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Podemos queria quatro grupos parlamentares, para dar voz às suas alianças na Catalunha, Galiza e Comunidade Valenciana
Na campanha eleitoral, Pablo Iglesias prometeu ter quatro grupos parlamentares diferentes, de forma a dar voz não só ao Podemos mas também às alianças regionais com as quais concorreu na Catalunha (En Comú Podem), Galiza (En Marea) e Comunidade Valenciana (Compromís-Podem-És el Moment). Contudo, diante da negativa de PP, PSOE e Ciudadanos em aceitar esse plano, o líder da formação emergente acabou por ceder. Mas não sem antes provocar baixas - em vez de 69 deputados, o grupo do Podemos terá só 65.A aliança valenciana, que elegeu nove deputados, anunciou através do Twitter que ia avançar com um grupo próprio - mesmo sabendo que iria ser recusado pela Mesa do Congresso. Mas minutos depois, segundo o jornal ABC, a mensagem era apagada, após Iglesias ter dado ordem aos cinco deputados do Podemos que faziam parte da aliança para que abdicassem do plano. Os quatro deputados restantes, entre eles o cabeça de lista Joan Baldoví, resolveram então juntar-se ao chamado grupo misto, que alberga todos os eleitos que não têm força suficiente para ter um grupo próprio.A discussão sobre os grupos parlamentares tem sido um dos espinhos no diálogo entre o Podemos e os socialistas, para a eventual eleição de Pedro Sánchez como primeiro-ministro (a questão do referendo à independência da Catalunha é outro). Para tentar chegar a acordo, o PSOE chegou a propor que todas as alianças se juntassem aos dois deputados eleitos pela Esquerda Unida para formar um só grupo parlamentar distinto - o que Iglesias não aceitou.O regulamento parlamentar - que estabelece em cinco o número mínimo de deputados num grupo - não permite que subdivisões regionais de um mesmo partido se dividam desta forma. Um grupo parlamentar em separado pressupõe subsídio próprio e mais assentos nas comissões.Rivera critica RajoyO líder do Ciudadanos, Albert Rivera, criticou a passividade do primeiro-ministro Mariano Rajoy, admitindo que é cada vez mais provável que Sánchez venha a ser chefe de governo com o apoio do Podemos. Num contacto informal com os jornalistas nos corredores do Congresso, escreveu o La Vanguardia, Rivera disse que vê Rajoy batido pela forma como os acontecimentos se estão a desenvolver, sendo incapaz de abrir uma via de diálogo com os socialistas.Segundo as contas de Rivera, que na quinta-feira é recebido por Felipe VI ao abrigo das consultas para formar governo, aos 90 deputados socialistas vão juntar-se os 69 do Podemos (resta saber se há mudanças por causa da divisão valenciana) e os seis do Partido Nacionalista Basco - num total de 165. PP e Ciudadanos só têm 162, bastando que todas as outras formações (23 votos) se abstenham para eleger Sánchez.
dn
Na campanha eleitoral, Pablo Iglesias prometeu ter quatro grupos parlamentares diferentes, de forma a dar voz não só ao Podemos mas também às alianças regionais com as quais concorreu na Catalunha (En Comú Podem), Galiza (En Marea) e Comunidade Valenciana (Compromís-Podem-És el Moment). Contudo, diante da negativa de PP, PSOE e Ciudadanos em aceitar esse plano, o líder da formação emergente acabou por ceder. Mas não sem antes provocar baixas - em vez de 69 deputados, o grupo do Podemos terá só 65.A aliança valenciana, que elegeu nove deputados, anunciou através do Twitter que ia avançar com um grupo próprio - mesmo sabendo que iria ser recusado pela Mesa do Congresso. Mas minutos depois, segundo o jornal ABC, a mensagem era apagada, após Iglesias ter dado ordem aos cinco deputados do Podemos que faziam parte da aliança para que abdicassem do plano. Os quatro deputados restantes, entre eles o cabeça de lista Joan Baldoví, resolveram então juntar-se ao chamado grupo misto, que alberga todos os eleitos que não têm força suficiente para ter um grupo próprio.A discussão sobre os grupos parlamentares tem sido um dos espinhos no diálogo entre o Podemos e os socialistas, para a eventual eleição de Pedro Sánchez como primeiro-ministro (a questão do referendo à independência da Catalunha é outro). Para tentar chegar a acordo, o PSOE chegou a propor que todas as alianças se juntassem aos dois deputados eleitos pela Esquerda Unida para formar um só grupo parlamentar distinto - o que Iglesias não aceitou.O regulamento parlamentar - que estabelece em cinco o número mínimo de deputados num grupo - não permite que subdivisões regionais de um mesmo partido se dividam desta forma. Um grupo parlamentar em separado pressupõe subsídio próprio e mais assentos nas comissões.Rivera critica RajoyO líder do Ciudadanos, Albert Rivera, criticou a passividade do primeiro-ministro Mariano Rajoy, admitindo que é cada vez mais provável que Sánchez venha a ser chefe de governo com o apoio do Podemos. Num contacto informal com os jornalistas nos corredores do Congresso, escreveu o La Vanguardia, Rivera disse que vê Rajoy batido pela forma como os acontecimentos se estão a desenvolver, sendo incapaz de abrir uma via de diálogo com os socialistas.Segundo as contas de Rivera, que na quinta-feira é recebido por Felipe VI ao abrigo das consultas para formar governo, aos 90 deputados socialistas vão juntar-se os 69 do Podemos (resta saber se há mudanças por causa da divisão valenciana) e os seis do Partido Nacionalista Basco - num total de 165. PP e Ciudadanos só têm 162, bastando que todas as outras formações (23 votos) se abstenham para eleger Sánchez.
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