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Como a ansiedade pode, afinal, salvar-nos a vida
Um novo estudo conclui que a ansiedade pode funcionar como uma espécie de sexto sentido
Durante décadas, a investigação nesta área apontou no sentido de a ansiedade levar à hipersensibilidade a sinais de ameaça, o que levaria um estado nervoso permanente, capaz de afetar a capacidade de reação rápida - como quando uma pessoa "bloqueia" com o medo.
Mas agora, um novo estudo, realizado por duas universidades francesas, chegou à conclusão que a ansiedade pode ser, na verdade, uma vantagem, funcionando como uma espécie de "sexto-sentido" e fazendo com que as pessoas mais nervosas estejam mais despertas para o perigo.
O estudo revela que a ansiedade permite que as sensações de ameaça cheguem de forma mais rápida ao cérebro, o que permite uma ação e descarga de adrenalina também mais rápidas. Por outro lado, pessoas mais descontraídas levam mais tempo a reconhecer a ameaça.
"A sensibilidade aumentada a um sinal de ameaça é característica apenas de pessoas com níveis altos de ansiedade", explica a El Zein, co-autora do estudo. A investigadora acrescenta ainda que a situação também tem influência na sensação de ameaça que sentimos: "no meio de uma multidão, por exemplo, somos mais sensíveis a alguém que olhe com raiva para nós do que se essa pessoa estiver a olhar para outro sítio".
Segundo a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, 16,5% dos portugueses sofre de ansiedade.
© Toby Melville / Reuters