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Nem Rajoy nem Sánchez. Negociações seriam mais fáceis sem eles

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Set 27, 2006
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PP alerta para "pacto de perdedores" e Ciudadanos repete negativa a apoiar um governo do PSOE. Rei recebe hoje Pátxi López
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Mais de um mês após as eleições espanholas continua o impasse sobre quem vai ser o primeiro-ministro: Mariano Rajoy recusou o convite do rei para ir ao debate de investidura e queixa-se de que o líder socialista está a negociar com todos menos com ele. E Pedro Sánchez afirma que deve ser o partido mais votado a tentar primeiro a aprovação dos deputados. Para os espanhóis inquiridos por uma sondagem Metroscopia para o El País, a negociação seria mais fácil se nem Rajoy nem Sánchez estivessem à frente do Partido Popular (PP) e do PSOE.Para 62% dos inquiridos, o primeiro-ministro em funções é um obstáculo, enquanto 50% acreditam que o mesmo acontece com o secretário-geral socialista. Uma sondagem realizada ainda antes do fim das consultas partidárias feitas pelo rei. Na mesma sondagem Metroscopia avalia-se a popularidade dos líderes políticos - enquanto Rajoy e Sánchez apresentam valores negativos, as eventuais sucessoras, a número dois do governo Soraya Sáenz de Santamaría e a presidente do governo da Andaluzia, Susana Díaz, estão em terreno positivo. Ainda assim, atrás de Albert Rivera, líder do Ciudadanos (ver gráfico).O El Mundo, citando um dirigente do PP, escrevia ontem que o bloqueio para formar governo "não é consequência da incompatibilidade de programas, das diferenças ideológicas ou dos interesses dos partidos, mas da personalidade dos líderes políticos". Apesar de todos os problemas, a sondagem GAD3, para o jornal ABC, diz que 32,5% dos inquiridos acham que Rajoy será o chefe do governo, com 31,7% a acreditar que Sánchez acabará no Palácio da Moncloa. Isto apesar de só 7% quererem um pacto entre o PSOE e o Podemos.A secretária-geral do PP, María Dolores de Cospedal, defendeu ontem ser "necessária mais que nunca uma segunda transição" com o objetivo de defender a nação espanhola. "Apesar de haver quem esteja a tentar desvirtuar o que pediram os espanhóis, que é que nos sentemos a falar e nos ponhamos de acordo nas grandes reformas e que cedamos entre todos", indicou num ato do PP em Guadalajara.Tudo o resto, disse Cospedal, são "interesses pessoais", pedindo ao PSOE "que não tenha sempre em cima da mesa essa clara vocação de falar de ódio, ressentimento, rancores e lados". A presidente do PP de Castela-Mancha pede "responsabilidade", deixando um aviso aos que tentam fazer "pactos de perdedores" e procurar "equilíbrios com areias movediças e trazer instabilidade, o retrocesso, a pobreza e a bancarrota". E concluiu: "Apesar de a aritmética poder funcionar e os números seres suficientes, acabam por ser maus para os cidadãos."Rivera diz não a SánchezO Ciudadanos reiterou ontem que não votará a favor de um governo socialista. "Não contemplamos votar a favor de Pedro Sánchez em nenhum caso", indicou em conferência de imprensa o número dois do partido, José Manuel Villegas. Rivera só aceita abster-se no debate de investidura em troca de um programa de reformas, recusando fazer parte de qualquer executivo. "Não vamos estar em governos que não sejam presididos por nós. Nem votar sim ao PP ou ao PSOE", referiu Villegas."Nem Rajoy nem Sánchez estiveram à altura das circunstâncias. Achamos que PP e PSOE estão equivocados nesta polémica em que entraram sobre a quem cabe tomar a iniciativa", disse Villegas. "Perdemos um mês. Não se avançou nada. Não se iniciou uma conversação séria sobre o que queremos fazer com Espanha. Estamos a ver um espetáculo de taticismo, uma situação que mais do que a procura de um candidato à presidência do governo parece de campanha eleitoral", acrescentou, criticando o facto de Sánchez ter telefonado a Rivera apenas para comentar a atualidade política e não para começar as negociações.PodemosPablo Iglesias defende que Sánchez "tem a oportunidade de ser chefe do governo" e que, quando isso acontece, "não se pode negar a apresentar a candidatura". Uma reação à insistência socialista de que cabe ao partido mais votado ir primeiro ao debate de investidura. "Que Rajoy tenha dado um passo atrás teria de ser uma boa notícia e Pedro Sánchez e eu tínhamos de estar a falar neste momento das medidas do governo", disse no sábado à noite. Ontem, no El País, escreveu esperar que "Sánchez esteja à altura" do desafio, apesar de reiterar que o Podemos "não confia no aparato do PSOE, mas admira as suas bases e eleitores".Sánchez disposto a tentar formar governo se Felipe VI lhe pedir
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Sánchez e Iglesias falaram ontem à noite durante 20 minutos, confirmou o líder do Podemos no Twitter, depois de o secretário-geral do PSOE ter escrito na mesma rede social que não tinha conseguido falar com ele. "Em breve informaremos", partilhou Iglesias. Os socialistas não gostaram de saber da proposta do Podemos - que incluía Iglesias como vice-primeiro-ministro - pela televisão. "Quando queres um pacto com alguém não o anuncias através da televisão, vais falar com o líder do partido", disse a secretária de Estudos e Programas do PSOE, Meritxell Batet.Felipe VI receberá hoje na Zarzuela o presidente do Parlamento, Patxi López, que lhe transmitirá a lista dos representantes partidários que vão ser chamados à segunda ronda de consultas, que começa na quarta-feira.



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