O mundo do rock ficou hoje em estado de choque. Morreu, aos 70 anos, um dos seus expoentes máximos: Lemmy Kilmister, eterno líder dos Motörhead e ex-baixista dos Hawkwind. O músico faleceu vítima de um cancro. O anúncio foi avançado por alguns meios de comunicação social por volta da meia-noite e meia (hora portuguesa) e confirmado posteriormente pela restante banda, através da sua página no Facebook. De acordo com os Motörhead, a doença do músico foi fulminante. Lemmy tê-la-á descoberto no passado dia 26, tendo morrido apenas dois dias depois, em sua casa, rodeado pela família. Numa curta nota, a banda diz "não ter palavras para expressar o seu choque e tristeza" e apela aos fãs para que, em homenagem a Lemmy, façam soar bem alto a música dos Motörhead e dos Hawkwind, rematando com o epitáfio perfeito: "nascido para perder, viveu para vencer". Na passada semana, o baterista Mikkey Dee revelou num vídeo dirigido aos fãs que a banda estaria a preparar uma nova digressão em 2016, que começaria a 26 de janeiro. "Obrigado a todos os que nos viram na digressão europeia que terminámos [então]. O nosso próximo ano vai ser do caraças", disse. Os últimos anos de Lemmy Kilmister foram marcados por outros problemas de saúde, tendo o músico que abandonar o palco por algumas vezes. Em Portugal, os Motörhead atuaram por seis vezes: no Rock in Rio Lisboa, em 2010, e seis anos antes em Paredes de Coura, numa memorável noite de "dilúvio". Em 2001, tocaram também na Concentração Motard de Faro, dois anos após terem subido ao palco do Coliseu dos Recreios. A primeira vinda da banda a Portugal data de 1988, altura em que deram dose dupla de concertos: no Pavilhão Infante de Sagres (Porto) e no Dramático de Cascais.
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