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Medicamentos para a gripe em contentores há sete anos

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Antiviral está guardado no Laboratório Militar à espera de uma situação de pandemia e é analisado regularmente pelo Infarmed
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Milhares de doses do medicamento contra a gripe estão guardados em contentores no Laboratório Militar há sete anos. Foram compradas em 2009, quando a gripe A surgiu pela primeira vez. Mas só serão usadas em caso de pandemia. O oseltamivir (nome da substância ativa) é o antiviral recomendado para o tratamento de situações mais graves de gripe ou para prevenção, mas quando os hospitais precisam, têm de o comprar. Subdiretora-geral da Saúde explica que o medicamento está guardado em grandes quantidades, por isso se os casos a serem tratados forem poucos, estariam a ser desperdiçadas centenas de doses.Quando em 2009 o Mundo enfrentou a pandemia da gripe A, os vários países compram milhões de doses de oseltamivir. Portugal não foi exceção e adquiriu doses suficientes para tratar 25% da população portuguesa. Uma parte desta reserva estratégica foi usada na altura. O restante mantém-se guardado no Laboratório Militar. "A reserva continua a existir e mantém-se válida. A validade é determinada pelo Infarmed que faz análises regulares em que verifica a condição da substância. Se mantém as características de qualidade, eficácia e segurança idênticas às de quando foi adquirido", explicou ao DN Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde.Nos hospitais este antiviral é usado para tratar situações mais complicadas de gripe ou fazer prevenção em casos particulares. Mas apesar de Portugal ter uma reserva nacional, ela não pode ser usada. "Está fechada em contentores próprios e só pode ser usada num contexto de pandemia. O que compramos na altura foi apenas a substância ativa que é um pó e que não está separado em doses individuais. Quando necessário pode ser transformado em xarope ou cápsulas. Se abríssemos um contentor para tratar poucos casos, estaríamos a desperdiçar todas as outras doses, que já não poderiam ser usadas", referiu a especialista.No site da DGS está publicada uma norma para os médicos, referindo que o uso do antiviral é uma decisão clínica individualizada e que se insere numa estratégia de "prevenção/minimização da evolução para doença grave e prevenção/minimização da transmissão da infeção a pessoas de risco". "Os médicos podem prescrever em casos graves, quando os sintomas são mais exuberantes, ou em outras situações que considerem ser a melhor solução", acrescentou.Gripe A é a dominanteO vírus dominante este ano está a ser para já o A H1N1, o mesmo que ficou conhecido por gripe A em 2009. Hoje é publicado um novo relatório do Instituto Ricardo Jorge (INSA), que faz um balanço semanal dos casos de gripe. O último dava conta de 18 casos que tiveram de ser internados nos cuidados intensivos. Ontem o Hospital de Santarém confirmou à Lusa que foram identificados casos de gripe A em alguns doentes e profissionais e no dia anterior a Unidade Local de Saúde da Guarda revelou que ter diagnosticado 13 casos.Graça Freitas afirma que não há razões para alarme. "Gripe A foi o nome que se deu à doença quando o vírus apareceu pela primeira vez em 2009 [e por ser a primeira vez é que foi considerada pandémica]. Desde então o vírus tem estado em circulação, já não como pandémico, mas como sazonal. As pessoas, que são os hospedeiros, mudaram de perfil. Não estamos tão frágeis porque fomos adquirindo imunidade, quer por contacto com ele como através da vacinação. Desde 2009 que este vírus faz parte da vacina", explicou a especialista.Quando surgiu este vírus atingiu pessoas mais novas, ao contrário de outros vírus da gripe, que normalmente têm efeitos mais graves em idosos. Segundo Graça Freitas, ainda é cedo para se perceber se essa é uma tendência que se mantém, apesar de 70% dos 18 casos internados nos cuidados intensivos serem de pessoas entre os 15 e os 64 anos. "Os números ainda são pequenos e esta é uma faixa etária alargada. Também existem doentes mais velhos internados. Não se pode tirar uma conclusão", disse.Para casos muito graves, internados nos cuidados intensivos, há ainda um outro medicamento, o zanamivir, que também tem uma reserva estratégica nacional com um número pequeno de doses para estarem disponíveis de forma imediata para responder a situações "de reconhecida gravidade clínica em que o início da terapêutica é um fator prognóstico decisivo". Segundo a norma da DGS, atualizada em dezembro passado, esta reserva está armazenada na Farmácia do Hospital de Santa Maria.


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