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É conhecida como a droga do sexo.
O aumento de casos está a preocupar os EUA. A Florida registou 2000 e alguns associados a mortes
É uma droga sintética, barata e que gera comportamentos agressivos, alucinações e paranoia.
Faz que os consumidores percam o controlo e acabem nus, a tentar ter relações sexuais com árvores.
Associada a várias mortes na Florida, a flakka está a preocupar as autoridades nos Estados Unidos, que ainda não conseguiram controlar a situação.
Na rua, conta o Finantial Times, é a "insanidade por cinco dólares".
Entre outros comportamentos bizarros, há quem vá a correr para a esquadra, achando que está a ser perseguido. Em Portugal, não há conhecimento de casos.
A flakka foi proibida na China em Outubro, mas continua a ser produzida em laboratórios ilegais e exportada para todo o mundo.
O Ocidente mantém-se em alerta, pois o consumo não tem abrandado.
Segundo o mesmo jornal britânico, a China proibiu formalmente a produção deste tipo de droga devido à pressão dos países ocidentais, mas ainda não teve efeitos, "a droga continua a florescer".
Por exemplo, nos Estados Unidos, na Florida, no ano passado, foram registados quase 2000 casos, em 2011 apenas tinha sido identificado um.
Em tribunal, e estimando lucros de 48 mil dólares (44 254 euros) por quilo, um júri recomendou, no mês passado, que seja criada "uma lei e mais recursos para combater o problema".
Com um aspecto semelhante ao dos sais de banho, a flakka é a segunda geração da Alfa PVP - derivada das catinonas, um estimulante sintético proibido em 2014. Embora seja ilegal, a droga é comprada online aos fabricantes na China.
O DN fez o teste: esgotada em alguns sites, a A-PVP está disponível em muitos outros, em alguns casos por quatro euros a dose.
Pode ser inalada, fumada, ingerida ou injectada e tem efeitos semelhantes aos das anfetaminas, mas exponenciados.
Provoca alucinações e delírios, faz subir a temperatura corporal. Quem a consome perde o controlo das acções.
"É uma substância bastante atractiva porque é um estimulante que demora poucos minutos a produzir efeitos", explicou ao DN João Curto, presidente da Associação Portuguesa de Adictologia.
Provoca quase imediatamente "estados de euforia e alterações da percepção". Em casos extremos, pode causar arritmias e a morte.
A criação de drogas sintéticas, explica João Curto, é "mais acessível e mais fácil do que, por exemplo, a transformação da heroína".
Apesar dos danos que podem causar, o presidente da APA diz que "não criam uma dependência física tão acentuada como outras drogas", pelo que geralmente aparecem "como modas, acabando por desaparecer".
Por cá, o psiquiatra não tem conhecimento de nenhum caso associado ao uso desta substância.
Contactado pelo DN, João Goulão, presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, disse também não ter conhecimento de "nenhuma referência feita a esta substância".
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