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Putin ameaça Turquia com novas sanções

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Líder russo torna a acusar Erdogan de cumplicidade com islamitas.
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O presidente Vladimir Putin anunciou ontem que serão aplicadas novas e importantes sanções à Turquia na sequência do abate de um Sukhoi-24M na passada semana após ter violado o espaço aéreo daquele país. O dirigente russo garantiu, no entanto, que Moscovo não irá desenvolver qualquer "política militar de tilintar de sabres" com Ancara, referência a uma possível estratégia de escalada de tensões que pudesse desembocar num conflito aberto.As palavras de Putin foram proferidas no quadro do discurso sobre o estado da Nação, realizado no Kremlin perante as duas câmaras do Parlamento russo, e foram seguidas, quase de imediato, pelo anúncio feito pelo ministro da Energia, Alexander Novak, de que tinham sido suspensas as negociações sobre o gasoduto Turkish Stream, que deveria permitir o fornecimento de energia da Rússia à Turquia através do Mar Negro. O projeto fora acordado durante a visita de Vladimir Putin à Turquia em finais de 2014.O projeto previa a ligação do Sul da Rússia à região ocidental da Turquia, permitindo a Moscovo contornar a Ucrânia para abastecer a Europa, reforçando a posição geográfica turca enquanto ponto de trânsito da energia proveniente daquele primeiro país. O Turkish Stream era considerado uma forma de evitar eventuais retaliações das autoridades de Kiev pela intervenção militar russa no Leste do país e a anexação da península da Crimeia por forças de Moscovo em março de 2014.Apesar do tom das palavras de Putin, os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e turco, respetivamente Sergei Lavrov e Mevlut Cavusoglu, encontraram-se ontem pela primeira vez nove dias após o abate do Sukhoi-24M. O encontro decorreu à margem de uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE), que hoje termina em Belgrado. Segundo as agências, o encontro durou cerca de uma hora e no final Lavrov disse "não ter ouvido nada de novo"."Terrível crime de guerra"No início da intervenção, Putin pediu um minuto de silêncio pelos dois militares mortos no incidente, um dos pilotos do Sukhoi-24M e um soldado que estava a bordo de um dos helicópteros envolvidos nas operações de busca e que foi alvejado a partir do solo. Para Putin, o abate do avião constituiu um "terrível crime de guerra", que não será esquecido pela Rússia. Para o líder do Kremlin, tratou-se de uma "traição" a ser punida com muito mais "do que algumas medidas sobre tomates ou a imposição de limites a projetos na área da construção civil, ou noutros setores". O dirigente russo insistiu, repetidas vezes, na ideia de que a Turquia irá lamentar "por mais de uma vez" o sucedido no passado 24 de novembro.Putin justificou a intervenção militar na Síria, afirmando que as "nossas forças armadas estão, antes de tudo o mais, a defender o nosso país" dos "militantes" islamitas que classificou como "uma grave ameaça para a Rússia". O presidente russo voltou ainda a uma ideia, que defendera na sua intervenção na Assembleia Geral das Nações Unidas, a 28 de setembro, que é a criação de uma "frente antiterrorista através do direito internacional e sob os auspícios" da ONU.Noutro ponto da intervenção, adotando um tom sarcástico, Putin declarou que "parece ter sido decisão de Alá privar a clique governante na Turquia do sentido da sabedoria e da capacidade de análise".Na linha de anteriores declarações, ampliadas quarta-feira em Moscovo por uma conferência de imprensa do ministro adjunto da Defesa, Anatoly Antonov, e de altos dirigentes militares russos, Putin voltou a acusar o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e a família de "encherem os bolsos com petróleo roubado" na Síria e Iraque.Moscovo tem insistido na ideia de que o presidente nomeou familiares próximos para posições centrais no setor da Energia para beneficiar com os negócios do petróleo que o Estado Islâmico (EI) retira dos poços sírios sob seu controlo e vende no mercado negro."Propaganda soviética"O presidente Erdogan e o governo de Ancara negam veementemente tais acusações, tendo ontem sido consideradas como "propaganda soviética" pelo primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu."Pensamos que o período soviético da Rússia tinha desaparecido, mas reapareceu. Esta forma de recorrer a métodos de propaganda para esconder os problemas com os seus vizinhos está a voltar aos poucos", afirmou o governante turco.



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