a fevereiro de 2007, quando a proprietária de uma imobiliária, juntamente com outros dois indivíduos, terá convencido um casal de toxicodependentes a pedir financiamento para a compra de uma moradia, em Vila Nova de Gaia.

Perante o coletivo de juízes, o elemento masculino do casal afirmou que nunca teve intenção de comprar nenhuma casa, adiantando que assinou uma procuração, porque se sentiu intimidado por um outro arguido no mesmo processo.

O ex-toxicodependente adiantou ainda ter ficado com a ideia de que a dona da imobiliária, a principal arguida no caso, é que "tomou as rédeas da situação".

Ainda durante a manhã, o coletivo de juízes ouviu um outro arguido que negou todos os crimes de que está acusado, adiantando apenas ter trabalhado durante cerca de cinco meses para a proprietária da imobiliária.

Os outros três arguidos faltaram à primeira sessão do julgamento, sendo que a antiga companheira do ex-toxicodependente está impedida de comparecer em tribunal devido a doença.

Os cinco arguidos, com idades entre os 39 e 58 anos, estão acusados de um crime de burla qualificada e outro de falsificação de documento.

Segundo a acusação deduzida pelo Ministério Público (MP), o casal de toxicodependentes comprometeu-se a fornecer os documentos de identificação e a assinar toda a documentação apresentada, a troco de dinheiro para a compra de droga.

Com estes documentos, de acordo com o MP, os principais arguidos abriram uma conta em nome do casal de toxicodependentes, na dependência do BES em Santa Maria da Feira, e contraíram um crédito à habitação e um crédito complementar, num total de 450 mil euros.

O MP diz que no esquema foram utilizadas cópias de declaração de rendimentos e recibos de vencimentos forjados, comprovativos de um nível de rendimentos que o casal de toxicodependentes na verdade não possuía.

Após a celebração da escritura de compra e venda e de empréstimo com hipoteca, o BES tentou entrar em contacto com os pretensos compradores sem sucesso, verificando que nenhuma das informações prestadas por aqueles correspondia à verdade.

O banco ainda conseguiu recuperar o equivalente a 225 mil euros, com a venda da moradia que recebeu do casal de toxicodependentes, a título de dação.



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