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Astrónomos descobrem enorme buraco no Universo

Matapitosboss

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Um grupo de astrónomos da Universidade de Minnesota anunciou nesta quinta-feira a descoberta de um enorme buraco no Universo, onde não há nem a matéria normal, que forma estrelas e galáxias, nem a misteriosa "matéria escura".


"Ninguém encontrou antes um buraco tão grande e também não esperávamos a descoberta", disse Lawrence Rudnick, da Universidade de Minnesota, num comunicado no site do National Radio Astronomy Observatory.


Rudnick, Shea Brown e Liliya R. Williams revelam os detalhes num estudo que será publicado na revista "Astrophysical Journal".


Os astrónomos sabem há anos que o Universo tem buracos nos quais praticamente não há matéria. Mas a maioria é muito menor que o descoberto por Rudnick e seus companheiros.


"O que encontramos não é normal, comparado com as observações e as simulações informáticas da evolução do Universo", disse Williams.


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Satpa

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Descoberta do maior buraco negro

O gigante corpo celeste tem uma massa 18 mil milhões de vezes superior à do Sol e está localizado a 3,5 mil milhões de ano-luz da Terra.


Astrónomos finlandeses divulgaram ontem a descoberta do maior buraco negro já observado, com uma massa 18 mil milhões de vezes superior à do Sol, seis vezes mais que o anterior detentor do recorde. O gigantesco corpo celeste, anunciado em Austin, nos Estados Unidos, durante um encontro da Sociedade Americana de Astronomia, está situado a 3,5 milhões de anos-luz da Terra e, segundo os investigadores, tem a massa de uma pequena galáxia.

A medição da massa do objecto só foi possível porque este forma um sistema binário de dois buracos negros, denominado OJ287, que fornecem a energia a um quasar, "um núcleo galáctico activo que emite grande quantidade de radiação", explicou ao "Expresso" Paulo Crawford, coordenador do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa e sub-director do Observatório Astronómico de Lisboa. Ao invés de integrar apenas um buraco negro, como é mais frequente, este quasar contém dois.

"Determinar a massa de um objecto celeste não é fácil. É necessário que haja um corpo a orbitar junto ao outro, como foi o caso", afirmou Filipe Pires, coordenador do Núcleo de Divulgação do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.

Uma vez a cada 12 anos, durante a sua órbita em volta do buraco negro gigante, o menor colide com o disco de matéria deste, originando um par de explosões à medida que liberta gás quente do disco, que fazem o OJ287 brilhar mais intensamente. O fenómeno, registado a 13 de Setembro do ano passado, permitiu à equipa liderada por Mauri Valtonen, da Universidade de

Turku, medir a massa do corpo mais pequeno, equivalente a 100 milhões de vezes a massa do Sol, e, assim, calcular a do maior.

Um buraco negro é um objecto celeste com um campo gravitacional tão intenso que nem mesmo a luz consegue escapar do seu interior. Não se trata de um buraco no sentido literal, mas a expressão traduz a ideia de que os acontecimentos que ocorrem no seu interior não são observáveis por quem está fora dele, pelo que as partículas que o atravessam deixam de ser vistas.

"No entanto, um observador que caia num buraco negro poderá continuar a observar o que se passa no exterior dele, especialmente se se tratar de um buraco negro gigante, como é o caso deste", garante Paulo Crawford. A explicação, remata o astrónomo, está no facto das "forças de maré que esticam os corpos longitudinalmente e os comprimem transversalmente serem relativamente fracas, ao contrário do que se costuma pensar".

Retirado do Expesso
 
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