• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

FMI. Défices ocultos tiraram 43 mil milhões à economia portuguesa

Feraida

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Fev 10, 2012
Mensagens
4,161
Gostos Recebidos
2
FMI.

Défices ocultos tiraram 43 mil milhões à economia portuguesa.

CPCarga-1060x594.jpg
Dívida das empresas públicas levou 12,1% do PIB Filipe Paiva Cardoso 14.02.2016 / 09:00

Passivos contingentes: Análise do FMI a 80 países mostra que Portugal é dos piores no séc. XXI.

Culpa de instituições públicas fracas

A seguir FMI. Défices ocultos tiraram 43 mil milhões à economia portuguesa 2 Contribuintes dão aval de até 2000 milhões ao fundo da banca 3 Mercados estão nervosos.

Portugal foi a quinta economia entre 80 que mais absorveu défices ocultos desde a viragem do século.

Segundo o estudo “Fiscal costs of contingent liabilities” de economistas do Fundo Monetário Internacional, os contribuintes pagaram 24,5% do PIB – cerca de 43 mil milhões de euros – a bancos (11% do PIB) ou empresas públicas (12,1%).

Valor foi parar à dívida portuguesa, hoje a mais cara do euro.

A análise dos economistas do FMI, cujas conclusões não devem ser vistas como do próprio fundo, olhou para os passivos contingentes que se materializaram em 34 economias avançadas e 46 emergentes entre 1990 e 2014.

No global, os portugueses foram os 15os que mais pagaram, subindo para quinto no caso dos “défices ocultos” deste século.

Pior do que Portugal?

Islândia, Irlanda, Grécia e Turquia: todos por culpa dos seus bancos.

Por passivos contingentes entendem-se as obrigações que podem materializar-se nas contas públicas, como garantias ao setor bancário, empresas públicas e administrações local e regional.

Os países com as instituições públicas mais fortes sofreram bastante menos com os passivos contingentes

A presença dos contribuintes portugueses entre os maiores perdedores com os défices ocultos percebe-se se virmos as médias de cada materialização.

No caso da reclassificação da dívida do setor empresarial do Estado (SEE), dívida acumulada de 2001 a 2013, esta custou aos portugueses quatro vezes mais do que o “normal”: nos 32 episódios semelhantes registados nos 80 países, a absorção de dívidas do SEE custou em média 3,1% do PIB.

É imediato concluir que os países com menores índices de corrupção são os que tiveram menos défices ocultos

Já para salvar a banca, o mesmo: os 91 eventos semelhantes custaram em média 9,7% do PIB nos 80 países mas em Portugal os resgates à banca forçados aos contribuintes levaram 11% entre 2007 e 2014.

No “défice oculto” de 24,5% do PIB português entram ainda 0,6% do PIB vindos de parcerias público-privadas e mais 0,8% por via da assistência financeira à Madeira.

Corrupção e setor público frágil Sem tirarem conclusões sobre cada país, os economistas do FMI responsáveis pelo estudo concluíram pelas análises que os 80 países que forçaram maiores “défices ocultos” aos seus contribuintes são aqueles que surgem menos bem classificados nas tabelas que medem a corrupção e a força das instituições públicas.

“É imediato concluir que os países com menores índices de corrupção são os que tiveram menos ‘défices ocultos’”, lê-se nas conclusões.

Além disso, apontam, “os países com as instituições públicas mais fortes sofreram bastante menos com os passivos contingentes”.


Fonte
 
Topo