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Sociedade Portuguesa de Hipertensão promove debate com especialistas para definir medidas que promovam a redução do consumo de sal em Portugal.
Fórum do Sal realiza-se esta sexta-feira, em Lisboa.
Convidar a sociedade a reflectir sobre o consumo de sal em Portugal é, de resto, o mote do Fórum do Sal, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), e que se realiza esta sexta-feira no Auditório da Assembleia da República, às 14h30.
Nesta segunda edição do evento, vários peritos nacionais e internacionais reúnem-se para apresentar algumas ideias e experiências que promovam a redução do consumo de sal em Portugal e, em conjunto, encontrar soluções práticas que beneficiem a alimentação dos portugueses.
“O objectivo é identificar e definir linhas de orientação específicas e eficazes para a redução do consumo de sal em Portugal”, diz ao PÚBLICO o presidente da SPH, Mesquita Bastos, lembrando que na iniciativa vão estar especialistas de Inglaterra e França para apresentar experiências internacionais.
A curto prazo, o objectivo é intervir junto de quem confecciona refeições para que reduzam a quantidade de sal nos alimentos.
“Temos o exemplo da redução do sal no pão que foi uma grande vitória para nós e muito bem recebida pelos consumidores, o que nos motiva ainda mais a querer abranger outras áreas da alimentação”, explicou o presidente da SPH, lembrando que essa já é uma medida aplicada em Inglaterra.
Reduzir o sal nos produtos mais consumidos pelos portugueses ou reduzir taxas nos alimentos mais saudáveis são outras das propostas que vão estar em debate no auditório do Palácio de São Bento.
A ingestão em excesso de sal é uma das causas para o agravamento da hipertensão arterial.
Em Portugal, de acordo com o estudo PHYSA – Portuguese Hypertension and Salt Study, realizado pela SPH em conjunto com a Universidade Fernando Pessoa, em 2012, o consumo de sal diário era, em média, de 10,7 gramas.
Apesar de ter descido 1,3 gramas entre 2003 e 2012, o valor continua a ser quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (5,5 gramas por dia).
Segundo a sondagem feita pela SPH em Fevereiro de 2015, apenas 25% dos portugueses mudou o consumo de sal.
Para Mesquita Bastos, os portugueses estão “conscientes dos malefícios” do excesso de sal, mas, por outro lado, “são muito resistentes a qualquer mudança”.
“Muitas pessoas têm a noção [errada] de que não consomem muito sal, portanto, não fazem qualquer mudança na alimentação”, acrescenta.
No auditório da Assembleia da República, além do presidente da SPH, vão estar Dulce Ricardo, da DECO; Graham MacGregor, presidente do Consensus Action on Salt & Health; Joel Menard, professor da Universidade Paris Descartes; Jorge Polónia, professor de Medicina da Faculdade Porto; Luís Martins, Director do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga E.P.E.; Fernando de Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge; João Breda, da World Health Organisation e Pedro Graça, da Direcção-Geral de Saúde.
A jornalista Marina Caldas é a moderadora do debate.
Fonte
Fórum do Sal realiza-se esta sexta-feira, em Lisboa.
Infografia
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) vai propor que todos os alimentos embalados tenham no rótulo uma espécie de "semáforo de cores" que indique o teor de sal:
“Vermelho para os alimentos com muito sal,
amarelo com sal moderado e
verde com pouco sal”,
explica ao PÚBLICO Mesquita Bastos, presidente da SPH.
Além desta medida, a SPH propõe ainda que, a longo prazo, num período entre quatro e cinco anos, “exista uma intervenção nas camadas mais jovens, quer ao nível de políticas de educação nas escolas, quer na reformulação das dietas nas cantinas”.
A ideia é também promover acções de sensibilização junto dos mais novos, pois “os problemas cardiovasculares aparecem cada vez mais nas camadas mais jovens da população e é urgente contrariar esta tendência”, sublinha.
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) vai propor que todos os alimentos embalados tenham no rótulo uma espécie de "semáforo de cores" que indique o teor de sal:
“Vermelho para os alimentos com muito sal,
amarelo com sal moderado e
verde com pouco sal”,
explica ao PÚBLICO Mesquita Bastos, presidente da SPH.
Além desta medida, a SPH propõe ainda que, a longo prazo, num período entre quatro e cinco anos, “exista uma intervenção nas camadas mais jovens, quer ao nível de políticas de educação nas escolas, quer na reformulação das dietas nas cantinas”.
A ideia é também promover acções de sensibilização junto dos mais novos, pois “os problemas cardiovasculares aparecem cada vez mais nas camadas mais jovens da população e é urgente contrariar esta tendência”, sublinha.
Nesta segunda edição do evento, vários peritos nacionais e internacionais reúnem-se para apresentar algumas ideias e experiências que promovam a redução do consumo de sal em Portugal e, em conjunto, encontrar soluções práticas que beneficiem a alimentação dos portugueses.
“O objectivo é identificar e definir linhas de orientação específicas e eficazes para a redução do consumo de sal em Portugal”, diz ao PÚBLICO o presidente da SPH, Mesquita Bastos, lembrando que na iniciativa vão estar especialistas de Inglaterra e França para apresentar experiências internacionais.
A curto prazo, o objectivo é intervir junto de quem confecciona refeições para que reduzam a quantidade de sal nos alimentos.
“Temos o exemplo da redução do sal no pão que foi uma grande vitória para nós e muito bem recebida pelos consumidores, o que nos motiva ainda mais a querer abranger outras áreas da alimentação”, explicou o presidente da SPH, lembrando que essa já é uma medida aplicada em Inglaterra.
Reduzir o sal nos produtos mais consumidos pelos portugueses ou reduzir taxas nos alimentos mais saudáveis são outras das propostas que vão estar em debate no auditório do Palácio de São Bento.
A ingestão em excesso de sal é uma das causas para o agravamento da hipertensão arterial.
Em Portugal, de acordo com o estudo PHYSA – Portuguese Hypertension and Salt Study, realizado pela SPH em conjunto com a Universidade Fernando Pessoa, em 2012, o consumo de sal diário era, em média, de 10,7 gramas.
Apesar de ter descido 1,3 gramas entre 2003 e 2012, o valor continua a ser quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (5,5 gramas por dia).
Segundo a sondagem feita pela SPH em Fevereiro de 2015, apenas 25% dos portugueses mudou o consumo de sal.
Para Mesquita Bastos, os portugueses estão “conscientes dos malefícios” do excesso de sal, mas, por outro lado, “são muito resistentes a qualquer mudança”.
“Muitas pessoas têm a noção [errada] de que não consomem muito sal, portanto, não fazem qualquer mudança na alimentação”, acrescenta.
No auditório da Assembleia da República, além do presidente da SPH, vão estar Dulce Ricardo, da DECO; Graham MacGregor, presidente do Consensus Action on Salt & Health; Joel Menard, professor da Universidade Paris Descartes; Jorge Polónia, professor de Medicina da Faculdade Porto; Luís Martins, Director do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga E.P.E.; Fernando de Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge; João Breda, da World Health Organisation e Pedro Graça, da Direcção-Geral de Saúde.
A jornalista Marina Caldas é a moderadora do debate.
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