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EUA vão mandar até 50 militares para Síria. Diálogo sem acordo

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Set 27, 2006
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Negociações sobre futuro do regime de Bashar al-Assad devem ser retomadas dentro de duas semanas, de novo em Viena

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Os Estados Unidos vão enviar algumas dezenas de elementos das forças especiais para o norte da Síria para dar apoio À oposição na sua luta contra o Estado Islâmico, o que representa uma mudança significativa da política de Barack Obama, que até agora se limitiva aos ataques aéreos, evitando assim ser arrastado para mais uma guerra no Médio Oriente.Ao anunciar ontem o envio de militares para o terreno, a Casa Branca explicou que as tropas terão a missão de "treinar, aconselhar e apoiar" e que o número de homens destacado será inferior a 50. Chegam ao terreno em novembro.Esta será a estreia de tropas norte-americanas em solo sírio e aumenta o risco de baixas, até agora evitadas devido à participação no conflito apenas através de bombardeamentos aéreos. Mas fontes militares dos Estados Unidos garantem à Reuters que não está prevista a participação deste grupo de militares na frente de combate."Este é um lugar perigoso no globo e eles estarão em risco, não há forma de negar isso", disse ontem, por seu turno, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. Que rejeitou repetidamente a ideia de que este contigente vai para a Síria com a missão de combater no terreno.O timing deste anúncio quando decorria um encontro de Viena precisamente sobre o conflito na Síria foi "uma coincidência", garantiu o secretário de Estado norte-americano. John Kerry adiantou que só soube ontem de manhã que havia sido tomada uma decisão.Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, um dos aliados de Damasco, afirmou que a decisão dos Estados Unidos enviarem forças especiais para a Síria irá aumentar a importância da cooperação entre as forças armadas dos dois países. "Estou certo que nem os EUA ou a Rússia querem (que o conflito) se torne numa chamada guerra por procuração", afirmou Serguei Lavrov. "Mas é óbvio para mim que a situação torna a cooperação entre militares mais relevante", acrescentou.Povo sírio deve decidirApós oito horas de reunião na capital austríaca sobre o futuro da Síria, num encontro que reuniu, pela primeira vez, os grandes atores internacionais do conflito - incluindo EUA, Rússia, Arábia Saudita, Turquia, Irão, Egito, Líbano e União Europeia, num total de 19 delegações - o único acordo foi para marcar nova ronda de negociações dentro de duas semanas. Também em Viena. No final, o líder da diplomacia norte-americana declarou que Estados Unidos, Rússia e Irão "concordam em discordar" sobre o futuro do presidente sírio, Bashar al-Assad. Mas que há um entendimento de que o Estado sírio deve ser preservado e que o país deve emergir da guerra civil como um Estado secular unificado."A situação diplomática de hoje é a mais promissora num longo período de tempo, devido aos atores que estiveram reunidos", assinalou o chefe da diplomacia norte-americana, avançando que os países decidiram que, sob os auspícios das Nações Unidas, sejam exploradas as modalidades de um cessar-fogo para todo o território sírio, ao mesmo tempo que continue a ser debatido um processo político renovado."O destino de Assad deve ser decidido pelo povo sírio", disse, por seu turno, o líder da diplomacia de Moscovo, que tal como Teerão defende a continuidade do presidente da Síria. Já Teerão mostrou-se aberta a um período de transição política de seis meses, seguido de eleições para decidir o futuro de Bashar al-Assad, rejeitando que isto fosse um truque. "O Irão não insiste em manter Assad no poder para sempre", disse o ministro adjunto dos Negócios Estrangeiros iraniano, Amir Abdollahian, sublinhando a importância de "ser o povo sírio a decidir o seu futuro".



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