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Planeta em em processo de desintegração mostra como será provavelmente o fim da Terra

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GF Prata
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O planeta em processo de desintegração pode fornecer pistas interessantes sobre como será o fim da Terra.
[Imagem: Mark A. Garlick/CfA]​

A Morte de um Sistema Planetário​
A destruição de um sistema planetário, captada pela primeira vez pelo telescópio Kepler, pode dar uma resposta para uma questão que muita gente se pergunta: - O que vai acontecer com a Terra quando o Sol se extinguir?
Por agora, isto é algo com o qual não nos devemos preocupar, pois ainda faltam cerca de 5 bilhões de anos para isso.
Mas os pesquisadores descobriram os restos de um planeta rochoso em vias de decomposição girando em torno de uma anã branca (o núcleo ardente que permanece de uma estrela, quando ela já consumiu todo seu combustível nuclear), e que nos pode fornecer pistas interessantes sobre esse possível cenário do "fim do mundo".
A estrela moribunda, do mesmo tipo que nosso Sol e batizada de WD1145+017, fica na constelação de Virgem, a 570 anos-luz da Terra.
Segundo um estudo publicado esta semana pela revista Nature, a diminuição regular da intensidade do seu brilho - uma queda de 40% que se repete a cada 4,5 horas - indica que há vários pedaços de rocha de um planeta em decomposição orbitando em espiral em seu redor.
"Este facto mostra algo que nenhum ser humano tinha visto antes", afirmou Andrew Vanderburg, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e principal autor do estudo.
"Estamos vendo a destruição de um sistema solar."

Evaporação Planetária​
O planeta observado pelo Kepler parecer ser menor do que a Terra, com um tamanho semelhante ao de Ceres (o maior objecto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter), ainda que, no passado, possa ter sido maior.
As imagens de Kepler, corroboradas por observações e medições de outros telescópios, mostram um total de seis ou mais fragmentos rochosos e poeira.
Isso indica que o planeta está em processo de decomposição, impulsionado pela gravidade da estrela que o atrai em direcção a ela.
Os restos estão "evaporando" e, nesse processo, deixam uma "cauda de moléculas", o que que explica a presença de poeira.
Os astrónomos acreditam, que a morte da estrela possa ter desestabilizado a órbita de um planeta maciço vizinho a ponto de empurrar outros planetas rochosos menores em direcção à estrela.
"Acreditamos, que descobrimos o processo no seu início", disse Patrick Dufour, físico da Universidade de Montreal, no Canadá, e coautor do estudo.
"Isto é muito raro e muito interessante", acrescentou.

Fim da vida do Sol​
Quando chegar a vez do nosso Sol, que ainda vive em plenitude, o mais provável é que este processo se repita.
Assim como o WD1145+017, quando o hidrogénio acabar, o Sol começará a queimar elementos mais pesados, como o hélio, o carbono e o oxigênio, e se expandirá até se desfazer das suas camadas externas, tornando-se uma anã branca de tamanho semelhante ao do núcleo do nosso planeta.
Ao fazer isso, consumirá provavelmente a Terra, Vénus e Mercúrio.
Na eventual hipótese de a Terra sobreviver a esta convulsão, ela acabará destruída em pedaços à medida que a gravidade do "Sol branco" a atraír para si.
 
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