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65% da energia do Porto é consumida nos edifícios

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Set 22, 2006
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Sessenta e cinco por cento da energia utilizada no Porto é consumida nos edifícios, o que faz da cidade um caso atípico a nível nacional, revelam dados preliminares divulgados hoje pela Agência de Energia do Porto (AdEPorto). Em conferência de imprensa, o presidente da AdEPorto, Oliveira Fernandes, referiu que os transportes são responsáveis por 25 por cento da energia consumida na cidade, estando os restantes 10 por cento repartidos pela indústria e outras utilizações não identificadas ou com pouca expressão.
Oliveira Fernandes afirmou que o balanço energético nacional aponta para uma distribuição do consumo energético bem diferente, com os transportes (40 por cento) à frente, seguidos da indústria (30 por cento) e dos edifícios (28 por cento).
"Há 30 anos, o Porto era 100 por cento eléctrico. O gás natural chegou há 10 anos, mas há linhas com poucos clientes, o que reflecte alguma relutância", afirmou, salientando que em Portugal a electricidade é mais poluidora do que o gás natural, porque "vem dominantemente de combustíveis fósseis".
"Quando fazemos um chá com aquecimento eléctrico, estamos a produzir o dobro de CO2 [dióxido de carbono] do que com aquecimento a gás natural", exemplificou.
AdEPorto está a elaborar para a Câmara do Porto a Matriz Energética da cidade, instrumento que a autarquia pretende utilizar na implementação de políticas de eficiência energética e de preservação ambiental.
"Vamos saber quando, como e onde se gasta energia na cidade do Porto", disse o vice-presidente da autarquia, Álvaro Castello-Branco, salientando que a AdEPorto "é uma mais-valia enorme para a cidade".
A Agência de Energia do Porto foi formalmente constituída em 01 de Março pela Câmara do Porto (54 por cento do capital) e por mais 21 associados, entre os quais a Universidade do Porto, Lipor, EDP, Portgás, Galp, STCP, Metro do Porto, Associação Empresarial de Portugal (AEP) e Fundação Gomes Teixeira.
Oliveira Fernandes referiu que o "objectivo ambicioso" da AdEPorto é fazer com que o Porto atinja "a médio prazo" um nível de emissões de CO2 na ordem das 3,5 toneladas anuais por habitante.
Para tal, a agência vai apostar na penetração das energias renováveis (iluminação, calor e electricidade), redução da dependência dos combustíveis fósseis e promoção da eficiência energética.
Oliveira Fernandes disse que a AdEPorto dispõe de um orçamento de 600 mil euros para os próximos três anos, financiado pela União Europeia (33 por cento), Câmara do Porto (42 por cento) e restantes associados (25 por cento).
Um dos compromissos assumidos pela candidatura apresentada à Comissão Europeia é a instalação de cinco mil metros quadrados de painéis solares na cidade do Porto até à Primavera de 2010, revelou o presidente da agência.
A AdEPorto vai também trabalhar com a sociedade de reabilitação urbana Porto Vivo, no sentido de aplicar medidas de eficiência energética nos edifícios a recuperar na "Baixa" da cidade.
Oliveira Fernandes frisou que a agência pretende "provocar uma nova atitude" das pessoas perante o consumo energético e as suas implicações ambientais.
A AdEPorto, uma das 30 agências de energia existentes em Portugal, vai assinalar segunda e terça-feira o Dia Nacional da Energia, com um seminário sobre alterações climáticas, uma apresentação pública da agência e visitas de escolas à Avenida dos Aliados, onde estará em exibição contínua (apenas terça-feira) o filme "Uma verdade inconveniente", de Davis Guggenheim e Al Gore
 
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