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Jogadores recebiam 3500 euros para viciar resultados

Lordelo

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Cada jogador ganharia 3500 euros por facilitar resultados na II Liga de futebol, num caso que conduziu à operação da Polícia Judiciária, que no sábado fez 15 detenções, soube o JN.

Mas o principal alvo da PJ são os esquemas criminosos associados às apostas online. Admite--se mesmo que em causa estaria um conhecido site chinês.

A investigação está longe de ter ficado concluída e mais diligências poderão vir a ser realizadas, com base em provas que foram entretanto recolhidas.

Os 3500 euros eram, no entanto, um valor médio, que poderia ser maior se o atleta se esforçasse mais do que seria habitual para que o encontro chegasse ao resultado almejado. Alguns dos resultados seriam combinados e teriam que ter, entre outras coisas (números de cantos marcados, por exemplo), uma diferença de três golos.

Mais do que o salário do jogador

A investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ já tem provas concretas desta prática, inclusive através de escutas telefónicas.

Os investigadores têm vindo também a visualizar imagens respeitantes a vários encontros sob suspeita, em particular na Internet e mais nas redes sociais, que serviram para efeitos de recolha de informação e que poderão ser usadas como prova.

O valor era pago por encontro, e ultrapassa em muito o salário médio auferido por um jogador da II Liga que, em média, é de cerca de mil euros - II Liga onde a maioria dos clubes e jogadores vivem com muitas dificuldades financeiras.

Na semana passada, por exemplo, os jogadores do Oliveirense, um dos alvos da investigação da Judiciária, faltaram a um treino, em protesto contra os salários em atraso. E chegou a estar em causa o jogo com o Portimonense, um dos momentos de intervenção da PJ, na operação "Jogo Duplo".

Daí o facto de o Oliveirense se ter tornado um alvo das redes de corrupção, que levou à detenção de quatro jogadores deste clube. Curiosamente, no dia 12, o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, face à fragilidade da Oliveirense, tinha alertado para esta situação: "Além do incumprimento salarial, que por um lado põe os jogadores numa situação precária e vulnerável, coloca em causa a verdade desportiva. É preciso reforçar os mecanismos de fiscalização, é preciso mais rigor na inscrição dos clubes". E a realidade chegou depressa, com a operação da Judiciária.

Na malha caíram também o presidente do Leixões, Carlos Oliveira, e o diretor, Nuno Silva, desta feita suspeitos de tentarem influenciar os resultados, além de quatro jogadores do Oriental detidos após o jogo com o Atlético.

Carlos Oliveira e Nuno Silva não fariam parte deste esquema das apostas desportivas e estariam, sim, envolvidos apenas na tentativa de evitar que o Leixões baixasse de divisão, mas foram apanhados na sequência das escutas telefónicas, que incidiriam mais sobre os jogadores da Oliveirense e do Oriental.

IN:JN
 
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