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Viagem ao lado negro da net. Vender e comprar drogas sem deixar rasto

Feraida

GF Ouro
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Um em cada dez consumidores de droga já comprou online.

Observatório Europeu das Drogas diz que este comércio na internet deverá aumentar, devido à garantia de anonimato e pela ideia de segurança dos produtos vendidos


A internet está a mudar o mundo das drogas e o potencial de crescimento deste mercado é enorme, alerta o Observatório Europeu das Drogas, que ontem publicou o relatório "A internet e os mercados de droga".

A Dark Net e os cibermercados estão a crescer, sobretudo pela garantia de confidencialidade que garantem a vendedores e compradores e a qualidade do produto com rankings feitos por quem compra.

Um estudo realizado no ano passado mostra que um em cada dez consumidores de drogas já comprou online.


"Embora a maioria do tráfico permaneça firmemente enraizado neste mundo físico, os mercados virtuais estão agora a alargar as fronteiras da oferta de droga, proporcionando opções mais variadas aos potenciais compradores.

Trata-se de uma evolução preocupante na medida em que a literacia digital aumenta, as tecnologias avançam e a gama de drogas disponível se diversifica", alerta Alexis Goosdeel, director do Observatório Europeu das Drogas.

O inquérito Global Drug Suvey 2015, que obteve mais de 100 mil respostas de pessoas de todo o mundo, mostrou que um em cada dez consumidores comprou drogas através de sites.


"Os mercados de venda de drogas através da dark net ou cibermercados representam uma notável inovação na venda de drogas online e um dos principais atractivos é o anonimato dados aos utilizadores", refere o relatório.

A forma de o garantir são software como TOR, que escondem o endereço do IP do computador, moedas virtuais, como a bitcoin, e mensagens encriptadas difíceis de detetar e que são estes os principais atractivos para consumidores e vendedores.

À venda existe um pouco de tudo: das novas substâncias psicoativas, a ecstasy, canábis, cocaína.

Tudo à distância de um clique, sem intermediários ou contacto directo com vendedores e criminosos de rua e com entrega directa pelo correio.


Apesar dos esforços das autoridades policiais, os cibermercados continuam a proliferar.

Por exemplo em 2014 abriram 43 novos mercados e fecharam 46.

Dos que se mantém em funcionamento, nove abriram em 2014.

Um dos maiores foi o Silk Road, que começou a funcionar em 2011.

Um operação do FBI fechou-o em 2013, mas poucas semanas abriu o Silk Road 2.0. Fechou em Novembro de 2014.

Desde então muitos outros surgiram, sobretudo de pequenas dimensões, mas dois - o Agora e o Evolution - ganharam dimensão maior que o Silk Road.


Carlos Dias, inspector da PJ de Coimbra, afirma que o grande desafios das autoridades portuguesas e internacionais é o crime informático.

"O maior desafio são as comunicações via internet mais difíceis de aceder, com o uso de aplicações que permitem conversação e troca mensagens.

São aplicações que estão ao alcance de todos, mas que as polícias ainda não consegue chegar.

O negócio de compra e venda de drogas em grandes quantidades irá passar cada vez mais por vias de comunicação sofisticadas na internet e que permite aos vendedores passar incólumes", diz, lembrando que se está a passar da esforça do contacto pessoal para a esfera digital, onde não é possível identificar o criminoso.


O perfil dos compradores é variado: novos e velhos (nos site Silk Road havia um comprador que dizia ter 70 anos), trabalhadores, conhecedores de internet que referem consumos recreativos.

Já os vendedores partilham características com os vendedores de rua, com idades entre os 20 e os 40 anos.

Alguns eram traficantes de rua que encontraram um novo mercado.


Rapidez na entrega


Uma das novidades que atrai compradores são os rankings feitos pelos mesmos.

Avaliam qualidade do produtos, rapidez na entrega, a oferta variada.

"Estudos mostram que os rankings são uma das principais razões porque os consumidores são atraídos para os cibermercados e que se sentem mais confiantes em comprar aos vendedores mais cotados", diz o relatório.


Vários estudos sugerem que o Silk Road terá ajudado os consumidores a reduzir os riscos causados pelas drogas ilícitas.

Aliás, nove dos 11 sites mais populares de venda de drogas na têm fóruns associados, divididos por várias áreas entre elas efeitos na saúde.

A maioria são geridos pelos donos dos sites, mas há também médicos, caso do DoctorX, que esclarecem dúvidas, falar de efeitos e intoxicações e promover o não uso de drogas.

O médico Fernando Caudevill, que acabou por se identificar, liderou o fórum "Pergunte a um médico sobre drogas e saúde" disponível nas versões do Silk Road e no Evolution.


Desde 1995, existe também o site Erowid, criado por um casal na Califórnia, em que se fornece educação sobre todas as drogas, incluindo químicas, e os seus efeitos.

Tem vários projectos e disponibiliza mais de 60 mil documentos.

Não há comércio.

Mas a comunidade médica divide-se: há quem conteste e está bloqueado nalguns países, como a Rússia.

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