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Como reduzir o risco cancerígeno dos alimentos

Feraida

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EPA/DAVID FERNANDEZ

Se é verdade que a carne processada pode aumentar o risco de cancro, também é verdade que esse risco pode ser prevenido com comportamentos saudáveis.

Pão com fiambre só se comer uma laranja.

A carne processada, em que se inclui o fiambre, aumenta o risco de desenvolver cancro colorretal, mas isso não significa que tenhamos de deixar de consumir estes alimentos.

O que é importante é encontrar um equilíbrio.

Assim, "se comer pão com fiambre, não deve comer um iogurte a seguir.

Deve optar por comer uma laranja, outra peça de fruta, ou um sumo natural", aponta o nutricionista Sérgio Cunha Velho.

Desta forma equilibra-se o risco de doença causado pelas carnes processadas com os benefícios que a vitamina C e os antioxidantes têm na prevenção de cancro.

Até porque, como lembra a Direção-Geral da Saúde (DGS), o risco de cancro pode ser reduzido se adotarmos "comportamentos saudáveis de alimentação e atividade física".

Bife de novilho com salada ao lado

A carne vermelha ainda está só na lista dos alimentos que "provavelmente" podem aumentar o risco de desenvolver cancro.

Ainda assim, há muito que os especialistas recomendam que esta entre de forma moderada na nossa dieta, até porque também podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

"Os cálculos atuais e aceites entre os especialistas é de que cada um deve limitar o consumo de carne vermelha a 500 gramas por semana.

E se fizer quatro refeições de carnes vermelhas, quatro de carnes brancas, quatro de peixe e duas de ovos, tem aí um esquema alimentar interessante", diz Sérgio Cunha Velho.

Isto sem esquecer que no prato do bife deve estar uma quantidade generosa de legumes ou uma salada, de forma a prevenir que os carcinogéneos presentes na carne vermelha sejam ativados no nosso organismo, sublinha Conceição Calhau, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

As verduras e a fruta - numa dose diária de pelo menos 400 gramas - têm o papel de "inibir a ativação destes carcinogéneos presentes na carne de bovino, que é a que está aqui em causa.

É que a ingestão destes agentes através destas carnes só se torna perigosa se eles forem ativados pelo nosso organismo, daí que a ingestão de certos alimentos ajude a travar essa ativação", acrescenta a especialista.

Por outro lado, o consumo de carne vermelha não deve ser já descartado por completo.

Pois esta tem "nutrientes importantes" para uma dieta equilibrada, recorda Sérgio Cunha Velho.

O seu consumo deve apenas ser moderado.

Bacon uma vez por mês e com exercício físico

O bacon junta o risco da carne processada com o sal, cujo consumo também deve ser limitado.

O primeiro passo deve ser reservar este alimento para ocasiões especiais ao longo do mês.

E nesses dias, além de juntar na ementa os alimentos que têm efeitos contrários - ou seja, ajudam a reduzir o risco de de-senvolver cancro - não se esqueça de que o exercício físico regular é uma excelente forma de ser mais saudável.

Pelo menos "limite o tempo que passa sentado", aconselha a DGS no blogue Nutrimento, do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

Como o que está em causa é "o conceito de probabilidade" e não existe uma relação automática de "causalidade", a melhor atitude é a preventiva, diz Miguel Rego.

O nutricionista defende que "um alimento não provoca por si só um resultado.

A alimentação é um padrão e aí podem construir-se equilíbrios".

Alheira acompanhada de bebidas sem álcool

Os enchidos, tal como o bacon, devem ser considerados uma extravagância alimentar, para degustar apenas em alguns dias no mês.

As evidências científicas alertam para que 50 gramas de carne processada aumentem em 18% a risco de vir a desenvolver cancro.

Logo, é preciso "estar alerta e minorar esse risco com alimentos que são positivos.

Ingerir vitamina C e antioxidantes é uma boa opção", aponta Sérgio Cunha Velho.

E, já agora, porque não reduzir os riscos de cancro associados ao consumo de álcool e quando estiver a comer alheira ou outro enchido optar por uma bebida sem álcool e sem gás?

Um sumo natural ou água serão sempre boas escolhas.

Grelhados só se a carne for marinada

Toda a vida ouvimos falar nos benefícios do peixe e da carne grelhados, mas afinal não é bem assim.

Grelhados, por estarem sujeitos a altas temperaturas cujas fontes são carvão ou lenha, devem ser evitados.

"É uma festa para fazer duas vezes por ano e não vem mal nenhum daí ao mundo", aconselha Sérgio Cunha Velho, que até costuma dizer que prefere um bom frito a um mau grelhado.

Se fizer questão de repetir a festa mais vezes por ano, então opte por escolher grelhadores elétricos, com água por baixo, porque a fonte de calor não está em contacto direto com os alimentos e a água ajuda "a minorar os efeitos negativos".

Outra forma de limitar os malefícios de um bife ou costeleta assados na brasa é fazer uma marinada antes.

"Se a carne estiver temperada em vinho ou cerveja ajuda a que não seja tão mau", diz a nutricionista Conceição Calhau.

Os churrascos ficam assim confinados aos dias muito especiais.

Mesmo o peixe não deve ser grelhado desta forma: "Quando se recomenda peixe por causa das doenças cardiovasculares, as pessoas normalmente acabam a comer salmão grelhado.

É um erro porque as risquinhas escuras que ficam no peixe são carcinogéneos", alerta a médica.

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