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Salah Abdeslam: longa fuga de um especialista na arte da dissimulação

kokas

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Set 27, 2006
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Polícia encontrou colete de explosivos em caixote do lixo junto a local onde localizou telemóvel do suspeito na noite dos ataques.

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Bebia, fumava charros, gostava de festas, futebol e mulheres - segundo os amigos - ou de frequentar bares gay - na versão do jornal La Libre Belgique. Nada na vida de Salah Abdeslam deixava adivinhar que o francês de 26 anos, nascido e criado no bairro de Molenbeek em Bruxelas, se transformaria no homem mais procurado da Europa, após os ataques de dia 13 em Paris."Os meus dois irmãos são normais, nunca notei nada", afirmava à BFM TV, numa das muitas entrevistas que tem dado, Mohammed Abdeslam, referindo-se a Salah e Brahim, que se fez explodir na noite dos ataques. Para o procurador de Paris, François Molins, a explicação para esta capacidade de manter uma vida de excessos e de pequena delinquência que em tudo parece distinguir-se dos preceitos do islão defendidos pelos jihadistas do Estado Islâmico é simples. "Estamos perante indivíduos adeptos da taqiya - a técnica islâmica da dissimulação", explicava ao Le Figaro.Mas o que é a taqiya? Segundo o islamólogo Mathieu Guidère, é uma técnica que data dos tempos de Maomé, quando o profeta e os seus discípulos eram perseguidos. "Para proteger os muçulmanos, o profeta admitiu que os crentes podiam esconder a fé para não serem martirizados", explicou também ao Le Figaro. Recuperada no início do século XX pelos xiitas, a taqiya passa depois a ser usada pelos sunitas, como os seguidores do Estado Islâmico. Esta obedece a regras rígidas: tem de ser aprovada por uma autoridade religiosa, "um xeque, um imã ou um emir", afirma Guidère. Mas impõe limites: quem a segue não se pode apresentar como ateu e pode beber mas não embebedar-se.Para o académico, não há dúvida de que os irmãos Abdeslam recorreram à dissimulação para esconder os ideais salafistas, mantendo a vida de pequenos delinquentes dos subúrbios de Bruxelas.
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Filhos de um maquinista do metro de Bruxelas e de uma dona de casa de origem marroquina, Salah e os irmãos receberam dos pais a nacionalidade francesa que estes mantiveram dos tempos coloniais. Na adolescência, Mohamed, Brahim e Salah tiveram problemas com a justiça, mas se o primeiro mudou de vida, os dois mais novos continuaram com as noitadas no seu bar Les Béguines, que acabou encerrado em maio pela polícia depois de lá ter sido encontrada droga.Cinto de explosivosSalah está a monte há dez dias, desde que saiu de Paris na noite dos atentados com ajuda de dois amigos belgas. Os três foram controlados pela polícia por volta das 09.00, pouco antes de ser divulgada a identidade de Salah. Detidos entretanto, os cúmplices terão confessado à advogada ter encontrado o jihadista "em choque" e ainda com o colete de explosivos, contou esta ao Le Monde.Desde então, surgiram várias notícias sobre o paradeiro de Salah - França, Bélgica, Alemanha. A verdade é que continua desaparecido e a última informação fidedigna é a sua presença no domingo à noite na zona de Liège. A consequente fuga para a Alemanha a bordo de um BMW não terá acontecido.Ontem, a polícia francesa encontrou num caixote do lixo de Montrouge, nos arredores de Paris, um objeto que "se assemelha a um cinto de explosivos". Foi no mesmo local que as autoridades localizaram o telemóvel de Abdeslam pouco depois dos atentados. O papel exato do jovem nesse dia continua difuso. Os investigadores pensam que poderá ter conduzido os três terroristas ao Stade de France no Renault Clio depois encontrado no 18.º bairro de Paris. Na sua reivindicação, o EI fala num ataque nesse local que nunca aconteceu. Uma hipótese, segundo L"Obs, seria que Salah se tivesse arrependido ou que o cinto não tivesse explodido.


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