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Salvaram-se de boa...Depois da derrota com o México, a Alemanha brincou com o fogo, esteve em desvantagem, mas acabou com sorrisos na cara, ao bater a seleção da Suécia por 2x1. Kroos, com uma autêntica obra-prima, deu oxigénio ao Campeão do Mundo.
Numa partida com sinal mais para os germânicos e com uma primeira parte traiçoeira no que às transições suecas diz respeito, foi o médio do Real Madrid a dar vida a um coletivo que chegou a parecer...eliminado da revalidação do título.
Em alguns apuros no que toca ao grupo de apuramento, a Alemanha entrou com vontade de tomar uma posição junto dos suecos, com Draxler a criar a primeira grande oportunidade. Os primeiros 10 minutos foram disputados nos últimos trinta metros do meio-campo ofensivo germânico, mas a Suécia, aos poucos, foi libertando a pressão, conseguindo um par de transições perigosas.
Numa das jogadas rápidas do ataque sueco, Marcus Berg fugiu à última linha alemã (sempre muito adiantada, quiçá demais) e tentou a finalização, quando tinha apenas Neuer pela frente. Frente a um autêntico Muro de Berlim, o dianteiro não conseguiu colocar a redondinha lá dentro, sofrendo ainda uma carga de Boateng que não teve direito a segunda avaliação pelo VAR.
Foi um jogo especial para o central alemão: fez um penálti que não foi assinalado durante o primeiro tempo (com possível vermelho) e, não satisfeito, ainda fez tudo para levar o segundo amarelo
O que é certo é que, após o lance polémico, o jogo acalmou...demasiado. A Alemanha continuou a ter algum domínio, que já não era tão avassalador nem se materializava em grandes oportunidades de golo. O coletivo de Low foi perdendo força e, atrás, os problemas eram evidentes, especialmente quando Kroos decidiu perder uma bola em zona proibida e permitir, dessa forma, uma espécie de chapéu a Toivonen, com contribuição especial de Rudiger.
Pior do que sofrer primeiro, para a Alemanha o verdadeiro problema foi a sua transição defensiva. Até ao minuto 45, os germânicos foram incapazes de criar uma jogada verdadeiramente perigosa e, pior do que isso, estiveram perto de sofrer o segundo, por duas ocasiões, pelo menos.
Com a vida complicada na competição, o campeão em título entrou da melhor forma na segunda parte, com a mesma intensidade do início do jogo. Profundidade atacante, velocidade, um pouco mais de criatividade...e o golo, com Reus a finalizar de joelho uma das muitas incursões germânicas pelos seus flancos. A presença de Gómez na frente permitia uma outra amplitude de movimentos a Werner, e a Mannschaft ameaçava o segundo...
Só que o filme repetiu-se à medida que a etapa complementar foi decorrendo. É verdade que o campeão do Mundo não teve os mesmos problemas defensivos, mas a imaginação no ataque cingiu-se a apenas 15, 20 minutos, tendo a Alemanha demonstrado, em boa parte do resto do encontro, dificuldades na definição dos lances. Do outro lado, bloco baixo e muita solidariedade.
O suplente Brandt voltou a entrar com vontade de ajudar à sua equipa, sendo traído outra vez pelo poste; Gómez fez brilhar num par de ocasiões o guardião sueco e o jogo parecia destinado a uma divisão de pontos. Só que aos 95 apareceu um dos melhores médios do Mundo para criar um grande momento do Rússia 2018. Bola e três pontos na gaveta, mas ainda tudo pode acontecer...
ZeroZero