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UE "numa corrida contra o tempo" para salvar o espaço Schengen

kokas

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Set 27, 2006
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Europa cria fundo de mais de 1,8 mil milhões de euros para combater pobreza e conflitos em África, numa tentativa de travar vaga de refugiados. Portugal contribui com 250 mil euros.

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A União Europeia está numa "corrida contra o tempo" para salvar o seus sistema de fronteiras abertas e deve agir depressa para aumentar o controlo da imigração nas suas fronteiras externas. O alerta foi dado ontem em Malta pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após a cimeira informal de líderes europeus que se seguiu ao encontro de dois dias UE-África sobre migração.Referindo-se à Suécia, que anunciou o restabelecimento do controlo fronteiriço a pessoas vindas de outros países da UE, Tusk declarou que tais comportamentos mostram que os Estados membros estão debaixo de "uma grande pressão"."Salvar Schengen é uma corrida contra o tempo. E nós estamos determinados a ganhar essa corrida", garantiu o polaco. Para isso é necessário implementar uma série de medidas que, nos últimos meses, têm causado desentendimentos entre vários países comunitários. "Isto inclui, primeiro e acima de tudo, restaurar o controlo das fronteiras externas. Sem um controlo fronteiriço efetivo as regras de Schengen não sobreviverão", prosseguiu Tusk. "Temos de nos apressar, mas sem pânicos", acrescentou.

O principal tema discutido ontem pelos líderes europeus foi a relação com a Turquia e um possível convite ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para se descolar a Bruxelas ainda este mês com o objetivo de assinar um acordo para travar a migração. Mas nenhuma decisão sobre este assunto foi tomada, se bem que Tusk aponta para que aconteça até final do ano.
Marcado está já um encontro, na próxima segunda-feira, entre Donald Tusk, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, Recep Tayyip Erdogan e o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, à margem da cimeira do G20, que terá lugar precisamente na Turquia. "Estamos confiantes de que uma relação benéfica para ambos os lados poderá ser estabelecida e que nos ajudará a lutar contra a crise atual", referiu o presidente do Conselho Europeu.No que diz respeito à cimeira euro-africana foi anunciado que a União Europeia vai lançar um fundo de emergência para África, com uma verba inicial de 1,878,274,389 euros para ajudar a combater a pobreza e os conflitos que levam muitos a migrarem para a Europa. No entanto, os líderes africanos dizem que as alterações económicas têm de ir mais além.A Comissão Europeia vai contribuir para este fundo com 1,8 mil milhões de euros, ficando o restante a cargo dos Estados membros - a quota portuguesa é de 250 mil euros. Para o ministros dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, as diferenças dos valores das contribuições de cada país espelham "os ricos e os que se recompõem" da crise.Pedidos acima do esperadoA Suécia restabeleceu ontem o controlo provisório das fronteiras por causa da situação criada com a chegada de refugiados nos últimos meses. A medida, que vai estar em vigor durante dez dias, obedece a uma petição da Direção-geral de Migrações, explicou em conferência de imprensa o ministro do Interior, Anders Ygeman.O controlo, que poderá ser prolongado depois por períodos de 20 dias, vai afetar a ponte do estreito de Sund, que une Copenhaga com a cidade de Malmö, e o tráfego marítimo com a Dinamarca e a Alemanha, países que foram na quarta-feira informados da decisão de Estocolmo."Devemos manter a ordem nas nossas fronteiras. Deve haver ordem no sistema de receção de refugiados", afirmou o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, em Malta.O governo avisou na semana passada que a situação estava no limite e que não poderia garantir alojamento a todos os requerentes de asilo. A Suécia foi o país da União Europeia que recebeu mais pedidos de asilo.Segundo o último prognóstico das Direção-geral de Migrações, a Suécia deverá receber até ao final deste ano entre 140 mil e 190 mil pedidos de asilo, mais do dobro do que o previsto há quatro meses.


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