kokas
GF Ouro
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[h=2]Usando um nome fictício, uma testemunha contou ao Le Fígaro o momento em que falou com os quatro terroristas que mataram 89 pessoas no interior da sala de espetáculos Bataclan
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Christophe, nome fictício, estava sentado na esplanada de um restaurante no 11º bairro de Paris quando viu um Volkswagen polo, preto e de matrícula belga, parar à sua frente. Eram 19h35 e o que chamou a atenção do homem foi o facto de a viatura estar mal estacionada.
“Eles estacionaram à minha frente e o condutor estava a lutar para conseguir virar o volante, como se mal soubesse conduzir”, começou por dizer ao Le Fígaro.
Depois, acrescentou, aproximou-se do carro para lhes “dizer que estavam mal estacionados”, mas não obteve resposta.
“Não abriram a janela e houve um que olhou para mim de forma maliciosa. Pareciam mortos-vivos, como se estivessem drogados”, recordou.
Por já ter anoitecido, Christophe só lhes conseguiu ver as feições quando pegaram nos smarphones e num computador portátil. O que ligou o PC “tinha um ar europeu, usava uma barbicha e um lenço e tinha um blusão preto e uma bandana na cabeça”.
“O condutor também parecia europeu, um tipo que se converteu ao Islão”, descreveu.
Cerca de uma hora depois, passou um carro da polícia sem se aperceber do Volkswagen mal estacionado. Às 21h30 Christophe saiu do restaurante e os quatro homens continuaram estacionados no mesmo sítio. Cerca de dez minutos depois começou aquilo que viria a revelar-se o pior atentado em solo francês: os terroristas saíram do carro para tirarem a vida a quase uma centena de pessoas no Bataclan.
nm
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