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'Streaming', o cabo das tormentas da TV tradicional

kokas

GF Ouro
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Serviços de streaming ganham cada vez mais subscritores. Fundador do Business Insider antevê que "a televisão vai passar por anos de muito sofrimento, tal como os jornais"
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O advento dos serviços de streaming mudou substancialmente a forma de consumir televisão. Na conferência Business Insider Ignition, realizada em Nova Iorque, nos EUA, vários especialistas do panorama digital e televisivo fizeram uma análise daquele que poderá vir a ser o futuro da televisão. E as previsões não são animadoras.O cenário norte-americano espelha aquilo que começa a acontecer um pouco por todo o globo, no que se refere a um declínio do número de pessoas com televisão por subscrição. Um estudo apresentado pela eMarketer estima que em 2018, um em cada cinco lares já não terá este serviço. Já no final do próximo ano, a eMarketer prevê que o número de assinantes de TV por cabo ou por satélite nos Estados Unidos fique situado na fasquia dos 100 milhões, número que vai continuar a cair progressivamente até 2019, situando-se nessa altura nos 96,4 milhões.Este cenário contrasta com aquele que tem sido vivido pelos serviços de streaming como Netflix, Amazon, Hulu ou Apple TV. "Este ano, o número de serviços de vídeo digital expandiu-se de uma forma nunca antes vista", sublinhou Paul Verna, analista da eMarketer. "Existem novos pacotes digitais que incluem muitos dos canais que os consumidores só poderiam aceder através de assinaturas de cabo e satélite no passado", acrescentou.Atualmente, o Netflix lidera este segmento, com 70 milhões de subscritores em todo o mundo. Segue-se a Amazon, com 45 milhões, a Apple TV, com 35 milhões, e a Hulu, com 10 milhões. Perante estes números, que não param de crescer, Henry Blodget, fundador do Business Insider, não tem dúvidas. "A televisão tradicional vai passar por anos de muito sofrimento, tal como os jornais".O YouTube é outra das plataformas que veio baralhar as contas da televisão tradicional. Atualmente, conforme frisou Blodget, "a receita publicitária do YouTube é quase tão grande com a da CBS", um dos canais mais poderosos de todo o globo.O número de norte-americanos que nunca subscreveu serviços de TV por cabo ou satélite também tem vindo a crescer, o que vem dar força às previsões mais pessimistas relativamente ao futuro da TV tradicional. Este ano, a percentagem situou-se nos 12,9%, e no próximo ano deverá subir até aos 13,8%, antevê a eMarketer."Nada é garantido"Os números e as previsões de um futuro sombrio para a televisão tradicional contrastam com os discursos que foram proferidos por dois dos homens mais fortes da indústria televisiva: Brian Roberts, CEO da Comcast, e Leslie Moonves, CEO da CBC. Inc. Tanto um como outro apressaram-se a pintar um quadro bastante diferente daquele que estava a pairar na conferência Business Insider Ignition.O CEO da Comcast, grupo de média que detém canais como NBCSN e E! Entertainment, não quis passar ao lado do tema e falou sobre a Box X1 Guide, que foi lançada em novembro de 2014, e considerada pelo próprio como algo inovador no panorama televisivo. "É o primeiro interface televisivo que é comandado pela voz", começou por dizer aos presentes. "Temos 10 milhões de boxes e produzimos 40 mil todos os dias", acrescentou Brian Roberts.A Box X1 permite aos seus subscritores acederem a conteúdos online a partir desse mesmo dispositivo. Roberts explicou à audiência que a mesma tem várias funcionalidades, tais como alterar o guião de um filme. "Temos de dar aos consumidores aquilo que eles querem, e é isso que a X1 faz", argumentou.Esta foi uma das formas encontradas pelo CEO da Comcast para tentar reverter o declínio da TV tradicional. Atualmente existem nos EUA 19,5 milhões de lares que não possuem qualquer tipo de televisão por subscrição. Mas em 2019 esse número vai crescer para os 28,1, de acordo com os dados do eMarketer.Além da Box X1, a estratégia de Roberts para manter o império da Comcast a salvo da explosão dos serviços de streaming passa por "oferecer novos produtos" e não cair no erro de "fazer uma grande aposta numa só coisa". Sobre o futuro, o CEO da Comcast citou uma passagem do livro Only the Paranoid Survive, de Andy Grove. "Não podemos liderar uma empresa sem nos preocuparmos. Nada é garantido".


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