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Lógica pós-binária: criado um trit, que guarda 0, 1 ou 2

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GF Prata
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O trit é baseado em um memristor, também conhecido como neurónio artificial, ou sinapse artificial.
[Imagem: SNF]

Trit
Uma equipa do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, construiu um memristor - comumente conhecido como "neurónio artificial" - que aponta para uma lógica pós-binária.
O componente, fabricado a partir de uma fatia de perovskita de apenas 5 nanómetros de espessura, possui três estados resistivos estáveis.
Como resultado, ele pode armazenar não apenas os valores 0 ou 1 comumente guardados por um bit, mas também pode ser utilizado para guardar informações codificadas por três estados - 0, 1 ou 2, ou seja, um "trit".
"O nosso componente poderia, portanto, ser útil para um novo tipo de tecnologia da informação que não seja baseada em lógica binária, mas numa lógica que ofereça informações localizadas 'entre' o 0 e o 1," explica a professora Jennifer Rupp, coordenadora da equipa.
"Isto tem implicações interessantes para a chamada lógica fuzzy [lógica nebulosa, ou difusa], que busca incorporar uma forma de incerteza no tratamento da informação digital.
Podemos descrevê-la como uma computação menos rígida," acrescentou.
Outra aplicação potencial do trit é na computação neuromórfica, que busca componentes eletrónicos para reproduzir a maneira pela qual os neurónios processam informações, e na qual os memristores, os transistores iônicos e os transistores sinápticos são as principais ferramentas.


O quarto componente

O princípio de funcionamento do memristor foi descrito pela primeira vez em 1971, como o quarto componente básico dos circuitos eletrónicos (ao lado de resistências, condensadores e indutores).
A partir de 2000, os pesquisadores vêm sugerindo, que certos tipos de memória resistiva poderiam actuar como memristores, mas somente em 2008 a existência do quarto componente eletrónico fundamental foi comprovada.
"As propriedades de um memristor n um determinado momento no tempo dependerá do que já aconteceu antes," explica Rupp referindo-se ao efeito de memória, que faz com que o memristor se assemelhe aos neurónios.
"Isto imita o comportamento dos neurónios, que somente transmitem informação quando um limiar específico de activação foi atingido."
Principalmente a Intel e a HP têm investido pesadamente no desenvolvimento de memristores para substituir as memórias flash usadas em cartões de memória USB, cartões SD e discos rígidos SSD.
A expectativa é que a nova tecnologia de memória da Intel chegue ao mercado até o final deste ano, mas o protótipo do trit desenvolvido pela equipa suíça ainda está em fase inicial de desenvolvimento.
 

Anexos

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