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"Sem o Irão não é possível uma solução razoável para a Síria"

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Set 27, 2006
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Secretário de Estado norte-americano já se encontrou com homólogos de Moscovo e Teerão, dois aliados de Bashar al-Assad

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Os Estados Unidos mantêm a sua intenção firme de que a solução para o conflito na Síria tem de passar pela saída de Bashar al-Assad do poder. Uma intenção reafirmada ontem, na véspera de mais uma ronda de conversações internacionais sobre o tema e que, pela primeira vez, contarão com a presença do Irão, o maior aliado regional do regime de Damasco."Aqueles que tentaram resolver a crise síria chegaram à conclusão que, sem a presença do Irão, não existe forma de conseguir uma solução razoável para a crise", declarou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano à chegada a Viena, onde vai decorrer hoje a reunião internacional.Mohammad Javad Zarif encontrou-se ainda ontem com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para discutir também temas como o acordo nuclear alcançado com Teerão no passado mês de julho. Kerry, por seu turno, reuniu-se ainda com os seus homólogos russo, saudita e turco.Hoje, juntar-se-ão à mesa das negociações representantes diplomáticos vindos do Reino Unido, do Egito, de França, da Alemanha, da Itália, do Líbano, da União Europeia e de alguns Estados árabes. De fora deverão ficar tanto o regime sírio, como os seus opositores."A única solução para encontrar um fim para a crise síria é sentar à mesa o maior número possível de participantes. Ao fazer isso, a abertura de negociações, mesmo que seja apenas um princípio, é uma coisa boa", disse ontem à AFP um diplomata europeu.Tom Shannon, conselheiro do Departamento de Estado norte-americano, afirmou ontem em Washington que John Kerry irá usar esta conferência para perceber se Rússia e Irão, ambos aliados de Bashar al-Assad, estão dispostos a aceitar uma mudança de liderança na Síria. Mas também para avaliar o compromisso dos dois países em combater o Estado Islâmico.De recordar que Estados Unidos, bem como os seus aliados europeus e árabes, têm exigido a saída de Assad do poder como um requisito para qualquer tipo de acordo de paz. Exigência sempre recusada por Moscovo e Teerão.O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão minimizou ontem as expectativas de um acordo na reunião internacional que se realiza hoje em Viena sobre o conflito na Síria. "Amanhã não haverá ainda um avanço", declarou ontem Frank-Walter Steinmeier.Para o chefe da diplomacia de Berlim estas negociações só seriam bem-sucedidas se os países envolvidos acordassem determinados princípios, como manter a Síria como um Estado secular e iniciar um processo para formar um governo de transição. "Estes são assuntos que poderiam estar em cima da mesa amanhã", disse.Elevado número de civisPelo menos 595 pessoas foram mortas na Síria desde o início dos bombardeamentos em 30 de setembro da aviação russa, aliada do regime de Bashar al-Assad, refere uma contagem ontem publicada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Entre as vítimas mortais, registam-se pelo menos 185 civis, incluindo 48 menores e 46 mulheres.Os ataques aéreos russos também provocaram a morte de 131 membros do Estado Islâmico (EI) e de 279 combatentes de fações rebeldes e da Frente al Nursa, o ramo sírio da Al-Qaida.O OSDH destacou que diversas províncias sírias foram atingidas por bombardeamentos russos, que apoiam as operações terrestres do exército sírio, também apoiado por milicianos do grupo xiita libanês Hezbollah, e guerrilheiros iranianos.Desde o início, as autoridades russas afirmam que o objetivo destes ataques é o Estado Islâmico e outras "organizações terroristas" que atuam na Síria.



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