- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 37,542
- Gostos Recebidos
- 808
Paulo Silva estacionou o automóvel em frente ao café dos sogros e bebeu meia garrafa de uísque. Queria ganhar coragem para o que iria fazer de seguida, explicou mais tarde às autoridades. Entrou às 09h00 no estabelecimento contíguo à casa da família, em Estela, Póvoa de Varzim, e matou a tiro a ex-mulher, Sílvia Lima, os sogros, Domingos Lima e Maria de Fátima, e o enteado Renato Alves. Quando foi detido, tinha uma taxa de 1,38 g/l de álcool no sangue.
Tudo aconteceu a 28 de abril e Paulo está acusado de quatro crimes de homicídio qualificado, três de ameaças agravadas, um crime de posse de arma proibida e ainda outro de uso de arma sob o efeito de álcool.
Diz a acusação que o arguido, de 44 anos e em prisão preventiva, soube no dia anterior que Sílvia tinha feito queixa na GNR, por causa de mensagens que Paulo lhe tinha enviado, nas quais garantia que iria matar toda a família. Nessa noite, ligou à ex-mulher e exigiu que retirasse a queixa. Sílvia negou. O ex-casal discutia também acerca da posse de alguns terrenos.
Sílvia foi a primeira vítima a ser atingida, com dois disparos. Levou um terceiro tiro quando Paulo voltou a entrar na casa e viu que ainda gemia e estava a ligar para um militar da GNR. Joel, de 16 anos, filho do homicida e sobrevivente do massacre, ainda lutou com o pai para o travar. Conseguiu tirar-lhe uma das duas pistolas que tinha, mas foi obrigado a devolvê-la.
IN:CM