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Presidenciais 2016

kokas

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"Ninguém tem dúvidas em quem é que votará Cavaco Silva. É em Marcelo"



Sampaio da Nóvoa diz, em entrevista ao DN, que os seus adversários são a abstenção e o candidato de direita, a quem acusa de usar a dissimulação política para fazer de conta de que não esteve ao lado da austeridade. Quer forçar uma segunda volta e, se for eleito, afirma que será um Presidente ao serviço da estabilidade.

Tem sido difícil dar-se a conhecer ao país?Quer dizer, tem sido um tempo muito apaixonante da minha vida
Mas, quando vai na rua, as pessoas já o identificam, já reconhecem?Ah, sim. Completamente.Já deixou de poder estar sossegado a tomar um café.Completamente. Sim. Sim. Sim,O que é que as pessoas lhe dizem?Para as pessoas, a marca da coragem é muito importante. Depois, a marca da independência: "ainda bem que uma pessoa independente se candidata". Muita gente a dizer-me "não votamos há 20 anos", "não votamos há..." Quer dizer, a lógica das pessoas que, eventualmente, estão mais desiludidas com a política, são provavelmente aqueles que vêm mais espontaneamente falar comigo.


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Os quilómetros que tem de vantagem correspondem a uma vantagem política?Creio que não. Foi um tempo prévio de conhecimento que, para mim, foi muito importante, que foi importante, também, para criar alguma notoriedade.Surpreende-o, então, o seu score tão baixo nas sondagens?Não. Isto é, as nossas expectativas, desde o princípio, era que no início da campanha eleitoral o score, enfim, tendo em conta o cenário eleitoral, fosse entre os 15% e os 20%, não é? E ele situa-se exatamente nesses patamares. E a nossa expectativa sempre foi que, para forçar uma segunda volta, nós precisaríamos de chegar aos 22%, 23% e, portanto, estamos dentro das previsões que tínhamos feito desde o inícioO seu objetivo é forçar uma segunda volta?Ganhar à primeira, no atual cenário, parece muito improvável, não é? E, portanto, o objetivo, neste momento, é forçar uma segunda volta.Como é que financia a sua campanha?É financiada em bases muito modestas e muito prudentes, exclusivamente, por donativos individuais de pessoas. Temos feito vendas de serigrafias, de obras de arte, leilões, etc., que nos têm permitido financiar uma parte da campanha. De resto é o assumir de um risco pessoal meu, em função da subvenção que o Estado atribui às candidaturas presidenciais e, portanto, é um risco meu.Mas quando avançou esperava o apoio do PS?Não, nunca tive expectativas de apoios formais de partidos. Sempre disse que quero os apoios de todos, sempre afirmei, em todos os momentos, que se tiver apoios de todos os partidos, melhor, Portanto, não recusarei nenhum apoio de [um] partido mas nunca pedi o apoio de nenhum partido. O que não quer dizer que não seja, para mim, muito importante e muito relevante que haja muitos dirigentes socialistas que estão a apoiar esta candidatura. Nesta candidatura, há militantes de todos os partidos e, até, dirigentes de todos os partidos, com representação parlamentar. No núcleo fundador da candidatura esteve o apoio dos três anteriores Presidentes da República.Não seria normal, por exemplo, que figuras como o Manuel Alegre estivessem ao seu lado?Bem, eu não...Não o surpreende que não estejam?Há dimensões ideológicas que juntam as pessoas e, depois, há também questões de afinidades pessoais. Agora, eu acho é que a minha matriz, que se junta numa lógica de valores humanistas, de valores progressista, vai buscar muito, também, ao que é o melhor da social-democracia, ao melhor da democracia-cristã. Certamente, não aquela visão do PSD e aquela visão do CDS que prevaleceu nos últimos quatro anos e meio e, quer dizer, que representa uma visão extremista, radical, ideológica, de um neoliberalismo muito radicalizado.Mas a candidatura de Maria de Belém divide esse eleitorado para o qual se dirige?Há uma face positiva e uma face negativa neste processo. A face positiva é a pluralidade, eu sou um homem de todas as liberdades. Alguns dos valores que eu represento não são os mesmos que representa a dra. Maria de Belém. O lado negativo é quando isso reduz uma certa dinâmica e um certo entusiasmo, quando há muita gente que fica confuso ou baralhado.O que potencia abstenção?É isso, exatamente. Vou dirigir uma parte muito grande da minha campanha contra a abstenção.É o seu principal adversário, a abstenção?É um dos principais adversários, certamente. No dia 24 de janeiro, não vamos "apenas", entre aspas, escolher uma pessoa, vamos escolher uma determinada visão do país: se querem escolher um candidato como o Marcelo Rebelo de Sousa ou se querem escolher um uma candidatura como aquela que eu represento. E isso torna-se mais claro, essa visão, do que se estivermos a falar de características pessoais ou de maneiras pessoais ou de popularidade ou de ser mais famoso ou de ser mais simpático ou de ser menos simpático.O que o distingue de Marcelo?A ideia que o Marcelo tem para o país é totalmente colada ao que foram os últimos quatro anos e meio das políticas do PSD e do CDS. Marcelo foi sempre coerente, do ponto de vista político, como uma homem da direita portuguesa. Nós sabemos, porque isso é público, em quem é que vai votar o general Ramalho Eanes, o dr. Mário Soares e o dr. Jorge Sampaio: vão votar na minha candidatura. Por isso é que ninguém tem dúvidas em quem é que votará o dr. Cavaco Silva, não é? Em Marcelo. Ele é obviamente o homem que esteve nas candidaturas de Cavaco Silva, que se mobilizou por elas, ainda que agora queira parecer uma espécie do seu contrário.É por isso que elogia o governo de António Costa quase todos os dias?Mas é essa permanente dissimulação, do ponto de vista político, de fazer de conta que não esteve a favor das políticas de austeridade e a favor do governo da coligação e que não fez campanha por Passos Coelho e por Paulo Portas e fazer de conta que não esteve nas eleições de Cavaco Silva, que não foi um dos seus principais apoiantes, etc. Os portugueses ou são capazes de perceber esse jogo político de um grande oportunismo - estou aqui a falar do ponto de vista político, não estou a falar do ponto de vista pessoal -, ou então não percebem e deixam-se ir alegremente nesta nova persona que está a ser criada, Eu represento um país que precisa de abandonar o ciclo de austeridade e precisa de voltar a apostar naquilo que nos pode dar futuro. Na educação, no conhecimento, na ciência; aquilo que nos pode dar futuro é a capacidade de levar este conhecimento para as empresas, de criar inovação, de criar um país que esteja mais preparado para enfrentar este século XXI, que vai ser um século muito difícil. O século XXI vai ser um século muito difícil na Europa e no mundo, vai ser um século em que vamos precisar de estar muito preparados.Acha que António Costa fez bem em não apoiar nenhum dos candidatos?É muito difícil pronunciar-me sobre decisões de líderes partidários que têm as suas próprias lógicasMas nunca escondeu que gostaria de contar com o apoio do PS...Nunca escondi e nunca escondo. Ver-me-ão sempre a acolher todos aqueles que queiram entrar dentro desta candidatura.Esse apoio chegou a ser prometido ou não?Não. Não.E houve ou não algum momento em que equacionou a desistência?Não. Nunca. Nunca. Isso, para mim, foi muito claro no Trindade, no dia 29 de abril, quando eu apresentei a minha candidatura -, naquele momento, naquele exato momento, percebi que a candidatura já não era só minhaEstá confortável com os poderes de que o Presidente da República dispõe?Estou muito confortável. Acho que os poderes que a Constituição consagra são poderes mais do que suficientes e mais do que equilibrados. Revejo-me totalmente nesta Constituição. Enfim, é evidente que todas as constituições, em todo o mundo, podem ser objeto de melhorias e de alterações etc. Isso, aliás, é uma matéria do Parlamento. É mesmo a única matéria em relação à qual o Presidente da República é obrigado a promulgar e, portanto, não tem, sequer... é a única matéria, em relação à qual, não tem a possibilidade de veto. Sinto-me muito confortável e creio que no entendimento das funções presidenciais que foram feitas tanto pelo general Eanes, como pelo dr. Mário Soares e, depois, por Jorge Sampaio, se encontram bons exemplos da forma como o Presidente pode exercer os seus poderes presidenciais.Nunca dá Cavaco Silva como exemplo de uma boa Presidência...Infelizmente, não. Infelizmente, não. Na verdade, o que as pessoas me dizem mais, nas ruas, é essa sensação de que não tiveram um Presidente da República. Um Presidente da República que esteve muito pouco presente na vida das pessoas, que não disse a palavra certa quando devia ter dito a palavra certa, que não interveio no momento em que podia tê-lo feito. As pessoas não se sentiram protegidas. Eu acho que há um fenómeno muito interessante na maneira como o Presidente da República está concebido em Portugal que é alguém que protege as pessoas, o conjunto dos portugueses, e que tem um dever de proteção através da palavra, através da magistratura de influência. Espero que venhamos a ter nos próximos anos.Marcelo e Nóvoa pegam-se sobre currículo, gastos e o que disseram em 40 anos
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"Os portugueses não iriam perdoar uma crise política já a seguir"Depois da pré-banca rota em 2011, a austeridade era inevitável?Durante anos e anos e anos e anos, foram economistas, comentadores, políticos a justificarem, justamente, as benfeitorias que a austeridade nos ia trazer. É verdade que, hoje, parece que estamos todos de acordo [ri-se], ao fim de quatro anos e meioEntão o que podia ter sido feito de diferente?O problema é se passou para a austeridade como ideologia. Era preciso ter preparado o país, era preciso ter preparado as pessoas para enfrentarem esses desafios do século XXI. Nós temos de inverter este ciclo, em que a questão da poupança tem de ser, obviamente, colocada em cima da mesa - as dificuldades não se resolvem porque nós, um dia, acordamos de manhã e dizemos: "Olha, a partir de amanhã, não há dificuldades". Não há nenhuma varinha de condão. As dificuldades estão cá, sempre estiveram e continuam em Portugal. Uma coisa que é central para o país é a crise de natalidade enorme. Em 1976, nasceram em Portugal 180 e tal mil crianças; o ano passado terão nascido pouco mais de 80 mil, quer dizer, menos de metade. Simultaneamente, estamos com um nível de emigração como não tínhamos há muitas décadas. Sem pessoas não há país, quer dizer. É neste compromisso que eu acho que o Presidente da República pode estar. Não tem de governar, não governa, não legisla mas pode ser portador desta ideia do país e tentar estabelecer compromissos estratégicos em torno desta ideia do país. É por isso que a ideia do compromisso estratégico para um desenvolvimento partilhado é, para mim, tão importante ao longo desta candidatura.E acha que o governo de António Costa vai ser capaz de levar por diante esse projeto?Espero que sim.Mas, pelo que já viu até agora, o governo tem uma base sólida? Por exemplo, agora do orçamento retificativo por causa do caso Banif, em que a esquerda, que é a base de sustentação do governo, acabou por votar contra esse orçamento...Acho que vai ser muito difícil. Acho que vai ser precisa muita cabeça fria, muita responsabilidade, vai ser preciso um sentido muito claro, não dos interesses de cada um - é evidente que os partidos têm de defender os seus interesses, também -, mas é preciso que se libertem um pouco das lógicas internas dos partidos e dos seus interesses e sejam capazes de perceber o que é que é preciso fazer para construir esse caminho de confiança e de esperança. Mas se eu tiver de dizer uma motivação para me candidatar, foi talvez uma espécie de indignação de ouvir muita gente dizer, de forma mais ou menos resignada, que os nossos filhos iriam viver pior do que nós. E eu disse: "Isto não pode acontecer". Não há sociedade, não existe sociedade se não houver a crença, a confiança e a esperança de que os nossos filhos vão viver melhor do que nós.Portanto, não acredita que haja uma crise política, já a seguir, com o Orçamento de Estado para 2016?Acho que os portugueses não iriam perdoar isso.E o Presidente da República tem aí um papel?O Presidente tem um papel muito importante que é ser um fator de estabilidade. Quer dizer, um dos compromissos mais fortes que eu assumo é o de ser um referencial de estabilidade.Isso materializa-se em quê?Traduz-se, na prática, na ideia de procurar, em todos os momentos, estar do lado dos acordos possíveis, dos consensos possíveis, em sede de maiorias parlamentares.A estabilidade durará até Bruxelas nos permitir?Eu espero que isto tenha o prazo de uma legislatura, porque é isso que é normal, não é? O normal é que os governos durem uma legislatura e que as pessoas sejam capazes de criar entendimentos para essa legislatura.Uma coisa é o que deseja, outra coisa é aquilo em que acredita...E acredito nisso. Porque eu acredito na boa-fé dos partidos, acredito na boa-fé dos acordos.



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[h=1]"Estou em melhor posição para ter votos também à direita"[/h]

Em entrevista ao DN, Maria de Belém faz de Marcelo o seu principal adversário. Afirma que se distingue dos restantes candidatos à esquerda pelo vasto currículo de serviço público


Portugal está melhor ou pior do que em 2011?
Portugal está muito fragilizado do ponto de vista social e económico. Evidentemente que pode ter uma imagem de fora, por parte de instâncias internacionais, que considere que está melhor, mas as minhas formas de avaliação são pelos indicadores sociais e económicos. Estamos pior do ponto de vista da pobreza, do desemprego, da vista da capacidade da economia para respirar, do investimento externo.
Mas o programa de resgate na altura, em 2011, foi negociado por um governo socialista...
Considero é que há uma receita geral que é aplicada a todos os países, independentemente das suas condições de base, o que na minha opinião não é adequado. Porque a Irlanda tinha problemas com o sistema financeiro, a Grécia tinha problemas com a administração pública e com o sistema fiscal e nós tínhamos problemas a nível da debilidade da nossa economia. E portanto a cada doença o seu tratamento. É isso que espero que a União Europeia faça e parece-me que está neste momento aberta a fazer esta avaliação, e é muito importante que isso aconteça.





A 4 de outubro, o país não fez essa leitura e esse diagnóstico, deu a vitória eleitoral à coligação que estava no governo.
Ora bem! Falar de perceções do país em função de resultados eleitorais, é certo. A mim perguntaram-me a minha opinião.
Sim.
E portanto eu emiti a minha opinião, não é? Eu construo a minha opinião com base nos indicadores de que disponho e com base na minha experiência no terreno.
Mas como é que vê esta perceção do país relativamente àquilo que aconteceu nos últimos quatro anos?
Estando eu muito ligada ao setor social, vejo situações que nunca esperei ver no meu país. Conheço os casos reais, conheço os nomes das pessoas, conheço as suas caras, as suas situações concretas. Acho que também com níveis de abstenção tão elevados há uma franja muito grande do eleitorado que está muito descrente e que considera que não vale a pena votar porque, votem em quem votar, haverá pouca autonomia nacional para definir políticas diferentes.
Compreendeu os cortes que foram feitos na área da saúde e as implicações que tiveram a posteriori?
Há cortes que devem ser feitos, são os cortes que têm que ver com desperdício, com dinheiro que é gasto sem necessidade, sem adequação. E por isso fui uma grande promotora dos programas de qualidade na saúde. Houve também uma lei dos compromissos que não tem grande aplicabilidade. É muito difícil para os gestores conseguirem compatibilizar entre aquilo que é a defesa do direito à vida e à integridade, à capacidade das pessoas, saber se há dinheiro na tesouraria para tomar uma decisão no sentido de um determinado tratamento.
E é isso que pode explicar, por exemplo, o aconteceu no caso do Hospital de São José?
Não posso tirar conclusões antes das conclusões do inquérito. Seria erradíssimo fazer o aproveitamento deste caso para tentar encontrar diretamente culpados.
O governo minoritário do PS tem hoje uma base sólida para governar?
Parece-me que sim, que tem havido o apoio parlamentar. Houve, desde logo, para o programa do governo. Eu acho que é muito importante dar uma imagem externa de estabilidade governativa.
Há um governo estável quando, por exemplo, a maioria que o suporta chumbou o Orçamento Retificativo que o governo foi obrigado a apresentar por causa do Banif?
Pois, porque aí há divergências que têm que ver com o sistema financeiro. E o governo que está em funções tem de remediar situações que aparecem e que nem sequer estavam em cima da mesa, que não eram previsíveis. Nós sabíamos que havia... O que é importante é saber em cada momento qual é a maioria que é possível que viabilize cada uma das medidas em função da sua natureza.
Mas acha que é legítimo ao primeiro-ministro pedir ajuda a um ex-primeiro-ministro que caiu no Parlamento pela sua mão?
Acho que quando está em causa o interesse nacional, quando está em causa também um dossiê que correu todos os seus termos num governo anterior, que os responsáveis por esse governo também considerem que têm nessa altura de dar a prevalência à defesa do interesse nacional.
Como é que vai agir se for eleita no dia em que eventualmente Bruxelas possa ter de impor a Portugal um novo pacote de medidas e isso fizer soçobrar o apoio da esquerda ao governo?
Acho que, como disse, estar permanentemente a trabalhar sobre cenários hipotéticos é algo que não me agrada do ponto de vista daquilo que é o que há a discutir hoje.
Mas não acha que isto é uma possibilidade?
... São regras que constam da Constituição da República Portuguesa e que dizem que o Presidente da República tem o poder de dissolução do Parlamento, que deve apenas usar em circunstâncias excecionais. Portanto, não lhe vou aqui especificar que circunstâncias excecionais serão essas.
Já o fez não há muito tempo...
Não, fi-lo dizendo que sempre que esteja em causa o regular funcionamento das instituições no sentido de pôr em causa a governabilidade do país, como é evidente, aí o Presidente da República não tem alternativa.
Quem é o seu adversário nesta corrida presidencial?
Já o disse, é Marcelo Rebelo de Sousa.
Porquê?
Precisamente porque é a pessoa que representa o único candidato de uma governação à direita, digamos assim, não é? Do ponto de vista ideológico, é o único candidato que se situa à direita, todos os outros se situam à esquerda, dentro de um espaço político que é mais ou menos partilhado.
E acha útil a diversidade de candidatos à esquerda?
Acho, porque há vários espectros na esquerda e eu considero que sou a candidata que está em melhor posição para ter votos também à direita, uma vez que a minha candidatura é de centro-esquerda.
Não dá vantagem a Marcelo aparecer isolado à direita?
É verdade. E o candidato à direita trabalhou muito nesse sentido Acredito piamente que a maior hipótese de escolha poderá fazer diminuir a abstenção.
Maria de Belém quer levar chefes de Estado a almoçar em lares de idosos
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O seu objetivo nesta corrida é ganhar à primeira volta ou passar a uma segunda?
Passar à segunda volta.
Porque acha que é impossível?
Há todo um conjunto de circunstâncias que levaram a um favorecimento muito grande de um dos candidatos relativamente a todos os outros e portanto é natural que a minha convicção seja a de que é indispensável evitar que esse candidato, que cobre apenas um espectro partidário, ganhe à primeira volta. E por isso considero que sou a candidata em melhor posição para, sem segunda volta, derrotar o candidato da direita.
E não admite desistir em nenhuma circunstância.
Não admito desistir em nenhuma circunstância.
O que é que a distingue de Sampaio da Nóvoa?
Aquilo que me distingue dos outros candidatos é o meu percurso. O meu percurso, a minha vida, o facto de ter começado na administração pública como funcionária pública. Tenho também uma enorme experiência de gestão de grandes instituições públicas, de instituições públicas complexas; tenho experiência governativa e tenho experiência parlamentar, quer no Parlamento português quer na assembleia parlamentar do Conselho da Europa.
O Partido Socialista devia ter apoiado um candidato?
Sempre considerei que o Partido Socialista podia não se pronunciar sobre o apoio a qualquer dos candidatos. O exercício das funções do Presidente da República deve ser um exercício independente. Se for eleita serei Presidente de todos os portugueses.
Mas gostava de contar, pelo menos, com o apoio de António Costa?
Eu não vou pedir às pessoas que me apoiem. Muitas pessoas e muitas personalidades do Partido Socialista me apoiam, muitos militantes anónimos também e eu queria ter uma palavra de grande consideração para eles. Confio e acredito que os portugueses não se resignem, ex-militantes socialistas, não se resignem a uma vitória de Marcelo Rebelo de Sousa à primeira volta.



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kokas

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[h=1]Marcelo e Nóvoa pegam-se sobre currículo, gastos e o que disseram em 40 anos[/h]
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Pingue-pongue: Rebelo de Sousa acha que Belém não é para soldados rasos e Sampaio da Nóvoa acusa-o de ser homem de Passos

Foi um debate tenso, cheio de interrupções, num pingue-pongue constante de acusações entre os dois candidatos a Belém, aquele que aconteceu esta quinta-feira à noite na SIC. Entre os currículos de cada um, os gastos das campanhas ou o que cada um disse sobre os temas colocados na mesa, um e outro atropelaram-se a apontar excessos e omissões de parte a parte.
Marcelo quis saber onde esteve e o que disse Nóvoa nestes 40 anos de democracia, puxando do currículo de quem esteve na redação da Constituição ou no "poder local", "nacional" e "internacional". "Ao contrário do professor que tem uma história de vazio, a sua história é de vazio é de ausência. Onde é que esteve nos últimos 20 anos?", atirou o candidato apoiado pelo PSD e CDS. Nóvoa retorquiu que esteve na universidade e que Marcelo tem sempre "20 citações a dizer uma coisa e 20 a dizer o seu contrário" nos anos da democracia.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a Presidência da República está vedada a "soldados rasos", já Sampaio da Nóvoa notou que os portugueses querem uma "renovação política" para não serem sempre os mesmos. Marcelo replicou que Nóvoa é o "presidente de uma fação" e "um homem de corte, que tem de trazer na lapela três ex-presidentes". Do outro lado, o antigo reitor da Universidade de Lisboa disse o que ex-líder do PSD será um presidente "sozinho, ouvindo-se a si mesmo".
Marcelo curioso sobre soluções para os transportes de Lisboa e Porto
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Logo a abrir, no primeiro dos três debates entre os candidatos mais bem posicionados nas sondagens, Sampaio da Nóvoa colou Rebelo de Sousa ao anterior primeiro-ministro: "É o homem que apoiou Passos Coelho", atirou-lhe, recordando a participação do antigo comentador na TVI na campanha eleitoral das legislativas, em setembro passado. Em sua defesa, Marcelo invocou Francisco Louçã, o fundador do BE, que disse há dias que "estar a tentar a colar Marcelo Rebelo de Sousa a Pedro Passos Coelho, Paulo Portas ou a Cavaco Silva é uma tarefa impossível porque não são coláveis". "Assino por baixo", sinalizou o candidato da direita. Nóvoa disse-lhe que era "uma enorme ingratidão que revela com Passos Coelho e Paulo Portas".
Marcelo recusou ter aplaudido todas as políticas de austeridade do Governo anterior. "Discordei do excesso, fui o primeiro a falar da clivagem de gerações, critiquei sempre a falta de perspetiva das reformas." Nóvoa ironizou: "Afinal não defendeu as políticas de austeridade." A partir daqui o debate entrou no que cada um fez e disse. Marcelo não desarmou: "Onde esteve durante 40 anos?" Nóvoa criticou quem anda sempre a pregar a renovação de quem está na política e depois se fecha quando chega alguém novo, atacando o "argumentário pobre" de Rebelo de Sousa. "É pobre, de soldado raso a general, é pobre?", perguntou Marcelo.
Os gastos das campanhas entraram ainda no debate, pela boca do antigo presidente do PSD, quando disse que não anda com uma "carrinha" com "seis assessores". "Não tenho a sua estrutura e os seus gastos", atirou, enfurecendo Nóvoa, que respondeu que eram afirmações "absolutamente antidemocráticas". "A democracia tem custos, uma ditadura é mais barata."
Também sobre os poderes presidenciais, novas diferenças sublinhadas por um e outro. À direita, Rebelo de Sousa acha que o chefe do Estado tem de exercer "magistratura arbitral", sem ser "contrapoder". Nóvoa defendeu que a Presidência tem de "ser equilibrada e moderada" mas que em Belém espera-se "mais do que um árbitro". "Não venho para deixar tudo na mesma", sentenciou. O jogo joga-se a 24 de janeiro.


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kokas

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Durão Barroso "espera e deseja" vitória de Marcelo

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O ex-presidente da Comissão Europeia elogiou a experiência e sentido de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa


Durão Barroso disse hoje que espera e deseja a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa nas próximas eleições presidenciais de 24 de janeiro.
"Espero e desejo a vitória do professor Marcelo Rebelo de Sousa", disse o ex-presidente da Comissão Europeia e também antigo primeiro-ministro de Portugal, José Manuel Durão Barroso.
"Acho que o professor Marcelo Rebelo de Sousa, pela sua grande experiência, pela sua preparação e pelo seu sentido de Estado é sem dúvida o melhor candidato nestas eleições presidenciais. Penso que poderá vir a ser um excelente Presidente da República", frisou o social-democrata, que falava à margem da conferência "Competitividade e Crescimento de Portugal. Uma Perspetiva Europeia", promovida pela empresa de consultoria empresarial norte-americana A.T. Kearney, que hoje decorreu em Lisboa.


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newpine

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Não fui obrigado a ler , e respeito a publicação , mas o conteúdo...

São opiniões .

Há quem não concorde , como eu , nestas esperanças e desejos...


 

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[/h][h=1]Debate com Marcelo quebrou "mito de que estava tudo decidido"[/h][h=2]
O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa considerou hoje que o debate televisivo que travou com Marcelo Rebelo de Sousa na quinta-feira foi "positivo" e desfez o mito de que estaria "tudo decidido".
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"Eu julgo que era muito importante que esta campanha começasse, que se acabasse com um certo mito de que estava tudo decidido, de que verdadeiramente não era necessário fazer eleições", afirmou o candidato aos jornalistas, acrescentando que "esse mito ficou desfeito e as pessoas perceberam que há um debate sério e que há uma decisão muito séria a travar na votação do dia 24 de janeiro".

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António Sampaio da Nóvoa defendeu também, no final de um almoço que decorreu num hotel em Lisboa, que "vai haver uma segunda volta", e que disputará o lugar de chefe de Estado com o antigo presidente do PSD.


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kokas

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[h=1]Marcelo desce à terra. Nóvoa ganha fôlego[/h]

Debate com Nóvoa forçou tom mais agressivo, mas Marcelo continua sem querer ajuda do PSD e recusa mudar plano
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Não mudar, para que tudo fique na mesma. Incluindo as sondagens. A estratégia de Marcelo Rebelo de Sousa após o debate menos bem sucedido com Sampaio da Nóvoa na quinta-feira- que o obrigou a ser mais agressivo do que a imagem que pretende passar - é desvalorizar este episódio. A ideia é seguir o que já estava previsto: uma campanha quase sem máquina, low cost e de "espírito familar".
"Foi apenas um debate. Não muda nada". Foi desta forma que fonte da campanha de Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que o professor não vai mudar um vírgula do que tinha planeado.
Marcelo que chamou "soldado-raso" a Sampaio da Nóvoa e atirou-lhe com frases como "eu não vim num uma carrinha com seis assessores", irritou-se durante o debate, fugindo da calma e serenidade que tem procurado na fase de pré-campanha. Com Maria de Belém voltou a existir tensão (ver texto ao lado).
A equipa de Marcelo é um círculo pequeno e o ex-líder do PSD continua a recusar pedir ajuda ao seu partido. Fonte social-democrata explicou ao DN que "só mesmo na fase de assinaturas é que militantes do PSD ajudaram, mas desde aí Marcelo escolheu a sua equipa e só trabalha com eles".
A mesma fonte do PSD explicou ao DN que "a qualquer momento, se ele necessitar, estamos prontos, mas ele definiu esta estratégia, de ser uma coisa mais familiar e, pronto, lá segue no seu carrito de terra em terra".
Até porque o principal conselheiro político de Marcelo é... Marcelo. "Ele ouve algumas pessoas, mas depois é sempre ele que decide, ele é o grande estratega e ele quer as coisas assim, em vez da máquina profissional. E também de passar mais esta imagem de avô, que não vai ia confronto. Veremos dia 24 se resulta", explicou a mesma fonte. Outra fonte social-democrata confia na "experiência do diretor de campanha, o Pedro Duarte, que saberá se precisa ou não do partido".
Os barões do centro-direita lá vão aparecendo para dar o apoio a Marcelo. Um dia depois do debate, o professor contou com o apoio do ex-presidente da comissão Europeia . Durão Barroso disse ontem que "o professor Marcelo , pela sua grande experiência, pela sua preparação e pelo seu sentido de Estado é sem dúvida o melhor candidato nestas presidenciais. Penso que poderá vir a ser um excelente Presidente da República." Três dias antes o fudnador do CDS Freitas do Amaral, tinha feito o mesmo.
O ex-militante histórico do PSD, António Capucho, diz ao DN que este debate "não faz o Marcelo perder a dianteira, mas dá um ânimo novo ao Sampaio da Nóvoa, que já não vem de agora, já que Maria de Belém está em perda".
Depois deste debate, diz o ex-presidente da câmara municipal de Cascais "aos olhos dos eleitores Sampaio da Nóvoa passa a ser o challenger, o segundo classificado. Isso ficou claro".
Capucho - que é amigo de Marcelo, mas publicamente não revela o sentido de voto - considera que "o argumentário de Marcelo não foi a mais brilhante e não foi ao encontro da imagem que ele queria passar".
Para o antigo militante social-democrata "à partida Marcelo não vai alterar a estratégiaque utilizou até ontem [quinta-feira] antes do debate".

Nóvoa ganha ânimo
Quem saiu favorecido do debate de quinta-feira foi António Sampaio da Nóvoa, que estava a ter uma "semana boa" e ainda ficou mais animado após debate com Marcelo.
Fonte da campanha explicou ao DN que "o fôlego não é só de agora. Este janeiro está a ser muito bom. Cada vez há mais pessoas a oferecerem-se para serem voluntários da campanha". A mesma fonte considera que este é um "reflexo normal" do facto de a imprensa ter acordado para as Presidenciais, mas admite que o debate potenciou este "novo fôlego". Apesar de destacar que é um "mero indicador", fonte da campanha explicou que "esta têm aumentado o número de seguidores no Twitter e no Facebook e houve um novo pico após o debate".



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[h=1]A "psicóloga" voltou a tirar o "campeão intriguista" do sério
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Antigo presidente do PSD voltou a sair da versão suave para ir a jogo. Acusou socialista de querer ir buscar à direita votos que não tem à esquerda
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Marcelo voltou a ter de descer à arena e vestir o fato de gladiador num debate das Presidenciais. Depois de Sampaio da Nóvoa o ter forçado a partir para o ataque, o cenário voltou esta noite a repetir-se com Maria de Belém - apesar de a tensão ser menor.
Num debate transmitido na RTP, a ex-presidente do PS começou, aliás, por espicaçar Marcelo com o anterior debate, dizendo que, até aí, Marcelo tinha sido "muito gentil e simpático", mas "transmutou-se" - o que demonstra a "incoerência" que a ex-ministra socialista tentou provar ao longo de todo o debate. Até utilizando palavras de Passos Coelho, que, como lembrou, "lhe chamou cata-vento político".
Já Marcelo respondeu na mesma moeda e destacou o "lado psicólogo de Maria de Belém", acusando-a por lhe ter chamado "hiperativo" e fazer comentários sobre as horas que (não) dorme. O ex-líder do PSD disse ainda a Maria de Belém que esta lhe "deve muito na vida política", lembrando que foi precisamente por ser "estável" e ter viabilizado "três orçamentos que permitiu que o governo [de António Guterres" do qual foi ministra se mantivesse em funções". Foi assim que "pode ser ministra da Saúde, da Igualdade", completou Marcelo.
Quanto à situação política, Marcelo voltou a assegurar que tudo fará para assegurar a governabilidade, mas insistiu que o "país está dividido socialmente". Maria de Belém rebateu que Marcelo só vê essa divisão "quando há um governo de esquerda".
A ex-ministra da Saúde criticou o facto de Marcelo ter ido ao Hospital S.José após a polémica morte por falha dos serviços. O ex-líder do PSD confidenciou que teve a anuência prévia do ministro da Saúde. Marcelo tentou ainda explorar as divisões no PS ("Maria de Belém não consegue unir o partido e quer unir o país"). E ainda lembrou que foi "o mandatário de Maria de Belém, Marçal Grilo, a duvidar desta solução de governo".
O tom do debate ainda azedaria mais. Marcelo acabaria por chamar a Belém "maliciosa". Que retorquiu: "Se há aqui pessoa maliciosa vou ali, já venho (...) o senhor é que chamou lelé da cuca a Pinto Balsemão". E o despique continuou, com Marcelo a acusar a socialista de andar "à procura dos votinhos à direita que lhe faltam à esquerda". Pouco depois, a socialista lembrava: "Intriguista nunca fui. Se perguntar aos portugueses quem é o campeão...." Ambos confiam que governo de Costa vai cumprir os compromissos junto de Bruxelas, incluindo em matéria orçamental



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[h=2]O candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa disse hoje em Seia que votar em Marcelo Rebelo de Sousa "é o mesmo que escolher uma rifa", pois nunca se sabe "o que nos vai calhar em sorte".
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Sampaio da Nóvoa discursava num almoço, em Seia, na Guarda, que marcou o arranque oficial da campanha para as presidenciais e no qual participaram 250 pessoas, entre as quais o ex-ministro socialista e mandatário nacional da campanha António Correia de Campos.
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Segundo o candidato, no caso "cada vez mais improvável" de Marcelo Rebelo de Sousa ganhar as eleições, "ninguém saberia qual dos Marcelos viria a encontrar em 2017 ou 2018", se aquele que durante a campanha defende o Estado social ou aquele que, em 2010, defendeu o projeto de revisão constitucional que, entre outras medidas, retirava a gratuitidade da saúde.
"Seria esse Marcelo que em campanha anda num namoro pegado com o Estado social ou seria o Marcelo que defendeu em 2010 o projeto de revisão constitucional de Passos Coelho que acabava com a gratuitidade na saúde e que nos punha a todos a financiar escolas pública e privadas com se fossem a mesma coisa?" questionou Sampaio da Nóvoa.
O antigo reitor da Universidade de Lisboa criticou também a candidata Maria de Belém, que, tal como Marcelo, esteve do lado "dos que entenderam que a Constituição valia menos do que um acordo com os credores", lembrando que o desfecho "foi esmagador", com o Tribunal Constitucional (TC) a decidir que os cortes nos salários dos funcionários públicos eram mesmo ilegais.
Insistindo no facto de que fazer cumprir e defender a Constituição "é a principal responsabilidade" do Presidente da República, Sampaio da Nóvoa considerou que aqueles dois candidatos não souberam valorizar a Constituição em "momentos chave" do passado recente.
"Se Cavaco Silva não esteve à altura das suas responsabilidades, a forma como estes dois candidatos desvalorizaram a Constituição num momento absolutamente decisivo da nossa vida e da nossa história, não nos deixa um quadro otimista do que poderiam fazer se fossem eleitos presidentes da república", sublinhou.
Relativamente ao facto de ter escolhido Seia, no distrito da Guarda, para o arranque da campanha, Nóvoa admitiu que a escolha não foi "inocente" e sim "um sinal político forte" que quis dar para alertar para o despovoamento que atinge o interior.
"O despovoamento do interior é um dos bloqueios mais preocupantes que o país atravessa", referiu, frisando que no interior vive-se o problema da emigração a dobrar, seja para o estrangeiro ou para os grandes centros urbanos do país.
Antes do início do almoço discursaram também o diretor concelhio de campanha, João Viveiro, e o mandatário para o distrito da Guarda, Albino Bárbara.


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[h=2]A candidata presidencial Maria de Belém afirmou hoje, em Almeirim, que o tempo não está para aventuras nem para experimentações e, por isso, fez um apelo ao voto no dia 24 de janeiro.
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"Porque o tempo não está para aventuras, o tempo não está para experimentações e o tempo cada vez passa mais depressa e os erros das escolhas não são erros que durem pouco, os erros das escolhas duram sempre pelo menos cinco anos e cinco anos podem fazer toda a diferença na nossa vida pública e coletiva", referiu a candidata à Presidência da República.

Por isso mesmo, a candidata apelou à mobilização e ao voto nas próximas eleições.
"Porque ninguém deve escolher por nós antecipadamente, nem a comunicação social", sustentou.
Maria de Belém reafirmou que o seu programa é o cumprimento da Constituição e salientou que, se for eleita, lutará pelo aumento do "prestígio do país". "Nós precisamos de reganhar o prestígio de Portugal, para nós próprios e nas relações com a União Europeia e relações internacionais", salientou.
A candidata afirmou que "a primeira" das suas lutas é precisamente "investir no prestigio e respeitabilidade de Portugal".
Uma segunda área será ajudar a encontrar formas de economia, como a economia social, que ajudem à integração profissional das pessoas e as ajude a serem autónomas e a recuperar a sua integridade.
Maria de Belém criticou quem despreza esta forma de economia, que diz ter reconhecimento constitucional e "potencialidades extraordinárias", só "porque não pertence à economia da criação de riqueza".
A candidata disse que acredita que "programa de trabalho não falta para o Presidente da República" e que "não é preciso sair da Constituição mas ser capaz de ouvir todas e todos, conhecer o país" e olhar para "os vários 'portugais' que existem em Portugal para fazer deste um país coeso, desenvolvido e respeitado".
E porque dá muita importância aos "símbolos", Maria de Belém Roseira fez questão de dar hoje o arranque oficial à sua campanha com uma visita à Fundação José Relvas, em Alpiarça, distrito de Santarém, que tem o nome do homem que proclamou a República na varanda dos paços do concelho de Lisboa.
"Mas não se esgota aqui a simbologia deste dia. É que ao juntar quem proclamou a República com a generosidade de quem deixou os seus haveres para dar satisfação às necessidades dos mais frágeis, eu penso que temos aqui um ideário próprio da nossa área de pensamento, o socialismo democrático", frisou.
Depois de visitar um lar de idosos e a casa de José Relvas, a candidata seguiu para Almeirim onde participou numa sessão do cineteatro, onde recebeu o apoio de oito dos 21 presidentes de câmara do distrito de Santarém.


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[h=2]A candidata presidencial Marisa Matias afirmou hoje, no Funchal, que os portugueses vão decidir, nas eleições de 24 de janeiro, se querem prosseguir a mudança de ciclo iniciada nas legislativas de outubro ou "matá-la no berço".
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"Este ciclo de esperança que vivemos foi iniciado pela vontade dos portugueses e das portuguesas que quiseram ir contra o ciclo de empobrecimento e de austeridade, por isso, nestas eleições, nós vamos decidir se queremos ter uma presidente a ajudar a esta mudança ou se vamos ter um presidente que quer matá-la no berço", disse, sublinhando que esta é a "questão essencial" das presidenciais


Marisa Matias participou num almoço/comício que reuniu algumas centenas de apoiantes e simpatizantes e no qual esteve presente a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, partido que apoia a sua candidatura.
A candidata presidencial recusou a ideia de que as eleições de 24 de janeiro estejam ganhas à partida pelo candidato Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que o "povo soberano" é que vai decidir se quer um presidente ligado às elites económicas ou uma presidente que esteja do lado dos mais desfavorecidos.
"Nós precisamos de uma Presidente da República para os momentos difíceis, porque é nos momentos difíceis que conta a posição do Presidente da República", disse, realçando que "temos de ter uma Presidente da República que sabe de que lado está, se está do lado dos mais desfavorecidos, ou se está do lado das elites económicas que sempre foram protegidas".
Marisa Matias salientou, ainda, que os portugueses precisam de um Presidente da República que "não se esconda no silêncio", nem na "muralha do palácio" quando as pessoas mais precisaram, ficando indiferente à "saída de 500 mil pessoas em do país em quatro anos, as mesmas que jurou defender quando jurou defender a constituição".
A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda garantiu que, consigo na Presidência da República, Portugal será um país onde caberá toda a gente e não apenas os interesses económicos, considerando que "não podemos permitir que numa tarde haja três mil milhões de euros disponíveis para o Banif e em quatro anos não tivesse havido três mil milhões de euros para o Sistema Nacional de Saúde".
Marisa Matias, que escolheu iniciar a campanha eleitoral na Madeira por uma questão de "coesão nacional", assegurou que as suas decisões terão sempre em conta os mais desfavorecidos e afetados pela austeridade.
"Comigo, em cada decisão estará o peso e a responsabilidade de um milhão de desempregados neste país; em cada decisão estará o peso e a responsabilidade de tantos e tantas que têm um emprego precário; comigo em cada decisão estará o peso e a responsabilidade dos que têm vidas tão precárias a quem a dignidade não chega e não toca; comigo em cada decisão estará o peso e a responsabilidade de quem é obrigado a escolher no final do mês se compra os medicamentos ou se come uma refeição decente; comigo em cada decisão estará o peso e a responsabilidade das famílias separadas pela emigração forçada", realçou.


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[h=2]O candidato presidencial Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, tem um valor para cada dia da campanha eleitoral, que arranca hoje oficialmente, nos quais se inserem dignidade, solidão, mérito ou amizade.
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Segundo a agenda da campanha do candidato, enviada à agência Lusa, as 12 palavras que servirão de mote ao aspirante a Belém são: dignidade, alegria, amizade, família, solidão, futuro, medo, dinheiro, conhecimento/saber, mérito, mentira e internet.

O objetivo do candidato é lançar uma palavra em cada dia, ao longo da campanha.
Relativamente à volta a Portugal do aspirante a Belém, a primeira semana será passada toda no norte do país.
Depois de começar o primeiro dia da campanha eleitoral no distrito de Aveiro, Vitorino Silva segue para a região de Espinho, onde visita uma feira, duas fábricas e o Regimento de Infantaria.
O candidato, que iniciou a sua campanha a bordo de uma traineira - num ato simbólico para chamar a atenção para a realidade das pescas -, irá à praia da Baía "mostrar o avanço do mar" e falar sobre casinos e raspadinhas.
Na terça-feira o aspirante a Presidente da República divide o dia entre Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, onde visita o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, fábricas e um museu.
Já na quarta-feira, o antigo presidente da Junta de Freguesia de Rans (Penafiel) estará em Amarante, Vinhais e Macedo de Cavaleiros. O dia do candidato termina junto dos jovens numa festa/convívio à noite.
No dia 14, o candidato calceteiro de profissão, visita vinhas no Douro e as gravuras de Foz Côa, e aproveita também para "mostrar as primeiras calçadas que fez".
Na sexta, Vitorino Silva estará no Porto, onde visita o mercado do Bolhão, a Sé e a zona da ribeira, passando ainda pela lota de Matosinhos e por Melgaço.
No sábado, o candidato estará de visita a uma fábrica de móveis em Paços de Ferreira.
A fechar a primeira semana de campanha está ainda em cima da mesa uma possível visita a Bruxelas, Bélgica. Se tal viagem se confirmar, Tino é o único candidato a levar a campanha eleitoral para o estrangeiro.
A iniciar a segunda metade da volta ao país, o candidato visita o Algarve, passando ainda por Beja e por Évora, onde dará uma conferência de imprensa.
No dia 19, quando se realiza o debate televisivo entre todos os candidatos, Vitorino Silva passará o dia em Lisboa, fazendo também uma visita a Setúbal para almoçar.
O candidato passará o dia de quarta-feira a visitar a Golegã e a Universidade de Coimbra.
Para quinta-feira, a agenda do candidato deixa em aberto uma possível deslocação ao arquipélago da Madeira ou aos Açores.
No encerramento da campanha eleitoral, Tino de Rans volta ao distrito do Porto.
Começando o dia com visita às caves do vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, o candidato passa ainda por uma fábrica de biscoitos e uma oficina do brinquedo.
Vitorino Silva encerra a campanha com uma iniciativa no salão da Junta de Rans, Penafiel.


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