• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Amigo de Lula, senador do PT e banqueiro presos na Lava-Jato

kokas

GF Ouro
Entrou
Set 27, 2006
Mensagens
40,723
Gostos Recebidos
3
José Carlos Bumlai recebeu 130 milhões de euros de banco estatal.
ng5266677.JPG


O senador do Partido dos Trabalhadores (PT) Delcídio Amaral e o presidente do banco BTG Pactual, André Esteves, foram detidos ontem na 22.ª fase da Operação Lava-Jato, que investiga o escândalo do Petrolão. Na véspera, José Carlos Bumlai, amigo íntimo do ex-presidente Lula da Silva, também foi preso. São as detenções mais mediáticas ordenadas pelo juiz Sérgio Moro desde as prisões de Marcelo Odebrecht, presidente da maior construtora do país, e José Dirceu, antigo ministro-chefe da Casa Civil.Delcídio Amaral, líder parlamentar do partido da presidente Dilma Rousseff no Senado, é acusado de subornar Nestor Cerveró, um dos principais delatores do caso de corrupção em torno da Petrobras, de forma a que este não o citasse nas conversas com os procuradores. Segundo Teori Zavascki, juiz do Supremo Tribunal Federal, o senador ofereceu 50 mil reais (cerca de 12,5 mil euros) mensais a Cerveró.Logo após a detenção, em Brasília, elementos da polícia federal disseram que Amaral "atrapalhava as investigações". Os procuradores têm na sua posse gravações de conversas entre o político e o filho do delator, de 4 e 19 de novembro, em que o primeiro se oferecia para influir em decisões do Supremo e exercer pressão sobre o vice-presidente Michel Temer, e sobre o líder do Senado Renan Calheiros, ambos do PMDB, aliado teórico do PT.Nessas gravações, Delcídio Amaral ainda propunha rotas de fuga para Cerveró como uma saída pela fronteira com o Paraguai rumo a Espanha, o que Zavascki considerou "uma situação da maior gravidade". Amaral é engenheiro, tem 60 anos, foi eleito pelo estado do Mato Grosso do Sul e pertenceu até 2001 ao oposicionista PSDB. Ele é o primeiro senador em funções preso desde a Constituição aprovada em 1988.Colegas e adversários de Amaral no Senado ouvidos pela imprensa tiveram reações de "perplexidade" e "surpresa". "Deprimente", resumiu Ronaldo Caiado, do Democratas, partido da oposição.MilionárioO banqueiro André Esteves, que chegou a ser o 13.º homem mais rico do Brasil e 628.º do mundo em 2012 pela revista Forbes, foi detido no Rio de Janeiro pelas mesmas razões do senador. De acordo com as investigações, o CEO do Banco BTG Pactual também participou nas conversas com o filho do delator.Esteves, de 46 anos, começou a carreira aos 21 anos no Banco Pactual de onde saiu para fundar em 2008 o Banco BTG que mais tarde adquiriria o primeiro. De 2012 para 2015 registou perdas, ainda segundo a Forbes, no valor de 700 milhões de dólares pelo investimento na Petrobras. É considerado um banqueiro próximo do governo."Passe livre"Na terça-feira, fora deflagrada a 21.ª etapa da Lava-Jato, denominada "Passe Livre" em alusão ao facto de José Carlos Bumlari, o empresário detido, ter acesso ilimitado ao gabinete de Lula no Planalto durante a presidência deste. A ação partiu de uma suposta fraude na Petrobras e desaguou noutras irregularidades envolvendo o BNDES, banco estatal de desenvolvimento. De acordo com o Ministério Público e a Polícia Federal, Bumlai recebeu cerca de 130 milhões de euros em empréstimos do banco.Em editorial, O Estado de S. Paulo, tradicionalmente crítico de Lula, refere que o antigo metalúrgico deve "estar a suar frio". "Quando Lula ainda era presidente, Bumlai foi uma das raras pessoas autorizadas a entrar no gabinete do chefão petista em "qualquer tempo e circunstância", conforme dizia um aviso colocado na portaria principal do Planalto."O juiz Sérgio Moro, porém, disse que "não há prova de que o ex-presidente estivesse de facto envolvido nesses ilícitos [lavagem de dinheiro e movimentação ilegal de recursos]". Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, fala em exagero a respeito da ligação entre o ex-presidente e o empresário.Mas no Planalto decorreram todo o dia reuniões no círculo mais próximo de Dilma para analisar o impacto da detenção de Bumlai na imagem do atual governo.


dn

 
Topo