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Previsão do FMI. Fluxo de refugiados vai ajudar a aumentar PIB europeu

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Impacto económico é mais elevado nos principais países de destino dos migrantes. Áustria cria quota para requerentes de asilo
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A Áustria só vai aceitar 37 500 pedidos de asilo este ano, uma redução drástica em relação aos 90 mil que recebeu em 2015. O anúncio da introdução de quotas foi feito ontem pelo chanceler austríaco, Werner Faymann, com o presidente alemão, Joachim Gauck, a defender que Berlim faça o mesmo, dizendo que não é contrário à ética limitar o fluxo de refugiados. Tudo isto no dia em que um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que estes migrantes podem beneficiar a economia europeia.Segundo as contas do FMI, o aumento do fluxo de refugiados e requerentes de asilo poderá ter um impacto imediato de 0,09% no PIB europeu, subindo até 0,13% em 2017. Um efeito "modesto" no geral, mas que será mais pronunciado nos principais países de destino dos migrantes - Áustria (0,5% em 2017), Alemanha (0,3%)e Suécia (0,4%) - refere o estudo "Crise dos refugiados na Europa - Desafios económicos" apresentado ontem. Em 2020, o PIB europeu pode crescer mais 0,25%, enquanto nestes três países o impacto é de 0,5% a 1,1%. "O fluxo de requerentes de asilo deve ter um efeito expansionista imediato na economia", adianta o FMI, detalhando que "a curto prazo" se registará um "aumento da despesa pública, que irá aumentar a procura interna e o PIB". O fundo conclui que "uma rápida integração dos refugiados no mercado laboral terá importantes benefícios económicos, orçamentais e sociais", minimizando os riscos de exclusão social e maximizando o "contributo líquido destes para as contas públicas a longo prazo".Admitindo que existe preocupação dos trabalhadores locais para o impacto que a entrada dos refugiados possa ter no mercado laboral e numa redução salarial generalizada, o FMI diz que "experiências passadas, tanto com imigrações económicas como humanitárias, indicam que os efeitos adversos nos salários e empregos são limitados e temporários". E defende que os requerentes de asilo devem ter autorização de trabalho e apoios específicos num curto prazo após a sua chegada. Normalmente, enquanto o processo é avaliado, os migrantes não são autorizados a trabalhar.Pressão popularContudo, apesar destes dados, há cada vez mais pressão popular para limitar o número de refugiados - que o diga a chanceler alemã, Angela Merkel, cuja popularidade está a diminuir devido à política de portas abertas. "A estratégia para limitar a imigração pode ser politicamente e moralmente necessária para garantir que o governo não perde a capacidade de atuar e garantir que a maioria da população não perca a disponibilidade para acolher os refugiados", disse ontem o presidente alemão no Fórum de Davos. "Logo, limitar não é contrário à ética, porque ajuda a manter a aceitação dos migrantes", concluiu Glauck, cujo cargo é principalmente cerimonial.A Áustria anunciou que vai precisamente introduzir uma quota para os requerentes de asilo, o que implicará o aumento "massivo" dos controlos fronteiriços - mas não explicou como o fará. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte (na presidência da União Europeia), alerta para o risco de este tipo de ações se multiplicar e diz que os 28 têm seis a oito semanas para acabar com as divisões e a inação em lidar com o problema: "Temos de pensar num plano B." Merkel continua a defender uma resposta europeia conjunta, dizendo que o seu governo irá apresentar novas propostas na cimeira de meados de fevereiro.


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