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Russell Davison dormiu ao lado da sua mulher durante seis dias, depois de ela morrer em casa, em Derby, no Reino Unido. Wendy Davison estava a combater um cancro cervical há cerca de 10 anos, mas o casal decidiu viver a doença de forma diferente e não deixar a mulher morrer num hospital.
A forma “natural” com que o casal decidiu enfrentar o cancro levou-o a optar por não submeter Wendy a tratamentos de quimioterapia ou radioterapia, o que, na opinião do marido “prolongou a vida por muitos anos”.
Para a família, a sociedade não lida com a morte de forma natural, referindo-se à mesma como um “tabu”. “Ninguém quer falar sobre isso. Nós não queríamos que o corpo dela fosse para uma funerária quando ela morreu, preferimos cuidar dela em casa”.
A morte da mulher ocorreu no mês de abril e o marido dormiu ao seu lado por seis noites, de “coração partido”, depois de terem decidido “não colocar a vida de Wendy nas mãos de médicos” e de terem viajado por toda a Europa para aproveitarem os últimos tempos, quando os profissionais de saúde lhe disseram, em 2014, que teria apenas seis meses de vida.
“Foram os melhores tempos das nossas vidas”, garantiu o marido.
Contudo, a viagem foi interrompida pelas dores fortes de Wendy que teve mesmo de voltar a casa. Depois de decidirem que não ficaria nos cuidados paliativos do hospital, a mulher seguiu para a residência da família, onde morreu a 21 de abril, o dia em que perdeu a luta contra o cancro.
Wendy deixa ainda um filho e muitos amigos que estiveram sempre próximos nos seus últimos dias de vida. O marido descreve a experiência como “bonita e reconfortante”.
A cerimónia para celebrar a vida de Wendy será no próximo domingo.
É de recordar que no Reino Unido as famílias podem manter os corpos em casa, desde que a morte seja declarada às autoridades por um médico.
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