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"Documentos do Panamá" já estão online para consulta pública
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação disponibilizou online o banco de dados relativo às entidades com contas em paraísos fiscais.
A base de dados é consultável.
Os utilizadores podem pesquisar e visualizar as redes à volta de milhares de entidades 'offshore', incluindo, quando for possível, os registos internos da Mossack Fonseca.
Não há, no entanto, divulgação de dados pessoais.
Consultar AQUI
"Apesar de a base de dados abrir um mundo que nunca foi revelado numa escala tão massiva, a aplicação não é um depósito de dados dos documentos originais, será sim uma cuidadosa libertação de informação corporativa básica", diz o ICIJ, garantindo também que "não será divulgada correspondência pessoal".
Para além disso, "a base de dados não incluiu registos de contas bancárias nem transacções financeiras, emails ou outra correspondência, passaportes e números de telefone", porque "a informação limitada e seleccionada está a ser publicada por interesse público".
O escândalo dos "Papéis do Panamá" revelou um vasto sistema de evasão fiscal que tem suscitado uma onde choque mundial e causou a abertura de várias investigações e a demissão do primeiro-ministro da Islândia.
A investigação está a ser feita por uma centena de jornais em todo o mundo a 11,5 milhões de documentos, que revelaram bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos ou personalidades públicas.
O conjunto de documentos provém da empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca.
Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades offshore estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo.
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