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UE dá à Turquia 3 mil milhões de euros para refugiados

kokas

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Set 27, 2006
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Anunciado plano de ação conjunto para responder à crise migratória provocada pela guerra na Síria, cimeiras bianuais entre UE e Turquia e novo impulso nas negociações de adesão
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Um plano de ação conjunto para controlar o fluxo migratório provocado pela guerra na Síria - que inclui um apoio de três mil milhões de euros para os 2,2 milhões de refugiados sírios em solo turco - em troca de um novo impulso no processo de adesão da Turquia à UE - com a abertura de novos capítulos nas negociações, a conclusão da facilitação de vistos e a realização de cimeiras bianuais. Estas foram as principais decisões ontem tomadas na cimeira entre o bloco dos 28 e o Estado turco. A reunião, que decorreu em Bruxelas, foi classificada pelo primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, como um encontro histórico."Sem o controlo das nossas fronteiras externas, Schengen passará à história. Não sejamos ingénuos. A Turquia não é a única solução para a crise migratória. A [solução] mais importante é a nossa responsabilidade e o nosso dever para protegermos as nossas fronteiras externas. Nós não podemos contratualizar essa responsabilidade a qualquer país terceiro", sublinhou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, no dia em que a UE aprovou três mil milhões de euros para a Turquia, para que Ancara desempenhe um "papel-chave".Davutoglu, por sua vez, encarou a cimeira com outra perspetiva, considerando que o encontro de ontem marcou "um dia histórico no processo de adesão à UE", pelo qual a Turquia vem a bater-se há várias décadas. "É um dia muito histórico para reenergizar o nosso processo de adesão, bem como para discutir e compartilhar os últimos desenvolvimentos na Europa", disse o chefe do governo turco."Estou grato a todos os líderes europeus por este novo começo, que não é apenas um início de uma reunião mas o início de um novo processo que é muito importante para o futuro da nossa casa comum na Europa", afirmou Davutoglu, sublinhando que em breve ficará concluído o programa de facilitação de vistos e será aberto novo capítulo das negociações, o 17, relativo à política económica e monetária do país candidato à adesão.No entanto, fontes europeias ouvidas pelo DN consideram que o processo de adesão da Turquia "muito dificilmente será fechado", e o "atrito em relação à questão de Chipre não é o pior". Mas é também preciso lembrar, como fez ontem Donald Tusk, que "a Turquia é um parceiro-chave em relação ao contraterrorismo. Também precisamos de uma melhor cooperação, no que diz respeito à situação na Síria e também em relação à questão [da divisão da ilha] de Chipre".António Costa, que participou na sua primeira cimeira europeia como chefe do governo português, considerou que "o diálogo com a Turquia é muito importante", até do ponto de vista estritamente nacional, tendo em conta que a "Turquia é um velho e estratégico aliado de Portugal [e] um parceiro como membro fundador da NATO em 1959". "Tudo o que seja um estreitamento da relação entre a UE e a Turquia é algo (...) em que Portugal estará empenhado", afirmou o político socialista. E sublinhou: "A crise que hoje estamos a viver ao nível dos refugiados é bem demonstrativa da importância estratégica da Turquia, que deve estar sempre presente na definição das políticas europeias."Lembrando que "nalgumas aldeias [turcas] há mais refugiados sírios do que habitantes turcos", o primeiro-ministro turco lembrou que os três mil milhões de euros que virão da UE "são para os refugiados sírios e não para a Turquia". Ahmet Davutoglu afirmou que para solucionar o problema dos refugiados é preciso também "solucionar o problema da Síria". É necessário, frisou, "ajudar as vítimas do terror de Assad e do Daesh".


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