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Oposição venezuelana pede liberdade imediata para Leopoldo López

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]A coligação na oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) pediu hoje a liberdade imediata do político Leopoldo López e a anulação da sentença que o condenou a quase 14 anos de prisão.
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O pedido acontece um dia depois de um dos promotores do Ministério Público denunciar "falsas" acusações.




"A admissão, por parte do promotor acusador, do caráter fraudulento das provas apresentadas, vicia o processo avançado pelo Governo contra Leopoldo López. Qualquer tribunal independente anularia a sentença emitida com base em alegadas provas que hoje são denunciadas como falsas pelo mesmo promotor que as apresentou e daria de imediato liberdade plena ao acusado", explica a MUD num comunicado.
No documento, divulgado em Caracas, a aliança opositora sublinha ainda que "qualquer sistema independente de administração de justiça iniciaria uma investigação exaustiva a todos os funcionários envolvidos".
"Isso é o que a Venezuela quer, por isso lutamos, por um sistema de administração de justiça ao serviço do país, não ao serviço dos interesses 'politiqueiros' de uma cúpula governante, ineficiente e corrupta", afirma.
No último sábado, Franklin Nieves, um dos promotores do Ministério Público que acusaram Leopoldo López, denunciou, através de um vídeo divulgado pela imprensa, que pressões governamentais e de superiores para fazer acusações "falsas" o forçaram a sair da Venezuela.
"Decidi sair com a minha família da Venezuela, em virtude da pressão que o Executivo e os meus superiores hierárquicos exerciam para que continuasse a defender as provas falsas com as quais se condenou o cidadão Leopoldo López", disse.
No vídeo, divulgado pelo site noticioso "La Patilla", Nieves fala da angústia que passou, "da dor e da pressão de continuar com uma farsa" e insta os companheiros e os juízes venezuelanos a "perder o medo e a dizer a verdade".
"Que sejam valentes (...) que manifestem o seu descontentamento pela pressão dos superiores que ameaçam com a exoneração e prisão", apela.
Líder do partido opositor Vontade Popular, Leopoldo López foi condenado no passado dia 10 de setembro a quase 14 anos de prisão por instigação pública, associação delinquente, danos à propriedade e incêndio, na sequência da violência registada no final de um protesto convocado por várias figuras da oposição em 12 de fevereiro de 2014.
Além de Leopoldo López foram condenados quatro estudantes, opositores do Governo venezuelano.
Vários países e organismos reagiram à condenação, entre eles os EUA que manifestaram-se "profundamente preocupados" e apelaram ao Governo venezuelano a que "proteja a democracia e os direitos humanos na Venezuela".
Um dia depois o porta-voz do Alto Comissariado da ONU, Rupert Colville, manifestou consternação pela "dureza" da decisão e anunciou que aquele organismo faria uma análise mais profunda da mesma, lamentando que o Governo venezuelano tenha ignorado uma recomendação do Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenções Arbitrárias, que em agosto de 2014 pediu a libertação do líder opositor.
A própria Igreja Católica venezuelana pediu uma "sentença mais justa", considerando que a decisão "foi incorreta e negativa para o país".
"Não é justo que simplesmente por promover manifestações pacíficas contra o Governo lhe atribuam a culpa de toda uma série de delitos e instigação e crimes", disse o arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino.



nm

 
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