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EUA dizem que acordo do PS com BE e PCP é "fator de preocupação"

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Embaixador em Lisboa quer que o compromisso do PS com a NATO continua "firme" apesar do acordo com BE e PCP
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"Estou preocupado, com franqueza. Quando se tem os comunistas e o Bloco de Esquerda manifestando-se contra o exercício da NATO Trident Juncture, condenando as ações da NATO e dos parceiros, num momento em que acreditamos que a NATO é muito necessária ao mundo... é um fator de preocupação."A frase é do embaixador dos EUA em Portugal, Robert Sherman, e foi dita na quinta-feira numa entrevista à Rádio Renascença.É que, explicou, por um lado "temos o PS e António Costa, que reafirmou em larga medida o compromisso do seu partido com a NATO, com a UE e organizações semelhantes". "Por outro lado temos os seus parceiros de aliança - o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda - que têm sido ferozmente anti-NATO." Ora isso "levanta a questão sobre se o compromisso de Portugal, como membro fundador da NATO, é firme como sempre foi" e "se Portugal vai ainda ser um membro disponível para as coligações internacionais necessárias para erradicar o terrorismo". "Isso é - disse ainda o embaixador - uma questão que se mantém na nossa mente. Penso que estamos a viver em tempos muito perigosos e difíceis. Neste momento, precisamos que esses compromissos sejam firmes."Ou seja: "O meu pai tinha uma frase que me dizia quando eu estava a crescer: "Mostra-me quem são os teus amigos, dir--te-ei quem és." O Partido Socialista fez agora uma aliança amigável com dois partidos anti--NATO. Portanto, quero ver como é que isto resulta."Robert Sherman assumiu na entrevista que a diplomacia norte-americana em Lisboa está constantemente em contacto tanto com dirigentes do PS como com dirigentes da coligação PSD-CDS: "Nós encontramo-nos e conversamos com membros da atual coligação e com o PS a todo o momento. É uma questão de trabalho corrente."E o que interessa aos EUA não é definir uma "posição política sobre o que deve acontecer" em Portugal porque "isso compete ao povo português no processo democrático". "A nossa posição passa por garantir que os compromissos coletivos que envolvem Portugal e os Estados Unidos se mantêm", salientou depois. "Obviamente que acompanhamos de forma muito cuidada o que acontece. Vemos isto sob prisma dos interesses dos Estados Unidos no mundo, como naturalmente qualquer país numa posição semelhante faria."O chefe da representação diplomática dos EUA em Lisboa falou ainda do problema da Base das Lajes (onde os norte-americanos estão a desinvestir, retirando pessoal). "Não faz sentido haver um número grande de efetivos nas Lajes que não estão a ser totalmente utilizados", reafirmou. No entanto, a decisão está em Washington: "Não temos uma visão particular sobre o que ela deve ser. É uma questão que deve ser decidida pelos militares e pelo Congresso."Natural de Boston, no Massachusetts, onde nasceu há 62 anos, Robert Sherman chegou a Lisboa e apresentou as suas credenciais para desempenhar as funções de embaixador dos EUA a 30 de maio de 2014. É advogado e está registado como doador das campanhas de Barack Obama. Foi advogado de centenas de pessoas que processaram a arquidiocese de Boston, queixando-se de terem sido vítimas de pedofilia.


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