Luisao27
GF Ouro
- Entrou
- Jun 7, 2017
- Mensagens
- 1,572
- Gostos Recebidos
- 0
[h=2]A Motorola Solutions está em plena viragem para o digital, com a criação de aplicações móveis à medida das forças de segurança[/h]
As cenas futuristas do filme Relatório Minoritário – que em 2002 nos transportou diretamente para o ano 2054, onde Tom Cruise opera um sofisticado sistema tecnológico que permite à polícia prever os crimes com antecedência e preveni-los – não são, afinal, assim tão futuristas. Sobretudo nos Estados Unidos, mas também aqui mais perto, no Reino Unido, as forças policiais já evoluíram para um sistema que inclui smartphones de última geração, banda larga, inteligência artificial, assistentes virtuais, reconhecimento de voz, câmaras 360 graus, transmissão de vídeos e fotos e até óculos de realidade aumentada. Tudo isto integrado num único colete policial ou na própria farda dos agentes.
Esta é a mais recente aposta de produtos e serviços da Motorola Solutions, que nos últimos anos reinventou o seu negócio, passando das telecomunicações para o digital. Só em 2016, a empresa investiu mais de 550 milhões de dólares em investigação e desenvolvimento (I&D) e nos últimos dois anos gastou 1,5 mil milhões de dólares na compra de 15 empresas de software, sem esquecer o investimento em startups e a criação de incubadoras de empresas para desenvolver novas tecnologias para as forças de segurança.
“O nosso background é de telecomunicações, mas agora estamos a fazer a viragem para o digital. Criámos uma unidade de negócio dedicada em exclusivo ao software e temos hoje uma empresa com uma natureza mais digital, com o desenvolvimento de aplicações móveis à medida das necessidades das forças de segurança pública”, explicou Eduardo Conrado, vice-presidente executivo e responsável pela estratégia e inovação da Motorola Solutions.
A empresa está também a construir novos modelos de smartphones para serem usados em exclusivo pela polícia, resistentes a ambientes mais hostis e com botões push to talk e de emergência, à semelhança dos atuais rádios com tecnologia de comunicações Tetra [Terrestrial Trunked Radio], usada pelos serviços de emergência e segurança pública pela sua resiliência em missões críticas.
Com receitas anuais de seis mil milhões de dólares em 2016, a Motorola Solutions é uma das líderes mundiais na tecnologia Tetra, com 60% das vendas provenientes do hardware e 40% dos serviços, e uma base de clientes composta 70% por segurança pública e apenas 30% de empresas, revelou Eduardo Conrado numa entrevista à margem da inauguração do novo Centro de Inovação da empresa em Londres.
É ali, bem no centro da capital britânica, que a Motorola vai poder testar todas as soluções inovadoras ao vivo e em direto.
“Os clientes têm de tocar, ver e experimentar. Mas nem todos estão abertos à mesma inovação”, explicou o mesmo responsável, admitindo que um dos maiores desafios é a “velocidade de adoção”. “Estamos a mudar radicalmente a forma como as polícias trabalham, pelo uso da tecnologia. Além da mudança cultural, as leis de cada país ainda não acompanham o que a tecnologia pode fazer e os países estão em estádios diferentes de desenvolvimento”, salienta.
Para já, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália são os países na linha da frente para testar e adotar novas tecnologias, mas Eduardo Conrado acredita que o resto do mundo vai seguir o mesmo exemplo, começando pelas soluções de reconhecimento de voz e inteligência artificial para as tarefas policiais do dia-a-dia, como por exemplo verificação de matrículas, cadastros, informações pessoais, comunicação de incidente à central, entre muitas outras. “A adoção de banda larga nas comunicações de emergência faz que a integração da tecnologia seja mais rápida. O resto do mundo ainda não avançou para a banda larga, mas tem as tradicionais comunicações via rádio, para as comunicações críticas”.
Este é o caso de Portugal, onde a Motorola é a empresa fornecedora da infraestrutura da rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), tendo neste momento a decorrer um primeiro projeto-piloto com vista à futura integração entre as redes de banda larga e tecnologia Tetra dos rádios usados atualmente pelas forças de segurança, bombeiros e serviços de emergência médica, permitindo assim a comunicação entre telemóveis e o SIRESP, o que atualmente é impossível. Sob a gestão da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a Autoridade Nacional da Proteção Civil, a Polícia Judiciária, PSP, GNR e INEM são apenas alguns dos utilizadores do SIRESP que já testaram a nova aplicação Wave da Motorola, que tem como objetivo “preparar a transição para a banda larga” no SIRESP, revelou Hélder Santos, responsável da Motorola Solutions em Portugal. No entanto, as câmaras já usadas pela polícia britânica não podem ainda ser usadas em Portugal por causa da lei de proteção de dados, lembra.
O futuro próximo, garante Eduardo Conrado, passa sobretudo pelo uso de equipamentos integrado na roupa, tais como como sensores e câmaras, assumindo a voz um papel de destaque para aceder a informação policial que está armazenada em bases de dados e que permite prever e prevenir a ocorrência de crimes. “Tentamos avançar cinco anos e imaginar o mundo, criando novas soluções tecnológicas”, diz o responsável da Motorola, garantindo que já em 2020 30% da pesquisa e navegação online será feita por voz, sem recurso a ecrãs.
As cenas futuristas do filme Relatório Minoritário – que em 2002 nos transportou diretamente para o ano 2054, onde Tom Cruise opera um sofisticado sistema tecnológico que permite à polícia prever os crimes com antecedência e preveni-los – não são, afinal, assim tão futuristas. Sobretudo nos Estados Unidos, mas também aqui mais perto, no Reino Unido, as forças policiais já evoluíram para um sistema que inclui smartphones de última geração, banda larga, inteligência artificial, assistentes virtuais, reconhecimento de voz, câmaras 360 graus, transmissão de vídeos e fotos e até óculos de realidade aumentada. Tudo isto integrado num único colete policial ou na própria farda dos agentes.
Esta é a mais recente aposta de produtos e serviços da Motorola Solutions, que nos últimos anos reinventou o seu negócio, passando das telecomunicações para o digital. Só em 2016, a empresa investiu mais de 550 milhões de dólares em investigação e desenvolvimento (I&D) e nos últimos dois anos gastou 1,5 mil milhões de dólares na compra de 15 empresas de software, sem esquecer o investimento em startups e a criação de incubadoras de empresas para desenvolver novas tecnologias para as forças de segurança.
“O nosso background é de telecomunicações, mas agora estamos a fazer a viragem para o digital. Criámos uma unidade de negócio dedicada em exclusivo ao software e temos hoje uma empresa com uma natureza mais digital, com o desenvolvimento de aplicações móveis à medida das necessidades das forças de segurança pública”, explicou Eduardo Conrado, vice-presidente executivo e responsável pela estratégia e inovação da Motorola Solutions.
A empresa está também a construir novos modelos de smartphones para serem usados em exclusivo pela polícia, resistentes a ambientes mais hostis e com botões push to talk e de emergência, à semelhança dos atuais rádios com tecnologia de comunicações Tetra [Terrestrial Trunked Radio], usada pelos serviços de emergência e segurança pública pela sua resiliência em missões críticas.
Com receitas anuais de seis mil milhões de dólares em 2016, a Motorola Solutions é uma das líderes mundiais na tecnologia Tetra, com 60% das vendas provenientes do hardware e 40% dos serviços, e uma base de clientes composta 70% por segurança pública e apenas 30% de empresas, revelou Eduardo Conrado numa entrevista à margem da inauguração do novo Centro de Inovação da empresa em Londres.
É ali, bem no centro da capital britânica, que a Motorola vai poder testar todas as soluções inovadoras ao vivo e em direto.
“Os clientes têm de tocar, ver e experimentar. Mas nem todos estão abertos à mesma inovação”, explicou o mesmo responsável, admitindo que um dos maiores desafios é a “velocidade de adoção”. “Estamos a mudar radicalmente a forma como as polícias trabalham, pelo uso da tecnologia. Além da mudança cultural, as leis de cada país ainda não acompanham o que a tecnologia pode fazer e os países estão em estádios diferentes de desenvolvimento”, salienta.
Para já, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália são os países na linha da frente para testar e adotar novas tecnologias, mas Eduardo Conrado acredita que o resto do mundo vai seguir o mesmo exemplo, começando pelas soluções de reconhecimento de voz e inteligência artificial para as tarefas policiais do dia-a-dia, como por exemplo verificação de matrículas, cadastros, informações pessoais, comunicação de incidente à central, entre muitas outras. “A adoção de banda larga nas comunicações de emergência faz que a integração da tecnologia seja mais rápida. O resto do mundo ainda não avançou para a banda larga, mas tem as tradicionais comunicações via rádio, para as comunicações críticas”.
Este é o caso de Portugal, onde a Motorola é a empresa fornecedora da infraestrutura da rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), tendo neste momento a decorrer um primeiro projeto-piloto com vista à futura integração entre as redes de banda larga e tecnologia Tetra dos rádios usados atualmente pelas forças de segurança, bombeiros e serviços de emergência médica, permitindo assim a comunicação entre telemóveis e o SIRESP, o que atualmente é impossível. Sob a gestão da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a Autoridade Nacional da Proteção Civil, a Polícia Judiciária, PSP, GNR e INEM são apenas alguns dos utilizadores do SIRESP que já testaram a nova aplicação Wave da Motorola, que tem como objetivo “preparar a transição para a banda larga” no SIRESP, revelou Hélder Santos, responsável da Motorola Solutions em Portugal. No entanto, as câmaras já usadas pela polícia britânica não podem ainda ser usadas em Portugal por causa da lei de proteção de dados, lembra.
O futuro próximo, garante Eduardo Conrado, passa sobretudo pelo uso de equipamentos integrado na roupa, tais como como sensores e câmaras, assumindo a voz um papel de destaque para aceder a informação policial que está armazenada em bases de dados e que permite prever e prevenir a ocorrência de crimes. “Tentamos avançar cinco anos e imaginar o mundo, criando novas soluções tecnológicas”, diz o responsável da Motorola, garantindo que já em 2020 30% da pesquisa e navegação online será feita por voz, sem recurso a ecrãs.