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Bruxelas avisa: crise política deixa economia espanhola vulnerável

kokas

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Set 27, 2006
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Rei Felipe VI enceta amanhã novas consultas com os partidos políticos com vista à formação de um executivo em Espanha.
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Espanha sem governo estável rima com vulnerabilidade, no entender da Comissão Europeia. "O país é vulnerável à volatilidade dos mercados", considera Bruxelas, segundo um relatório que deverá ser apresentado em fevereiro e que ontem foi citado pelo jornal El País."As dificuldades em formar governo poderiam desacelerar a agenda de reformas e provocar uma perda de confiança e uma deterioração do sentimento do mercado", prossegue aquele documento, poucos dias depois de o atual presidente da Comissão Europeia ter repetido o seu pedido de governo estável. "Espanha precisa de estabilidade política e espero que esteja à altura", declarou Jean-Claude Juncker.Num outro relatório, ontem divulgado e relativo à análise trimestral da sustentabilidade das finanças públicas dos Estados membros, Bruxelas alerta que "o alto nível de dívida pública representa uma fonte de vulnerabilidade para a economia espanhola". O documento da Comissão Europeia prevê que a dívida pública de Espanha se manterá este ano acima dos 90%.Ainda antes das legislativas de 20 de dezembro em Espanha, o primeiro-ministro em exercício e líder do PP, Mariano Rajoy, fez aprovar no Parlamento o Orçamento para 2016 - aproveitando que o seu partido ainda tinha maioria absoluta. O documento foi classificado pela oposição como "nado morto", pois o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, alertara já em outubro que o Orçamento poderia ser alvo de reparos.Em entrevista ao La Vanguardia, publicada no passado dia 13, Moscovici reafirmou as suas reticências: "Bruxelas calcula que Espanha violou o objetivo do défice no ano passado e não cumprirá o deste com o Orçamento que deixou aprovado o governo cessante. Se se confirmarem os cálculos, em 2016 será de 3,5%, não de 2,8%, como acordado: um buraco de 9 mil milhões."Mais de um mês e meio depois de terem ido às urnas, os espanhóis continuam sem novo governo. A 20 de dezembro nenhum partido obteve maioria absoluta. O rei Felipe VI encetou, entretanto, consultas com os partidos para nomear um candidato à investidura como primeiro-ministro de Espanha. Rajoy recusou o primeiro convite, por considerar que não tem apoios su- ficientes no Parlamento para a investidura. E manteve a sua oferta de aliança PP-PSOE-Ciudadanos. Segundo escrevia ontem o El Mundo, o PP espera que o comité federal do PSOE chumbe, no sábado, qualquer pacto com o Podemos. Este foi proposto por Pablo Iglesias a Pedro Sánchez na sexta-feira, mas ainda não obteve resposta definitiva. Felipe VI recebeu ontem o presidente do Parlamento espanhol, Patxi López, tendo previsto encetar, amanhã, nova ronda pelos partidos. Objetivo: repetir o convite para o debate de investidura e tentar dar aos espanhóis um novo governo.


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