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França mantém controlo de fronteiras "enquanto durar ameaça terrorista"

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Set 27, 2006
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Ministro do Interior diz que foram impedidas de entrar quase mil pessoas que representavam risco para a segurança e ordem pública
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Horas antes dos ataques de Paris, as autoridades francesas anunciavam a reposição do controlo nas fronteiras. Era uma medida prevista para garantir a segurança da Cimeira do Clima, na capital francesa, que foi reforçada após os acontecimentos da noite de 13 de novembro que resultaram na morte de 130 pessoas. A cimeira começa amanhã e acaba dia 11 (ver páginas 22 e 23), mas o controlo das fronteiras será mantido "enquanto durar a ameaça terrorista", disse ontem o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.Segundo o mesmo responsável, quase mil pessoas que representavam riscos para a segurança e ordem pública foram impedidas de entrar em França desde 13 de novembro. O ministro esteve ontem em Estrasburgo, para a inauguração do tradicional mercado de Natal (este ano com segurança reforçada), tendo aproveitado também para visitar um controlo fronteiriço franco-alemão."Cerca de 15 mil polícias, guardas e agentes das alfândegas estão mobilizados em todas as nossas fronteiras, nomeadamente na fronteira norte [com a Bélgica]", precisou Cazeneuve, que agradeceu o trabalho de todos. O controlo nas fronteiras contradiz o princípio de livre circulação no espaço Schengen, mas está previsto nas regras europeias em situações excecionais.O controlo fronteiriço não impediu contudo que um dos responsáveis pelos ataques de 13 de novembro, Salah Abdeslam (irmão de um dos bombistas suicidas, Brahim Abdeslam), conseguisse fugir de França para Bruxelas. Apesar de ter sido controlado três vezes pelas autoridades (segundo revelaram os amigos belgas que o foram buscar de carro a Paris e que estão presos) e de na Bélgica já ter sido questionado por causa das ligações ao extremismo islâmico, Salah Abdeslam ainda não era suspeito.Detonadores e armasO papel de Abdeslam nos ataques de Paris ainda não está totalmente claro: sabe-se que alugou os apartamentos e dois dos carros usados pelos terroristas e acredita-se que o seu objetivo era atacar o XVIII bairro da capital francesa. Foi lá que foi encontrado um dos carros abandonados e, nos arredores, um cinto de explosivos por utilizar - os amigos que o foram buscar encontraram-no com ele vestido e em "choque". Não se sabe se Abdeslam desistiu dos ataques no último momento (na reivindicação do Estado Islâmico havia referência a ataques no XVIII bairro) ou se houve um problema com os explosivos.Ontem, o Le Parisien revelou que Abdeslam comprou, com os documentos verdadeiros, uma dezena de detonadores elétricos numa empresa de pirotecnia em Val-d"Oise, em setembro ou outubro. A informação foi revelada à polícia pelo gerente da empresa, depois de ter sido emitido um mandado de captura internacional. O vendedor lembra-se que o comprador insistiu em saber se o dispositivo era fiável.A empresa de fabrico de armas Zastava Arms, que fornecia a polícia e o exército da ex-Jugoslávia e exportava para os aliados em África, Ásia e Médio Oriente, revelou que algumas das kalashnikovs usadas nos ataques de Paris foram fabricadas pela companhia em 1987 e 1988. "Verificámos sete, talvez oito, números de série que recebemos da polícia na nossa base de dados e descobrimos que as armas daqueles lote foram enviados para depósitos militares na Eslovénia, Bósnia e Macedónia", disse o diretor da empresa, Milojko Brzakovic, à Reuters.As autoridades alemãs estão ainda a verificar se um traficante de armas que detiveram esta semana, no âmbito de uma investigação que inicialmente não estava relacionada com os ataques de Paris, terá fornecido quatro das armas automáticas usadas naquela noite, vendendo-as através da Darknet (uma rede de acesso restrito onde é possível transacionar armas, drogas e outros serviços ilegais).


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