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Uminho: Novas tecnologias abrem possibilidades às pessoas com deficiência visual

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Uminho: Novas tecnologias abrem possibilidades às pessoas com deficiência visual

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Braga​

Os smartphones, tablets e leitores digitais estão a abrir novas possibilidades pessoais e profissionais às pessoas com visão reduzida ou mesmo sem visão. A conclusão está num estudo da Universidade do Minho - através da sua Escola de Ciências e do Gabinete para a Inclusão -, em conjunto com a Universidade Anglia Ruskin e o Hospital Moorfields, ambos do Reino Unido. A investigação acaba de ser publicada na revista cientifica “Ophthalmic and Physiological Optics”. Em Portugal, cerca de 900 mil pessoas consideram ter dificuldades visuais mesmo usando óculos ou lentes de contacto, segundo o último Censos.

António Filipe Macedo, coautor do trabalho e responsável do laboratório de reabilitação visual do Centro de Física da UMinho, afirma que “a tecnologia de consumo está a abrir um grande conjunto de possibilidades às pessoas com deficiência visual. Isto poderá implicar mais oportunidades de emprego, a prossecução dos estudos e menos barreiras nas atividades diárias”, justifica. Além disso, usar estas tecnologias reduz o preço a pagar por equipamentos que auxiliam a visão e, por outro lado, aumenta exponencialmente a quantidade de informação disponível que pode ser obtida por via visual ou auditiva, sustenta o professor de Opto metria e Ciências da Visão da UMinho.

A investigação envolveu 132 pessoas, sendo 25% cegas e as restantes de baixa visão. Verificou-se que 81% usam smartphone, 50% tablet (como o iPad) e 17% ereaders (como o Kindle). A navegação por voz foi considerada a acessibilidade mais útil, sendo utilizada por todas as pessoas cegas do estudo e por metade dos que têm baixa visão. A segunda principal acessibilidade foi o uso de carateres aumentados, seguida da câmara do smartphone como lupa digital para aumentar o tamanho dos objetos. As aplicações generalistas estão entre as mais usadas, como o Facebook, Twitter, BBC iPlayer e, ainda, as aplicações específicas para auxiliar a visão, como TapTapSee, Fleksy, Digiteyes e VisionSim.

Esta pesquisa mostrou também assimetrias no uso da tecnologia entre Portugal e o Reino Unido. Parte dos inquiridos em Portugal afirmou não ter smartphone, tablet ou ereader, por não serem capazes de os utilizar sem treino. “Para colmatar o problema já submetemos ao Prémio BPI Capacitar um projeto que visa ajudar todas as pessoas a usar as tecnologias para compensar os deficits sensoriais”, afirma António Filipe Macedo, que se dedica a esta área científica há uma década.

Fonte: Correio do Minho - Notícias
 
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