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GF Prata
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[h=2]Muitos fãs de futebol, os mais velhos talvez, lembrar-se-ão de Jean-Pierre Adams e da sua trágica história. Mais de 30 anos depois, o antigo internacional do futebol francês continua em coma, a ser cuidado pela mulher.[/h]
Jean-Pierre Adams era um internacional do futebol francês nos anos 70, um jogador a quem se adivinhava um futuro auspicioso. No início dos anos 80 era um dos dois jogadores que formavam a ‘Garde Noire’ (‘defesa negra’), ao lado de Marius Trésor. Em 2004, Pelé nomeou Adams como um dos seus 125 jogadores de futebol vivos.
Mas é esse mesmo conceito – o de vida – que ganha outros contornos quando falamos em Jean-Pierre Adams. Esta quinta-feira, conforme recorda a CNN, faz 34 anos que Adams entrou em coma por causa de uma operação ao joelho que correu mal.
Um cruzar de situações que acabaram com o sonho
Com 34 anos na altura, em 1982, Jean-Pierre foi vítima de uma sucessão de infortúnios que lhe custaram o resto dos seus dias.
Entrou num hospital de Lyon para uma cirurgia de rotina mas como os funcionários estavam de greve, ficou ao cuidado de um médico sobrecarregado de trabalho e de um estagiário.
Um erro grave impediu que o jogador recebesse ar suficiente e deixou-o com danos cerebrais catastróficos: não pode andar, falar, nem mexer qualquer músculo do seu corpo, apenas consegue respirar sem ajuda.
“Eu acho que vale a pena mantê-lo num estado vegetativo porque não se sabe o que vai acontecer. Talvez um dia acorde. Tenho esperança”, diz à mesma estação Bernadette, a sua mulher.
Um amor que não quer desistir
Bernadette casou com Jean-Pierre em 1969, numa altura em que era muito complicado uma mulher branca casar com um negro. Não esconde que foi difícil mas casaram na mesma, mesmo contra vontade dos pais.
Talvez seja por isso que desistir não seja uma opção. Já passaram 34 anos, Jean-Pierre já é avô, e Bernadette continua à espera e a cuidar do seu marido, na casa que os dois partilham no sul de França.
Jean-Pierre, agora com 68 anos, continua acamado e há muito que Bernadette impede que lhe sejam tiradas fotografias ou que seja filmado para preservar a sua dignidade.
“É difícil, é difícil. Eu estou presente em tudo o que lhe acontece. Acordo com ele, ajudo-o a sair e a entrar na cama. Faço-o beber e por aí fora. Olho por ele todo o dia”, descreve a esposa.
“Toda a gente tem esperança de que ele saia do coma, mas quanto mais tempo passa, mais me preocupa. Só que a sua condição também não piora, portanto quem sabe? A ciência médica evolui, talvez um dia possam saber como ajudá-lo, porque não?”, acrescenta Bernadette.
O antigo jogador e a mulher têm ajuda financeira da comunidade francesa do futebol, uma compensação financeira que surgiu depois de uma batalha legal que durou mais de 12 anos. Os profissionais médicos responsáveis pelo erro receberam apenas multas ligeiras e pena de prisão suspensa.
noticias ao minuto
Jean-Pierre Adams era um internacional do futebol francês nos anos 70, um jogador a quem se adivinhava um futuro auspicioso. No início dos anos 80 era um dos dois jogadores que formavam a ‘Garde Noire’ (‘defesa negra’), ao lado de Marius Trésor. Em 2004, Pelé nomeou Adams como um dos seus 125 jogadores de futebol vivos.
Mas é esse mesmo conceito – o de vida – que ganha outros contornos quando falamos em Jean-Pierre Adams. Esta quinta-feira, conforme recorda a CNN, faz 34 anos que Adams entrou em coma por causa de uma operação ao joelho que correu mal.
Um cruzar de situações que acabaram com o sonho
Com 34 anos na altura, em 1982, Jean-Pierre foi vítima de uma sucessão de infortúnios que lhe custaram o resto dos seus dias.
Entrou num hospital de Lyon para uma cirurgia de rotina mas como os funcionários estavam de greve, ficou ao cuidado de um médico sobrecarregado de trabalho e de um estagiário.
Um erro grave impediu que o jogador recebesse ar suficiente e deixou-o com danos cerebrais catastróficos: não pode andar, falar, nem mexer qualquer músculo do seu corpo, apenas consegue respirar sem ajuda.
“Eu acho que vale a pena mantê-lo num estado vegetativo porque não se sabe o que vai acontecer. Talvez um dia acorde. Tenho esperança”, diz à mesma estação Bernadette, a sua mulher.
Um amor que não quer desistir
Bernadette casou com Jean-Pierre em 1969, numa altura em que era muito complicado uma mulher branca casar com um negro. Não esconde que foi difícil mas casaram na mesma, mesmo contra vontade dos pais.
Talvez seja por isso que desistir não seja uma opção. Já passaram 34 anos, Jean-Pierre já é avô, e Bernadette continua à espera e a cuidar do seu marido, na casa que os dois partilham no sul de França.
Jean-Pierre, agora com 68 anos, continua acamado e há muito que Bernadette impede que lhe sejam tiradas fotografias ou que seja filmado para preservar a sua dignidade.
“É difícil, é difícil. Eu estou presente em tudo o que lhe acontece. Acordo com ele, ajudo-o a sair e a entrar na cama. Faço-o beber e por aí fora. Olho por ele todo o dia”, descreve a esposa.
“Toda a gente tem esperança de que ele saia do coma, mas quanto mais tempo passa, mais me preocupa. Só que a sua condição também não piora, portanto quem sabe? A ciência médica evolui, talvez um dia possam saber como ajudá-lo, porque não?”, acrescenta Bernadette.
O antigo jogador e a mulher têm ajuda financeira da comunidade francesa do futebol, uma compensação financeira que surgiu depois de uma batalha legal que durou mais de 12 anos. Os profissionais médicos responsáveis pelo erro receberam apenas multas ligeiras e pena de prisão suspensa.
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