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Investigadora espanhola despedida por suspeita de fraude continuada

Feraida

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Fev 10, 2012
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Caso é similar ao da investigadora portuguesa que foi suspensa de funções, esta semana, num caso que foi divulgado pelo PÚBLICO.

Paulo Whitaker/Reuters

Uma investigadora espanhola da área da biologia molecular foi despedida “de forma fulminante”, na passada segunda-feira, depois de suspeitas de fraude continuada nos seus trabalhos, num processo idêntico ao que foi divulgado pelo PÚBLICO esta semana e que envolveu a investigadora portuguesa Sónia Melo.

No caso espanhol, contudo, a investigadora já veio a público desmentir as acusações e mantém, para já, a bolsa de dois milhões de euros que lhe fora atribuída pela Comissão Europeia pelo seu trabalho sobre as doenças cardíacas.

O caso é divulgado na edição deste sábado do diário espanhol El País e tem contornos muito similares ao de Sónia Melo, a investigadora portuguesa que perdeu uma bolsa de 50 mil euros e foi suspensa de funções no laboratório I3S, no Porto.

Tal como no caso da portuguesa, as dúvidas sobre Susana González foram lançadas no site PubPeer, que faz a revisão de pares após publicações, com muitos comentários anónimos, e que, também como no caso da investigadora principal do I3S, entretanto suspensa, apontava para a utilização de imagens duplicadas nas investigações desenvolvidas.

González é ainda acusada de ter utilizado imagens “retiradas de outras experiências”, segundo o El País.


O diário espanhol cita as declarações de Susana González ao site de informação científica Materia, negando “categoricamente” o falseamento de resultados e classificando como “absoluta injustiça” o que lhe está a acontecer.

A investigadora admite “possíveis erros”, mas nunca fraude, e diz que foi despedida do Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares por razões “puramente laborais”, pelo que o caso está nas mãos de advogados.

“Não se pode questionar a minha honorabilidade com base em denúncias anónimas.

E esta reflexão aplica-se a toda a comunidade científica”, reagiu.


Susana González recebeu, em 2014, a bolsa Consolidator, no valor de dois milhões de euros, reservada “à elite científica europeia”, segundo o El País.

A bolsa foi-lhe atribuída depois de a sua investigação ter levado à recuperação “milagrosa” de ratos com insuficiência cardíaca letal, abrindo, aparentemente, a porta ao rejuvenescimento do coração em humanos.


Com uma longa carreira que passou por algumas das mais prestigiadas instituições internacionais, como o Centro Memorial Sloan Kettering ou a Universidade de Columbia, ambos em Nova Iorque, Susana González tinha ainda vários trabalhos publicados em revistas científicas como a Cell Stem Cell e a Nature Communications.

Se o grupo Nature, ao qual pertence a última publicação, se recusou para já a fazer declarações, a Cell Stem Cell admitiu já estar “consciente da inquietação gerada pela investigação da doutora González” publicada nas suas páginas, mas não faz “de momento”, mais comentários, diz o El País.


O diário espanhol diz ainda que a investigadora mantém a bolsa europeia e o lugar permanente como investigadora na agência estatal CSIS, o maior organismo público de investigação de Espanha.

Fonte
Obs: Investiguem todas as bolsas que atribuem e depois perceberão melhor o que se passa:right:
 
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