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Telecomunicações lideram queixas na DECO

maior38

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Telecomunicações lideram queixas na DECO há dez anos

No ano passado chegaram à associação de defesa do consumidor cerca de 460 mil reclamações. Telecomunicações, energia, compra e venda e serviços financeiros lideram o ranking.

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Quase 460 mil portugueses procuraram os serviços da DECO – Associação de Defesa do Consumidor no ano passado e o setor das telecomunicações continua a liderar o ranking das reclamações.

Segundo o balanço da DECO, em 2016 o setor das telecomunicações volta a estar na linha da frente das reclamações, seguido da energia e água, compra e venda e serviços financeiros. “Há uma continuidade, um padrão, são sempre os mesmos setores”, diz ao Jornal Económico Paulo Fonseca, jurista da DECO.

No ano passado, chegaram à associação de defesa do consumidor 45.515 reclamações relacionadas com as empresas de telecomunicações, o que faz com que o setor se posicione “há cerca de dez anos, como o mais reclamado”, conta o jurista da DECO.

E os motivos continuam a ser os mesmos: os prazos de fidelização e de refidelização. Apesar da alteração à Lei das Comunicações, não houve melhorias, uma vez que as operadoras continuam a apresentar ofertas que “apenas prejudicam os consumidores”, diz.

“O que está na lei é uma coisa e a realidade é outra”, sublinha o responsável da DECO, acrescentando que, muitas vezes, as operadoras chegam a cobrar 400 euros por ofertas sem fidelização ou com prazos de fidelização mais curtos.

Já no caso do setor energético e da água, o número de reclamações que chegaram à DECO totalizou 27.708 no ano passado, sendo o segundo setor mais reclamado, tal como se verificou no ano anterior.

Aqui destacam-se as dificuldades sentidas pelos consumidores no âmbito da faturação, seja por falta de envio da mesma, cobrança de consumos já prescritos ou dupla faturação. “A faturação não se compreende”, salienta Paulo Fonseca.

Além disso, o facto de se caminhar para o mercado livre da energia leva a que haja abordagens comerciais pouco transparentes por parte das empresas. A DECO recebeu “milhares de queixas de consumidores vítimas de práticas comerciais desleais”.

Paulo Fonseca destaca que as empresas que comercializam energia praticam “vendas agressivas porta a porta, escolhendo muitas vezes públicos vulneráveis, como os idosos, que nesta área foram os consumidores que mais procuraram a DECO”.

À associação de defesa do consumidor chegaram ainda 27.430 reclamações relacionadas com compra e venda de produtos, sendo a maioria associada ao comércio eletrónico. Nomeadamente, relacionados com a falta ou atraso na entrega de produtos, recusa de cancelamento de compra no prazo de reflexão e falta de reembolso em caso de desistência de compra.

“As pessoas cada vez mais compram pela internet e têm dificuldades em fazer valer os seus direitos”, diz Paulo Fonseca.

Quanto ao setor financeiro, onde se incluem a banca e os seguros, a DECO conta 26.451 reclamações em 2016, a maioria relacionadas com crédito à habitação e ao consumo.

“Há um padrão dos setores mais reclamados. Tem de haver aqui uma intervenção”, reclama o jurista, que identifica a energia, os direitos digitais e a sustentabilidade como os problemas para 2017.

Na energia, a DECO destaca as empresas que vendem energia mais verde, sem darem informação precisa ao consumidor.

Quanto aos direitos digitais, a associação aconselha cuidado sobre a troca de dados pessoais que funcionam como “moeda de troca” na internet e com as dificuldades em saber “quem está do outro lado do negócio”.
 
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