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Estado mandou para a reforma perito eleitoral em vésperas de presidenciais

kokas

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Administração Interna. O secretário-geral do PSD tinha pedido a cabeça de Jorge Miguéis uma semana antes da reforma, em tempo recorde, ser comunicada ao dirigente

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O mais antigo e experiente quadro em processos eleitorais do Estado foi mandado para a reforma, antes de concluir as eleições presidenciais, que se vão realizar em janeiro próximo. Jorge Miguéis, secretário-geral adjunto do Ministério da Administração Interna (MAI) para a administração eleitoral foi surpreendido com uma aposentação em tempo recorde que o impedirá de cumprir o acordado com a tutela: sair só depois das eleições para a Presidência da República. A nova ministra, Constança Urbano de Sousa foi surpreendida com este lugar vazio.Há coincidências muito incómodas e esta história tem, pelo menos, duas. A primeira é um alto dirigente do Estado, 41 anos da administração eleitoral do MAI, 66 eleições por si organizadas, receber, perplexo, em sua casa, no dia do seu 66º aniversário, uma carta da Caixa Geral de Aposentações (CGA) a anunciar a sua reforma e o valor da pensão. Para muitos funcionários públicos podia ser o melhor presente, mas para Jorge Miguéis foi um "pesadelo", asseguraram ao DN fontes próximas deste ex-dirigente."Ele tinha pedido a reforma em setembro, pois completava a idade limite, 66 anos, em outubro, mas como os processos demoram seis a sete meses, contava ficar depois das presidenciais e deu nota disso à tutela. O pior foi quando questionou o seu superior hierárquico direto, o secretário-geral do MAI e este o mandou para casa sem apelo nem agravo", conta uma dessas fontes.A segunda coincidência infeliz é o facto de, no programa da RTP3, Sexta às 10, uma semana antes da carta da CGA, no qual se debatiam alguns incidentes registados nas legislativas (ver textos em baixo), o secretário-geral do PSD, Matos Rosa ter pedido a cabeça de Jorge Miguéis. "A culpa não pode morrer solteira. Esta pessoa tem de se responsabilizar e, em último recurso, demitir-se mesmo do cargo. Se fosse eu demitia-me imediatamente", reagiu, indignado com o que tinha sido mostrado na reportagem.O ex-secretário de Estado da Administração Interna, do CDS, João Almeida confirma que contava com Miguéis para as presidenciais e que deu disso conta à equipa que agora ocupa o MAI. "No planeamento que estava feito estávamos a contar com Jorge Miguéis para continuar a fazer o seu trabalho. Quanto à reforma "relâmpago" diz ter tido conhecimento que Miguéis tinha pedido para se aposentar, tendo em conta a idade e anos de serviço, mas desconhece "as circunstâncias em que se desenvolveu o processo de reforma". O desempenho do ex-secretário geral adjunto foi elogiado por responsáveis de todos os partidos que passaram pelo governo, através de louvores públicos."Não conheço a pessoa em causa", responde Matos Rosa quando confrontado pelo DN. "Não misturo nem nunca misturei estas questões. O que eu disse foi que se fosse eu, com tantos casos de irregularidades, pedia a demissão. Não tenho qualquer responsabilidade nem influência na idade de reforma das pessoas. Isso são desculpas sem pés nem cabeça", acrescenta.O DN sabe que, a propósito da falha nos envelopes para os portugueses no estrangeiro (ver texto em baixo), Miguéis apresentou a sua demissão, mas esta não foi aceite pela então Ministra Anabela Rodrigues, por não ser sua a responsabilidade direta.Contactado pelo DN, Jorge Miguéis confirmou a sua situação de "reformado", mas não quis fazer comentários. A secretaria-geral do MAI não respondeu à pergunta sobre o tempo médio dos processos de reforma dos dirigentes do MAI.


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