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À procura dos primeiros pontos nesta edição do Campeonato do Mundo, Arábia Saudita e Egito mediram forças no fecho do Grupo A. Com poucas ideias e escassas oportunidades de golo, foi El Hadary que brilhou na baliza dos faraós, num dia em que fez história.
Mesmo com o destino traçado, as duas seleções entraram nervosas para o encontro, ainda que com uma tendência para a Arábia Saudita, que procurou pressionar alto desde o primeiro minuto. Salem Al Dawsari foi o jogador irreverente no ataque saudita e foi quem ameaçou primeiro, depois de uma boa jogada individual.
O Egito procurava o contragolpe para aproveitar a velocidade dos seus extremos, ainda que com pouco sucesso até ao minuto 22. O passe longo de Abdallah Said caiu nas costas da defesa adversária e serviu de meta para o sprint de Mohamed Salah (quem mais!) que, com um toque sublime, colocou a bola por cima de Al-Mosailem que só parou no fundo da baliza. Logo a seguir voltou a ameaçar, desta vez isolado, mas a estrela egípcia não conseguiu ter a destreza que demonstrou dois minutos antes.
Ainda sem marcar nesta edição do Campeonato do Mundo, a seleção saudita voltou a ter a posse de bola, ainda que com pouco perigo. O aviso de Trezeguet não baralhou o momento dos sauditas, que acabariam por beneficiar de uma grande penalidade. Frente a frente, Fahad Al Muwallad não conseguiu bater o histórico El Hadary que, com a ajuda da trave, manteve a vantagem dos faraós.
Até ao final dos primeiros 45 minutos ainda houve tempo para ser assinalada mais uma grande penalidade, outra vez a favorecer os sauditas. O VAR analisou, demorou, mas manteve a decisão da equipa de arbitragem. Salman Al Faraj tomou a responsabilidade e fechou a primeira parte com um golo.
O golo tardio trouxe uma seleção saudita mais coesa, mas que não transformou a posse de bola em ocasiões de golo. Com um jogo mais aberto e repartido, Hattan Babhir e Trezeguet foram os primeiros a ameaçar as duas balizas, mas o golo não quis aparecer.
À entrada dos últimos 20 minutos, El Hadary voltou a fazer a diferença, com uma grande defesa na sequência de um cabeceamento forte de Hussain Al-Mogahwi. Os sauditas continuaram a controlar a partida, mas não foram felizes na finalização.
O Egito foi tentando sair em velocidade, a maior parte das vezes por Salah, mas as decisões no último terço nunca foram as acertadas.
Num segundo tempo muito apático, caracterizado pela fraca motivação de ambas as equipas, o jogo foi lentamente caminhando até ao final, até que apareceu Al Dawsari. O extremo apareceu no interior da área e rematou rasteiro, ultrapassando a barreira egípcia, que guardou a baliza durante 95 minutos.
Duas partes, dois golos nos descontos. No duelo de despedidas, sorriram os sauditas.
ZeroZero