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Suspeitos de fraude com Taxa de Carbono condenados a oito anos

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Suspeitos de fraude com Taxa de Carbono condenados a oito anos

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REUTERS/Jean-Paul Pelissier

A fraude ocorreu no mercado europeu de licenças de emissão de carbono e lesou o estado francês em 283 milhões de euros

Dois dos acusados por fraude com a Taxa de Carbono foram hoje condenados a oito anos de prisão e a um milhão de euros de multa, pelo Tribunal de Paris, que se diz "marcado pela sofisticação da fraude".

O financeiro Arnaud Mimran, de 44 anos, criado nos 'beaux quartiers' (zona nobre da cidade) de Paris, e Mardoché (Marco) Mouly, de 52 anos, originário de um 'quartier populaire' (bairro popular), foram considerados culpados pelo esquema fraudulento relativo à Taxa de Carbono que lesou o Estado em 283 milhões de euros.

O Tribunal ordenou a prisão imediata de Arnaud Mimran e emitiu um mandado de prisão contra o segundo, que não esteve presente na leitura da sentença.

Um negociante polaco, Jaroslaw Klapucki, de 56 anos, por sua vez, foi condenado a sete anos de prisão imediata e igualmente a uma multa de um milhão de euros.

O tribunal decretou também que os três condenados têm de pagar ainda uma indemnização ao Estado no valor de 283 milhões de euros.

Oito de nove outros arguidos foram condenados a penas que variam entre um a oito anos de prisão, tendo o ultimo sido absolvido.

Seis destes foram julgados à revelia, por alegadamente terem fugido para Israel.

O julgamento, realizado em maio, resultou de um esquema fraudulento relativo à Taxa de Carbono, o qual envolveu o meio ambiente franco-israelita, bem como um total de 1,6 mil milhões de euros.

A fraude teve lugar no mercado europeu de licenças de emissão de carbono projectado, destacado pela luta contra o aquecimento global e reconhecido como o primeiro mercado internacional na área das alterações climáticas, tendo sido criado para a redução de emissões de gases com efeito de estufa.

O esquema consistia em comprar cotas de emissões de CO2 (Dióxido de Carbono) em países estrangeiros e prosseguir à sua venda, em França, a um preço com o IVA incluído, para depois investirem em fundos que serviriam para uma nova operação. Assim, o IVA nunca foi pago ao Estado.

Um "vol dans la poche do people" ("um rombo no bolso das pessoas"), disse o Ministério Público francês.

Em julgamento, os arguidos minimizaram o seu papel, garantindo que não tinham consciência da fraude, mas os argumentos não convenceram o tribunal.


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