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A França é a primeira seleção a conseguir o apuramento para as meias-finais. A seleção gaulesa eliminou o Uruguai com uma vitória por 2x0 conseguida com conforto e que teve o contributo de Muslera. Já depois de Varane ter adiantado a França no marcador, ainda na primeira parte, o guardião uruguaio sofreu um autêntico frango que praticamente sentenciou a partida.
Um resultado que acaba por se justificar perante a falta de ideias ofensivas uruguaias que atiram o carrasco de Portugal para fora do Mundial. A França está a dois jogos de conquistar o segundo Campeonato do Mundo da sua história, mas o jogo das meias-finais vai ser a doer.
O encontro arrancou como esperado. O Uruguai entregou o controlo do jogo à seleção francesa e confiou na sua organização defensiva para tentar marcar no contra-ataque ou através de bolas paradas. A estratégia tinha vindo a funcionar durante o Mundial e a formação sul-americana não mudou, num jogo em que não houve Cavani por lesão. O modelo foi-se mantendo durante a primeira parte, até a França obrigar a formação uruguaia a um teste diferente de todos os outros, mas já lá vamos. Primeiro trazemos-lhe o filme de 40 minutos de pouco futebol, domínio francês e muitas, mesmo muitas, paragens.
Os gauleses tiveram um domínio consentido da posse de bola, mas a agressividade imposta pelo Uruguai levou o jogo para um ritmo mais lento. As arrancadas de Mbappé e as tabelas de Griezmann iam procurando agitar o jogo, mas, exceção feita a um cabeceamento desastrado de Mbappé, a França não estava a conseguir ameaçar a baliza de Muslera.
As faltas foram uma constante do início da partida e o Uruguai pareceu sempre mais confortável sem bola do que com ela. As transições ofensivas não saiam, apesar do espaço que a seleção francesa estava a deixar na sua zona intermédia, e quando a primeira parte se arrastava para o fim o paradigma do jogo mudou.
Se o Uruguai tinha demonstrado muita força nas bolas paradas ofensivas, também tinha deixado evidentes as fragilidades a defender esse tipo de lances e foi dessa forma que a França aproveitou para se adiantar no marcador. Varane cabeceou para o fundo das redes de Muslera, a cinco minutos do fim do primeiro tempo, e o Uruguai ficava em desvantagem pela primeira vez no Mundial.
A primeira reação chegou ainda antes do intervalo e a forma como o Uruguai se aproximou do golo não surpreendeu. De bola parada, Cáceres obrigou Lloris a uma defesa extraordinária. No regresso dos balneários, a seleção sul-americana veio com outras intenções, uma vez que estava obrigada a ganhar, mas sentiu sempre dificuldades em criar perigo com posse.
A França limitou-se a manter a sua organização defensiva e ficou à espera de um erro defensivo para matar a partida num contra-ataque veloz como os gauleses gostam... mas nem foi preciso correr. De longe da área, um remate de Griezmann que parecia inofensivo acabou no fundo das redes. Um erro monumental de Muslera, a fazer lembrar Karius na final da Liga dos Campeões, praticamente pôs fim às esperanças uruguaias.
Com dois golos de desvantagem e sem ideias, a seleção de Tabárez sentiu a falta de Cavani e não conseguiu criar situações de golo. Houve demasiado jogo direto para uma França que não se facilitou, nem precisava de o fazer, e que soube esperar pelo apito final para descansar em direção às meias-finais.
ZeroZero