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Ministério Público quer fiscalizar contratos públicos e privatizações

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A Procuradora-Geral da República quer reforçar combate: o Ministério Público vai ter uma ligação ainda mais direta com o Tribunal de Contas, Constitucional e BdP e CMVM
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O Ministério Público (MP) quer passar a ter mais poder de forma a conseguir monitorizar e supervisionar os processos de negociação das privatizações, parcerias público privadas, atribuição de fundos europeus ou mesmo a preparação de contratos públicos. Em causa as situações que, quer a Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal, quer o diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) consideram serem geradoras "de maior risco de corrupção". Os objetivos constam quer do Programa de Ação. "O Ministério Público contra a corrupção" - lançado esta semana por Joana Marques Vidal - quer do Plano de Atividades do DCIAP para 2016, assinado por Amadeu Guerra. O líder do departamento que investiga a criminalidade mais sofisticada e complexa - como a corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal- concretiza: "a contratação pública, Programas Operacionais dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento e Portugal 2020, bem como as privatizações" serão supervisionados preventivamente pelo MP. Já Joana Marques Vidal refere as "parcerias público-privadas, as privatizações, a decisão e utilização de fundos comunitários" como sendo as atividades mais suscetíveis de gerar corrupção. A PGR quer ainda uma comunicação mais direta dos magistrados do MP com os outros magistrados - colocados no Tribunal de Contas, Constitucional, tribunais tributários e Tribunais de Comércio. Quer ainda uma maior articulação com o Banco de Portugal e a Comissão de Mercados de Valores Mobiliários.Segundo explicou Euclides Dâmaso, procurador-geral distrital de de Coimbra, a crise financeira "pode trazer um agravamento dos índices de corrupção e não apenas da corrupção de guichet em que os funcionários pretendem compensar as perdas salariais". E acrescenta: "e pode trazer também o aumento da corrupção a alto nível, desde logo no que concerne ao financiamento partidário, pois o progressivo desinteresse dos cidadãos pela política tornará mais dispendiosas as ações de propaganda e de captação do voto", assinala. Euclides Dâmaso refere ainda que "a privatização de importantes empresas do setor público poderá também criar riscos elevados de corrupção, associados sobretudo às promiscuidades e conflitos de interesses tradicionalmente reinantes".


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